Lívia Nascente Custódio
Acadêmica do Curso Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO
B. pertussis é
conhecida desde o início do século passado quando foi descrita por Bordet e
Gengou na França. B. pertussis
pertence ao gênero Bordetella
juntamente com mais quatro espécies: B. parapertussis,
B. avium B. hinzii e B. bronchiseptica. As B. pertussis e B. parapertussis são patógenos respiratórios humanos e as três
outras espécies são patógenos animais, raramente causando infecção no homem. (MARTINEZ
E TRABULSI, 2008, p. 257).
As infecções respiratórias causadas pela B. pertussis e B. parapertussis são chamadas de coqueluche, mas deve ser notado
que as manifestações clínicas da infecção causadas pela B. pertussis são muito mais graves, uma possível razão é a não
produção da toxina pertussíca pela B.
parapertussis. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 257).
B. pertussis é um
cocobacilo pequeno (0,8 por 0,4 mm), aeróbio estrito, que exige meios especiais
para ser cultivado. Esses meios, além de ricos, devem conter amido e carvão
para absorver ou neutralizar substancia que inibem o crescimento de B. pertussis.
Fatores de virulência: B. pertussis
produz uma serie de fatores de virulência, os fatores de virulências desta
espécie podem ser classificados em adesinas e toxinas. (MARTINEZ E TRABULSI,
2008, p. 257).
Objetivos
O objetivo deste trabalho é fazer
uma revisão bibliográfica a respeito da bactéria Bordetella pertussis levando em consideração aspectos de
sintomatologia, etiologia, epidemiologia e controle da bactéria Bordetella pertussis.
DESENVOLMENTO
Patogênese:
A patogênese da infecção obedece as seguintes
etapas: inalação da bactéria presente em aerossóis. Adesão ás células ciliadas
e aos fagócitos do epitélio respiratório e a produção de toxinas. (MARTINEZ E
TRABULSI, 2008, p. 260).
Estudos tem demostrado que as células
epiteliais e os fagócitos são invadidos, a maioria dos estudos indica que a coqueluche
é uma infecção extracelular localizada no epitélio respiratório, as
manifestações clinicam sistêmicas são decorrentes da ação de toxinas, liberadas
pela toxina pertússica. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Epidemiologia
A coqueluche tem distribuição universal,
predominando nos países subdesenvolvidos onde a cobertura vacinal ainda não
alcançou níveis satisfatórios. A doença é tipicamente endêmica, mas surtos
endêmicos podem ocorrer, sobretudo em comunidades fechadas como orfanatos e
creches. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
Mais de 90% dos casos ocorrem em crianças com
menos de dez anos de idade, 50% destes casos incidem no primeiro ano de vida, e
crianças do sexo feminino são mais susceptível á infecção, mas razoes para isto
não são conhecidas. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
A coqueluche é uma das doenças mais
contagiosas, a bactéria é normalmente transmitida por aerossóis provenientes
dos doentes, principalmente na fase catarral da infecção. Portadores
assintomáticos não são transmissores, uma vez que não são fontes de aerossóis. A
bactéria não parece ser transmitida pelas mãos e objetos de uso dos doentes. (MARTINEZ
E TRABULSI, 2008, p. 261).
Sintomas
Após período de incubação, que varia entre
uma e três semanas, começa a fase catarral da coqueluche que dura entre uma e
duas semanas, esta fase caracteriza-se por febre moderada, corrimento nasal e
tosse progressiva. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Em seguida, vem a fase de tosse paroxística
que é característica da coqueluche e que começa a regredir em duas a quatro
semanas, com o paciente entrando então na fase de convalescença, esta fase dura
de uma a três semanas e caracteriza-se por declínio progressivo da tosse.
(MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
No pico da fase de tosse paroxística, o
paciente geralmente apresenta intensa linfocitose. As complicações mais seriam
são broncopneumonia e encefalopatia que, frequentemente, se manifestam por
convulsões. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Diagnóstico
Vários métodos de diagnósticos têm sido
propostos, mas cada um deles apresenta limitações e assim não dispomos de um
método que possa ser considerado ideal. Na maioria das vezes, o diagnostico é
clinico. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
A cultura continua sendo o método mais
utilizado, mas, além de exigir meios especiais, sua eficiência não é
satisfatória e os resultados são demasiadamente demorados (frequentemente uma
semana). (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Outro aspecto que dificulta a cultura é a
necessidade de se recorrer a métodos especiais para colher o espécime clinica.
Devido ás dificuldades inerentes á cultura, outros métodos tem sido utilizados
com algumas vantagens. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Estão entre estes a imunoflorescencia direta
(FA) e o (PCR) realizado a partir de material clinico, diferentes iniciadores
ou primers tem sido usado para PCR. Uma combinação de métodos, incluindo testes
sorológicos, talvez seja a melhor abordagem. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p.
260).
Tratamento
B. pertussis é
sensível a vários antibióticos, mas os melhores resultados terapêuticos têm
sido obtidos com eritromicina, este antibiótico elimina a bactéria das vias
respiratórias e, segundo alguns autores, influencia favoravelmente o curso da
infecção, a gamaglobulina antipertússica humana é recomendada por vários
autores, particularmente quando existem riscos de complicações. (MARTINEZ E
TRABULSI, 2008, p. 261).
A profilaxia da coqueluche tem por base medidas
geral de saúde publica, uso de antibióticos e principalmente vacinação.
Crianças não vacinadas ou que não tiveram coqueluche não devem ter contato com
pacientes durante as quatro primeiras semanas da doença e devem receber
eritromicina durante dez dias depois que entraram em contato com doentes. Duas variedades
de vacinas têm sido usadas: celular e acelular. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p.
261).
A primeira variedade corresponde á bactéria morta
e é um dos componentes da vacina tríplice. A vacina acelular foi desenvolvida
mais recentemente, sendo preparada com fatores de virulência de B. pertussis, a maioria dessas vacinas
contem PT e Fha. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
Conclusão
Coqueluche, também conhecida por pertussis ou tosse comprida, é uma
moléstia infectocontagiosa aguda do trato respiratório transmitida pela
bactéria Bordetella pertussis. A infecção pode ocorrer em
qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as crianças.
Na maioria dos casos, o tratamento pode ser
ambulatorial e realizado em casa, mas com acompanhamento médico. A
hospitalização só se torna necessária, quando ocorrem complicações. Uma vez
diagnosticada a doença, alguns cuidados simples são importantes no atendimento
ao doente.
Observa-se, que o tratamento da doença
causada pela bactéria Bordetella
pertussis só tem resultados positivos quando, tratados com antibióticos precisos.
O diagnóstico é basicamente clínico em grande parte dos casos, exames laboratoriais,
porém até hoje não se tem um método de diagnosticar que possa ser considerado
como ideal.
CONCLUSÃO
Conclui-se
através da pesquisa do trabalho sobre a Bordetella
pertussis que, ela causa doença e que qualquer um esta sujeito a essa doença
respiratória, e que por mais que estejamos num meio de tecnologias e pesquisas
no ramo da saúde entre outros, a ainda quem sofre e chegue a vim a óbito por
causa de doenças infecciosas causadas por bactérias como, por exemplo, a
coqueluche.
LITERATURA
CITADA:
MATRINEZ, Marina Baquerizo; TRABULSI, Luiz
Rachid.Bordetella pertussis; in;
TRABULSI,Luiz Richid; ALTEERTHUM Flávio. Microbiologia; 5ed. São Paulo, Atheneu,
2008. p. 257-261.
(VARELLA,
D. Coqueluche. Disponível em: Acesso em: 05, abril, 2013).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.