quarta-feira, 14 de abril de 2010

Bacteriose (Xanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae) da Mangueira (Mangifera indica)


A bacteriose da mangueira é uma séria ameaça à expansão dessa cultura no estado de São Paulo, já que, sob condições desfavoráveis, pode causar prejuízos superiores a 70% na produção.

Sintomas

Nas folhas, o patógeno causa manchas angulares variando de 3 a 4 mm de coloração pardo-escuras. Ao redor das lesões observa-se um halo amarelado e, sob alta umidade, observam-se, ainda, áreas com aspecto encharcado.
Percebe-se que as folhas podem ficar com vários orifícios na medida em que os sintomas avançam. Esses orifícios atacam as flores e frutos causando lesões negras e rachando no sentido longitudinal, respectivamente. Note-se que há uma acentuada queda dos frutos e os que permanecem na planta murcham e mumificam, principalmente quando o ataque é no pedúnculo. É possível afirmar, diante dessas constatações, que as lesões de todos os órgãos bacterianos exsudam goma rica em talos bacterianos, tal fato favorece a disseminação do patógeno em questão.

Etiologia

Pesquisas apontam que a mancha angular é causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae. Todavia, no Brasil são formadas duas estirpes: a primeira forma colônias de coloração branca, mais patogênica, com ocorrência em São Paulo. A segunda, mais amarelada, é comum no Nordeste brasileiro.
Explicitamente, a de coloração branca (primeira) forma colônia circular, lisa, convexa, mucosa e brilhante com 3 mm de diâmetro em 48 horas. E as condições que favorecem o crescimento das bactérias são: alta umidade e alta temperatura. Contudo, pode-se assegurar que chuvas de pedra ou ventos fortes, que danifiquem a superfície da planta, favorecem a penetração do patógeno e a severidade dos sintomas.

Controle

Podem-se controlar as condições de desenvolvimento da bactéria mediante conduta de ações: a primeira medida de controle é a escolha do local do pomar. Pois, áreas sob a influência de grandes massas de água devem ser evitadas já que é um ambiente favorável ao desenvolvimento da bactéria. A segunda medida é proteger o pomar com quebra ventos, visto que é possível diminuir os ferimentos produzidos pelo atrito entre folhas e frutos, impedindo, desta forma, a penetração da bactéria.


Autor: Vinícius Monção da Costa Mendes

Referências Bibliográficas

KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; Manual de fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. 4ª Ed. Vol. 2, pag. 457 – São Paulo: Agronômica Ceres, 2005.

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