1. INTRODUÇÃO
A cultura do sorgo, é o quinto cereal mais importante no mundo, antecedido pelo trigo, arroz, milho e cevada, sendo usado para alimento humano, produção de álcool e forragem em muitos países da África, Sul da Ásia e América Central e importante componente da alimentação animal nos Estados Unidos, Austrália e América do Sul. Sendo de origem africana, sua domesticação, aconteceu por volta de 3000 AC, ao tempo em que a prática da domesticação e cultivo de outros cereais era introduzida no Egito Antigo à partir da Etiópia, onde mais tarde o sorgo se dispersou por todo mundo. No Brasil, apresentou um grande avanço a partir na década de 70. Nesse período de 30 anos, a área cultivada tem mostrado flutuações, por conseqüência da política econômica, tendo a comercialização como principal fator limitante. Atualmente, a cultura tem apresentado grande expansão nos últimos anos (20% ao ano, a partir de 1995), principalmente, em plantios logo após as culturas de verão, com destaque para o Estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e região do Triângulo Mineiro, onde se concentram aproximadamente 85% da produção do sorgo granífero plantado em todo o pais.
No passar dos últimos anos, foram lançados diversos cultivares de sorgo no mercado, entretanto há poucas informações técnicas sobre suas características agronômicas produtivas e qualitativas, ou, ainda, sua indicação de melhor eficiência de uso nos diversos sistemas de produção. Hoje, o Brasil esta situado entre os dez maiores produtores mundiais de sorgo - no mundo, ele é o quinto cereal mais plantado, com uma produção estimada de cerca de 60 milhões de toneladas (10% da produção do milho). Experiências vêm sendo demonstradas que o sorgo pode, tecnicamente, substituir o milho de 30 a 100% na formulação de rações para animais, mantendo-se a qualidade e a eficiência dos produtos. O custo de produção é 20% menor que o do milho e o seu valor biológico alcança pelo menos 95% do deste cereal.
A cultura do sorgo esta se desenvolvendo rapidamente através de pesquisas, onde foi registrado na safra de 2006/2007, atingindo uma área plantada de mais de 926 mil hectares de sorgo granífero e 294 mil hectares de sorgo forrageiro, com isso esse crescimento é explicado pelo alto potencial de produção de grãos e matéria seca da cultura, além da sua extraordinária capacidade de suportar estresses ambientais, como em situações em que o déficit hídrico e as condições de baixa fertilidade dos solos oferecem maiores riscos para outras culturas.
2. DESENVOLVIMENTO
O sorgo tem como centro de origem a África e parte da Ásia, apesar de ser uma cultura muito antiga, somente a partir do fim do século passado é que teve um grande desenvolvimento em muitas regiões agrícolas do mundo, onde, através de pesquisas e melhoramento genético foram introduzidas novas cultivares buscando o seu desenvolvimento e expansão.(Maxiagro.2010)
A cultura do sorgo é uma planta que esta sendo mais usada ao processo de ensilagem, devido às suas características fenotípicas que determinam facilidade de plantio, manejo, alta produção de forragem, capacidade de explorar maior volume de solo (devido ao sistema radicular profundo e abundante) e a maior tolerância à seca e ao calor. Alta digestibilidade de fibras e elevado valor nutritivo, boa fermentação, alta produção de grãos e cultivares com elevada sanidade foliar são fatores que levam o produtor a buscar variedades de sorgo, para a produção de silagem.(EMBRAPA.2010)
Uma lavoura de sorgo forrageiro, já dispõe de certa tradição entre os agricultores pois apresenta uma elevada qualidade e produtividade, desde que tecnicamente bem manejada, alcança produtividades médias de 50 toneladas de massa verde por hectare, havendo registros de até 80 toneladas em experimentos conduzidos no estado de Goiás. O sorgo além de apresentar boa qualidade e produtividade, pode ser usado o segundo corte ou rebrota para o produtor sem apresentar custo, que pode alcançar uma média de 20 toneladas. (Agrosoft.2010)
O sorgo forrageiro surge com grandes avanços na parte de melhoramento, tendo em vista que se trata de uma cultura de fácil manuseio e de alta produtividade, rendimento de biomassa, além de oferecer um produto de alta qualidade e de baixo custo na pecuária de leite e de corte. Esses segmentos podem se tornar, em pouco tempo, o grande mercado consumidor de forragem e de grãos de sorgo e poderão contribuir decisivamente para a consolidação da cultura no mundo. (EMBRAPA.2010)
Em todo o mundo a combinação de potencial genético e o uso de práticas de cultivo como fertilização adequada; controle de doenças, insetos e plantas daninhas; manejo da água de irrigação; zoneamento agroclimático e altas populações de plantas, têm propiciado altos rendimentos de grãos e forragem em regiões e condições ambientais desfavoráveis para a maioria dos cereais. Pesquisas estão sendo realizadas no mundo todo, buscando o desenvolvimento de novas variedades de sorgo, principalmente nas áreas de clima temperado, onde a cultura se desenvolve com mais facilidade, devido aos fatores climáticos. Paises como México, Nigéria, Índia, EUA e Sudão que são considerados os maiores produtores de sorgo no mundo, responsável por 66% da produção mundial de sorgo, investem muito em planos de melhoramento da cultura de sorgo em todo o mundo, através de pesquisas, estudos, bancos de germoplasma, visando produzir cultivares que possuam maiores valores nutricionais, melhor qualidade e desenvolvimento. As primeiras pesquisas realizadas no programa de melhoramento do sorgo foram desenvolvidas pelos EUA, baseando largamente na seleção de mutações e cruzamentos naturais, em meados de 1914, dando inicio a todos os programas de melhoramento da cultura do sorgo em todo o mundo.(Maxiagro.2010)
No Brasil a Embrapa Milho e Sorgo vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa visando à introdução, à adaptação e ao desenvolvimento de cultivares, principalmente de sorgo granífero, forrageiro e sacarino com alto potencial de rendimento e tolerância a condições de estresses bióticos e abióticos. Esses trabalhos têm possibilitado a obtenção e o lançamento de cultivares com valores agregados que permitem a melhoria do desempenho da cultura nas condições predominantes de cultivo das regiões produtoras. (EMBRAPA.2010)
O Banco de Germoplasma busca a caracterização morfológica e avaliação preliminar do germoplasma de sorgo, que é feita na Embrapa Milho e Sorgo visando vários fatores, tais como; emergência (dias), dias de florescimento, comprimento pedúnculo, caldo no colmo, açúcar no caldo, altura da planta, ciclo, tipo de panícula, comprimento da panícula, presença ou ausência de tanino, cor e tipo de grão, peso de 1000 sementes. Foram coletados 10 plantas de uma parcela de cinco metros contendo, aproximadamente, 75 plantas. Os dados referentes às sementes são feitos no Laboratório de Análises de Sementes (Brasil, 1992). A multiplicação de sementes é feita em Janaúba, MG, em parcelas de cinco metros e polinização controlada, em 100 acessos por ano, quando a quantidade mínima de sementes é de 100 gramas e a germinação inferior a 80%. Tem sido feito o fornecimento de sementes para instituições e cientistas. A análise de teor de tanino nos acessos tem sido feita no laboratório de bromatologia utilizando-se o método azul da Prússia. (EMBRAPA.2010)
Através dessas pesquisas, feitas pela Embrapa Milho e Sorgo desenvolve-se híbridos de sorgo para atender à demanda dos produtores rurais por forragem e silagem de alta qualidade. As opções são os híbridos BRS 610, BRS 701, BRS 700, BRS 601 e as variedades BRS 506 e BRS Ponta Negra. Uma das vantagens de se fazer silagem com sorgo, em relação ao milho, é o custo de produção menor, principalmente porque a produtividade da forragem de sorgo é, de acordo com os pesquisadores da Embrapa, bem superior à do milho. (EMBRAPA.2010)
Com a demanda por biocombustíveis renováveis tem-se expandido rapidamente nos últimos anos, á Embrapa milho e sorgo estão desenvolvendo na área de melhoramento genético de sorgo, uma cultivar de sorgo sacarino para a produção de etanol, sendo desde então uma ótima opção. A Embrapa Milho e Sorgo possui um programa de desenvolvimento de cultivares de sorgo sacarino desde a época do Pró-Álcool, programa que previa a substituição dos combustíveis veiculares derivados do petróleo por álcool, financiado pelo governo a partir de 1975 devido à crise do petróleo em 1973. Três cultivares de sorgo sacarino foram lançadas pela Empresa na década de 1980 (a variedade BRS 506 e os híbridos BRS 601 – que ainda permanece no mercado – e o BRS 602). A cultivar BR 506 tem apresentado um maior rendimento de álcool por hectare, sendo também insensíveis ao fotoperiodismo. Todas essas cultivares são bastante produtivos e apresentam rendimento de aproximadamente quatro mil litros por hectare de etanol em um período de três meses e meio, onde é o tempo gasto para completar o seu ciclo.(Agrosoft.2010)
Hoje já estão disponíveis no mercado, 25 cultivares de sorgo sacarino estão sendo testadas pela Embrapa Milho e Sorgo em diversas regiões brasileiras, sendo estas variedades bastante produtivas e apresentando produtividade em torno de 50 toneladas por hectare de biomassa verde em seu ciclo e boa disponibilidade de folhas. Além de apresentar uma alta produtividade, uma das vantagens em usar esses cultivares é que agricultores considerados pequenos podem utilizar o sorgo sacarino em mini e microdestilarias para a produção de etanol ou aguardente, além de que, outra vantagem do sorgo para a produção de etanol, se comparado à cana, são os derivados que a planta gera como seu bagaço, que apresenta melhor qualidade biológica para o fornecimento na alimentação animal. O cultivar do sorgo ainda produz grãos, em torno de 2,5 toneladas por hectare. A cultura do sorgo, desde o seu plantio ate a sua colheita é mecanizável, complementando o cultivo da cana, estendendo o período de colheita por mais quatro meses. (Agrosoft.2010 e Agronegociar.2010)
3. CONCLUSÕES
Através de pesquisas feitas em todo mundo, o sorgo tem mostrado grande desenvolvimento dentro da área de melhoramento genético, buscando sempre cultivares que apresentem maior produtividade, qualidade, pois cultura tem mostrado bom desempenho como alternativa para uso no sistema de produção de massa, produção de etanol e produção de grãos. No Brasil a EMBRAPA é a empresa que mais investe no melhoramento da cultura do sorgo, através de pesquisas, lançando novas cultivares. A cultura do sorgo além de apresentar uma grande produtividade, apresenta facilidade de plantio, manejo, além de ser tolerância à seca e ao calor.
Conceitos mais modernos de programas de melhoramento objetivam explorar o máximo possível o banco genético da cultura de sorgo, buscando selecionar materiais com qualidade de colmo e folhas, visando aumentar o valor nutritivo da planta. Com este intuito as empresas que investem no melhoramento genético de sorgo têm possibilitado a obtenção e o lançamento de cultivares com valores agregados que permitem a melhoria do desempenho da cultura nas condições predominantes de cultivo das regiões produtoras.
As contribuições dos setores público e privado, no oferecimento de cultivares adaptadas às condições de plantio e de alto potencial de produção têm possibilitado incrementos significativos na produtividade média nacional, com reflexos no aumento da oferta de grãos, na competitividade e na geração de renda.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agrosoft Brasil. Disponível em http://www.agrosoft.org.br/agropag/213988.htm. Acessado em 15/05/2010.
EMBRAPA Milho e Sorgo. Disponível em http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2009/maio/2a-semana/sorgo-sacarino-desponta-como-alternativa-promissora-na-producao-de-etanol/. Acessado em 15/05/2010.
Agronegociar.Agricultura. Disponível em http://agronegociar.com/agricultura/30144-sorgo-sacarino-alternativa-promissora-producao-etanol-agronegocio.pdf. Acessado em 15/04/2010.
EMBRAPA Milho e Sorgo. Disponível em http://www.cnpms.embrapa.br/noticias/mostranoticia.php?codigo=593. Acessado em 15/05/2010.
MAXIAGRO. Sementes e Cereais. Disponível em http://www.maxiagro-rs.com.br/index.php?id=2,12,0,0,1,0. Acessado em 15/05/2010.
A cultura do sorgo, é o quinto cereal mais importante no mundo, antecedido pelo trigo, arroz, milho e cevada, sendo usado para alimento humano, produção de álcool e forragem em muitos países da África, Sul da Ásia e América Central e importante componente da alimentação animal nos Estados Unidos, Austrália e América do Sul. Sendo de origem africana, sua domesticação, aconteceu por volta de 3000 AC, ao tempo em que a prática da domesticação e cultivo de outros cereais era introduzida no Egito Antigo à partir da Etiópia, onde mais tarde o sorgo se dispersou por todo mundo. No Brasil, apresentou um grande avanço a partir na década de 70. Nesse período de 30 anos, a área cultivada tem mostrado flutuações, por conseqüência da política econômica, tendo a comercialização como principal fator limitante. Atualmente, a cultura tem apresentado grande expansão nos últimos anos (20% ao ano, a partir de 1995), principalmente, em plantios logo após as culturas de verão, com destaque para o Estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e região do Triângulo Mineiro, onde se concentram aproximadamente 85% da produção do sorgo granífero plantado em todo o pais.
No passar dos últimos anos, foram lançados diversos cultivares de sorgo no mercado, entretanto há poucas informações técnicas sobre suas características agronômicas produtivas e qualitativas, ou, ainda, sua indicação de melhor eficiência de uso nos diversos sistemas de produção. Hoje, o Brasil esta situado entre os dez maiores produtores mundiais de sorgo - no mundo, ele é o quinto cereal mais plantado, com uma produção estimada de cerca de 60 milhões de toneladas (10% da produção do milho). Experiências vêm sendo demonstradas que o sorgo pode, tecnicamente, substituir o milho de 30 a 100% na formulação de rações para animais, mantendo-se a qualidade e a eficiência dos produtos. O custo de produção é 20% menor que o do milho e o seu valor biológico alcança pelo menos 95% do deste cereal.
A cultura do sorgo esta se desenvolvendo rapidamente através de pesquisas, onde foi registrado na safra de 2006/2007, atingindo uma área plantada de mais de 926 mil hectares de sorgo granífero e 294 mil hectares de sorgo forrageiro, com isso esse crescimento é explicado pelo alto potencial de produção de grãos e matéria seca da cultura, além da sua extraordinária capacidade de suportar estresses ambientais, como em situações em que o déficit hídrico e as condições de baixa fertilidade dos solos oferecem maiores riscos para outras culturas.
2. DESENVOLVIMENTO
O sorgo tem como centro de origem a África e parte da Ásia, apesar de ser uma cultura muito antiga, somente a partir do fim do século passado é que teve um grande desenvolvimento em muitas regiões agrícolas do mundo, onde, através de pesquisas e melhoramento genético foram introduzidas novas cultivares buscando o seu desenvolvimento e expansão.(Maxiagro.2010)
A cultura do sorgo é uma planta que esta sendo mais usada ao processo de ensilagem, devido às suas características fenotípicas que determinam facilidade de plantio, manejo, alta produção de forragem, capacidade de explorar maior volume de solo (devido ao sistema radicular profundo e abundante) e a maior tolerância à seca e ao calor. Alta digestibilidade de fibras e elevado valor nutritivo, boa fermentação, alta produção de grãos e cultivares com elevada sanidade foliar são fatores que levam o produtor a buscar variedades de sorgo, para a produção de silagem.(EMBRAPA.2010)
Uma lavoura de sorgo forrageiro, já dispõe de certa tradição entre os agricultores pois apresenta uma elevada qualidade e produtividade, desde que tecnicamente bem manejada, alcança produtividades médias de 50 toneladas de massa verde por hectare, havendo registros de até 80 toneladas em experimentos conduzidos no estado de Goiás. O sorgo além de apresentar boa qualidade e produtividade, pode ser usado o segundo corte ou rebrota para o produtor sem apresentar custo, que pode alcançar uma média de 20 toneladas. (Agrosoft.2010)
O sorgo forrageiro surge com grandes avanços na parte de melhoramento, tendo em vista que se trata de uma cultura de fácil manuseio e de alta produtividade, rendimento de biomassa, além de oferecer um produto de alta qualidade e de baixo custo na pecuária de leite e de corte. Esses segmentos podem se tornar, em pouco tempo, o grande mercado consumidor de forragem e de grãos de sorgo e poderão contribuir decisivamente para a consolidação da cultura no mundo. (EMBRAPA.2010)
Em todo o mundo a combinação de potencial genético e o uso de práticas de cultivo como fertilização adequada; controle de doenças, insetos e plantas daninhas; manejo da água de irrigação; zoneamento agroclimático e altas populações de plantas, têm propiciado altos rendimentos de grãos e forragem em regiões e condições ambientais desfavoráveis para a maioria dos cereais. Pesquisas estão sendo realizadas no mundo todo, buscando o desenvolvimento de novas variedades de sorgo, principalmente nas áreas de clima temperado, onde a cultura se desenvolve com mais facilidade, devido aos fatores climáticos. Paises como México, Nigéria, Índia, EUA e Sudão que são considerados os maiores produtores de sorgo no mundo, responsável por 66% da produção mundial de sorgo, investem muito em planos de melhoramento da cultura de sorgo em todo o mundo, através de pesquisas, estudos, bancos de germoplasma, visando produzir cultivares que possuam maiores valores nutricionais, melhor qualidade e desenvolvimento. As primeiras pesquisas realizadas no programa de melhoramento do sorgo foram desenvolvidas pelos EUA, baseando largamente na seleção de mutações e cruzamentos naturais, em meados de 1914, dando inicio a todos os programas de melhoramento da cultura do sorgo em todo o mundo.(Maxiagro.2010)
No Brasil a Embrapa Milho e Sorgo vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa visando à introdução, à adaptação e ao desenvolvimento de cultivares, principalmente de sorgo granífero, forrageiro e sacarino com alto potencial de rendimento e tolerância a condições de estresses bióticos e abióticos. Esses trabalhos têm possibilitado a obtenção e o lançamento de cultivares com valores agregados que permitem a melhoria do desempenho da cultura nas condições predominantes de cultivo das regiões produtoras. (EMBRAPA.2010)
O Banco de Germoplasma busca a caracterização morfológica e avaliação preliminar do germoplasma de sorgo, que é feita na Embrapa Milho e Sorgo visando vários fatores, tais como; emergência (dias), dias de florescimento, comprimento pedúnculo, caldo no colmo, açúcar no caldo, altura da planta, ciclo, tipo de panícula, comprimento da panícula, presença ou ausência de tanino, cor e tipo de grão, peso de 1000 sementes. Foram coletados 10 plantas de uma parcela de cinco metros contendo, aproximadamente, 75 plantas. Os dados referentes às sementes são feitos no Laboratório de Análises de Sementes (Brasil, 1992). A multiplicação de sementes é feita em Janaúba, MG, em parcelas de cinco metros e polinização controlada, em 100 acessos por ano, quando a quantidade mínima de sementes é de 100 gramas e a germinação inferior a 80%. Tem sido feito o fornecimento de sementes para instituições e cientistas. A análise de teor de tanino nos acessos tem sido feita no laboratório de bromatologia utilizando-se o método azul da Prússia. (EMBRAPA.2010)
Através dessas pesquisas, feitas pela Embrapa Milho e Sorgo desenvolve-se híbridos de sorgo para atender à demanda dos produtores rurais por forragem e silagem de alta qualidade. As opções são os híbridos BRS 610, BRS 701, BRS 700, BRS 601 e as variedades BRS 506 e BRS Ponta Negra. Uma das vantagens de se fazer silagem com sorgo, em relação ao milho, é o custo de produção menor, principalmente porque a produtividade da forragem de sorgo é, de acordo com os pesquisadores da Embrapa, bem superior à do milho. (EMBRAPA.2010)
Com a demanda por biocombustíveis renováveis tem-se expandido rapidamente nos últimos anos, á Embrapa milho e sorgo estão desenvolvendo na área de melhoramento genético de sorgo, uma cultivar de sorgo sacarino para a produção de etanol, sendo desde então uma ótima opção. A Embrapa Milho e Sorgo possui um programa de desenvolvimento de cultivares de sorgo sacarino desde a época do Pró-Álcool, programa que previa a substituição dos combustíveis veiculares derivados do petróleo por álcool, financiado pelo governo a partir de 1975 devido à crise do petróleo em 1973. Três cultivares de sorgo sacarino foram lançadas pela Empresa na década de 1980 (a variedade BRS 506 e os híbridos BRS 601 – que ainda permanece no mercado – e o BRS 602). A cultivar BR 506 tem apresentado um maior rendimento de álcool por hectare, sendo também insensíveis ao fotoperiodismo. Todas essas cultivares são bastante produtivos e apresentam rendimento de aproximadamente quatro mil litros por hectare de etanol em um período de três meses e meio, onde é o tempo gasto para completar o seu ciclo.(Agrosoft.2010)
Hoje já estão disponíveis no mercado, 25 cultivares de sorgo sacarino estão sendo testadas pela Embrapa Milho e Sorgo em diversas regiões brasileiras, sendo estas variedades bastante produtivas e apresentando produtividade em torno de 50 toneladas por hectare de biomassa verde em seu ciclo e boa disponibilidade de folhas. Além de apresentar uma alta produtividade, uma das vantagens em usar esses cultivares é que agricultores considerados pequenos podem utilizar o sorgo sacarino em mini e microdestilarias para a produção de etanol ou aguardente, além de que, outra vantagem do sorgo para a produção de etanol, se comparado à cana, são os derivados que a planta gera como seu bagaço, que apresenta melhor qualidade biológica para o fornecimento na alimentação animal. O cultivar do sorgo ainda produz grãos, em torno de 2,5 toneladas por hectare. A cultura do sorgo, desde o seu plantio ate a sua colheita é mecanizável, complementando o cultivo da cana, estendendo o período de colheita por mais quatro meses. (Agrosoft.2010 e Agronegociar.2010)
3. CONCLUSÕES
Através de pesquisas feitas em todo mundo, o sorgo tem mostrado grande desenvolvimento dentro da área de melhoramento genético, buscando sempre cultivares que apresentem maior produtividade, qualidade, pois cultura tem mostrado bom desempenho como alternativa para uso no sistema de produção de massa, produção de etanol e produção de grãos. No Brasil a EMBRAPA é a empresa que mais investe no melhoramento da cultura do sorgo, através de pesquisas, lançando novas cultivares. A cultura do sorgo além de apresentar uma grande produtividade, apresenta facilidade de plantio, manejo, além de ser tolerância à seca e ao calor.
Conceitos mais modernos de programas de melhoramento objetivam explorar o máximo possível o banco genético da cultura de sorgo, buscando selecionar materiais com qualidade de colmo e folhas, visando aumentar o valor nutritivo da planta. Com este intuito as empresas que investem no melhoramento genético de sorgo têm possibilitado a obtenção e o lançamento de cultivares com valores agregados que permitem a melhoria do desempenho da cultura nas condições predominantes de cultivo das regiões produtoras.
As contribuições dos setores público e privado, no oferecimento de cultivares adaptadas às condições de plantio e de alto potencial de produção têm possibilitado incrementos significativos na produtividade média nacional, com reflexos no aumento da oferta de grãos, na competitividade e na geração de renda.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agrosoft Brasil. Disponível em http://www.agrosoft.org.br/agropag/213988.htm. Acessado em 15/05/2010.
EMBRAPA Milho e Sorgo. Disponível em http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2009/maio/2a-semana/sorgo-sacarino-desponta-como-alternativa-promissora-na-producao-de-etanol/. Acessado em 15/05/2010.
Agronegociar.Agricultura. Disponível em http://agronegociar.com/agricultura/30144-sorgo-sacarino-alternativa-promissora-producao-etanol-agronegocio.pdf. Acessado em 15/04/2010.
EMBRAPA Milho e Sorgo. Disponível em http://www.cnpms.embrapa.br/noticias/mostranoticia.php?codigo=593. Acessado em 15/05/2010.
MAXIAGRO. Sementes e Cereais. Disponível em http://www.maxiagro-rs.com.br/index.php?id=2,12,0,0,1,0. Acessado em 15/05/2010.
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