As plantas afetadas por este fungo apresentam seus primeiros sintomas com manchas amarelas na parte superior de suas folhas. Posteriormente formam-se pústulas na face superior. Gradualmente dá-se a ruptura dessas pústulas que ficam cobertas de uma massa de coloração branca, composta de esporângios. Em determinadas ocasiões, a parte infectada incha e deforma-se. O clima fresco (10 a 20ºC) e úmido com neblina favorece o desenvolvimento da doença. Os esporângios formam-se nas pústulas irrompentes e dispersam-se através do vento, da chuva ou de insetos (Sapec, 2009).
Dentro das espécies de Albugo, A. candida é possivelmente a mais polífaga, afetando 214 espécies em 63 gêneros de crucíferas (Fernandez-Valiela, 1978). A existência de raças fisiológicas do patógeno também está comprovada (Pound & Williams, 1963).
No Brasil, Albugo candida apresenta importância econômica mínima. Este fungo tem sido encontrado em quase todas as crucíferas cultivadas e espontâneas, ocorrendo comumente em rabanete, mostarda, nabo e agrião seco, mas não tem sido encontrada em repolho, couve-flor e outras brássicas (Tokeshi & Salgado, 1980).
A semente é a via mais importante na transmissão e sobrevivência de A. candida. Nela, oósporos podem sobreviver por períodos superiores há 20 anos, quando o armazenamento é realizado em ambiente seco. Ao germinar, cada oósporo origina esporângios que liberam cerca de 50 zoósporos que, através da água na superfície do solo, alcançam e infectam plantas vizinhas. Posteriormente, esporângios são liberados pelo rompimento da epiderme e, pelo vento, e alcançam e infectam novas plantas. Na ausência de hospedeiros, os oósporos são os únicos responsáveis por infecções primárias da ferrugem e pela sobrevivência de A. candida no solo e os esporângios, por infecções secundárias. Sendo a semente o principal veículo de transmissão da doença e como existem raças fisiológicas do patógeno em diversos países, como medida eficaz de controle é importante evitar a introdução dessas raças, sobretudo porque a ausência de A. candida em algumas espécies no Brasil é explicada pela inexistência de raças especializadas e a identificação das mesmas (Galli et al., 1980).
Além do uso de sementes com qualidade sanitária e fisiológica adequada, a semeadura deve ser programada, para se evitar que o estádio de florescimento das plantas coincida com períodos de elevadas precipitações. No caso de epidermes deve-se evitar a adubação com fertilizantes nitrogenados por favorecerem o desenvolvimento da doença (Galli et al., 1980).
O objetivo deste trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos do fungo do gênero Albugo candida que é o agente causal da ferrugem branca ou falsa ferrugem da jetirana.
Foi realizado a colheita de folhas de jequitirana no campus do IFG Urutaí apresentando sintomas de ferrugem branca. As amostras foram levadas para o Laboratório de Microbiologia do Instituto Federal Goiano campus Urutaí.
Lâminas semi-permanentes foram preparadas utilizando microscópio estereoscópio (lupa), utilizando-se o método de “pescagem direta”. Os fragmentos foram retirados da amostra com auxílio de um estilete sendo os fragmentos depositados numa gota de corante azul-de-algodão (62,5 mL ácido lático, 2,6 mL ácido acético, 100 mL água e 100 mL glicerina). Sobre a gota depositou-se uma lamínula e ao seu redor foi vedada com esmalte. Logo após, a lâmina analisada em microscópio composto foi analisada para identificação correta.
Para confeccionar a prancha de fotos foi utilizada câmera digital Canon® modelo Power Shot A580 onde foram realizadas macro e microfotografias. E os programas Microsoft Office Picture Manager utilizado para edição e Power Point para a montagem das pranchas de fotos.
SAPEC, Ferrugem Branca, Albugo candida (Pers.) Kuntze. Disponível em: <http://www.sapecagro.pt/internet/webteca/artigo.asp?id=82&url_txt=&link>, acessado em 2009.
IAPAR, Disponível em: <http://www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/BT51.pdf>, acessado em 2009.
GALLI, FERDINANDO, et al.Manual de Fitopatologia,v. 2 Doenças das plantas cultivadas. 4º edição, Editora Agronômica Ceres, São Paulo, 2005.
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