sábado, 24 de agosto de 2013

Trabalho Acadêmico pertencente a disciplina de Microbiologia II: Aspectos sintomatológicos, etiológicos, epidemiológicos e controle da Bordetella pertussis.


Lívia Nascente  Custódio
Acadêmica do Curso Ciências Biológicas

INTRODUÇÃO

B. pertussis é conhecida desde o início do século passado quando foi descrita por Bordet e Gengou na França. B. pertussis pertence ao gênero Bordetella juntamente com mais quatro espécies: B. parapertussis, B. avium B. hinzii e B. bronchiseptica. As B. pertussis e B. parapertussis são patógenos respiratórios humanos e as três outras espécies são patógenos animais, raramente causando infecção no homem. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 257).
As infecções respiratórias causadas pela B. pertussis e B. parapertussis são chamadas de coqueluche, mas deve ser notado que as manifestações clínicas da infecção causadas pela B. pertussis são muito mais graves, uma possível razão é a não produção da toxina pertussíca pela B. parapertussis. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 257).
B. pertussis é um cocobacilo pequeno (0,8 por 0,4 mm), aeróbio estrito, que exige meios especiais para ser cultivado. Esses meios, além de ricos, devem conter amido e carvão para absorver ou neutralizar substancia que inibem o crescimento de B. pertussis. Fatores de virulência: B. pertussis produz uma serie de fatores de virulência, os fatores de virulências desta espécie podem ser classificados em adesinas e toxinas. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 257).
Objetivos
            O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica a respeito da bactéria Bordetella pertussis levando em consideração aspectos de sintomatologia, etiologia, epidemiologia e controle da bactéria Bordetella pertussis.


DESENVOLMENTO

Patogênese:
A patogênese da infecção obedece as seguintes etapas: inalação da bactéria presente em aerossóis. Adesão ás células ciliadas e aos fagócitos do epitélio respiratório e a produção de toxinas. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Estudos tem demostrado que as células epiteliais e os fagócitos são invadidos, a maioria dos estudos indica que a coqueluche é uma infecção extracelular localizada no epitélio respiratório, as manifestações clinicam sistêmicas são decorrentes da ação de toxinas, liberadas pela toxina pertússica. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Epidemiologia
A coqueluche tem distribuição universal, predominando nos países subdesenvolvidos onde a cobertura vacinal ainda não alcançou níveis satisfatórios. A doença é tipicamente endêmica, mas surtos endêmicos podem ocorrer, sobretudo em comunidades fechadas como orfanatos e creches. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
Mais de 90% dos casos ocorrem em crianças com menos de dez anos de idade, 50% destes casos incidem no primeiro ano de vida, e crianças do sexo feminino são mais susceptível á infecção, mas razoes para isto não são conhecidas. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
A coqueluche é uma das doenças mais contagiosas, a bactéria é normalmente transmitida por aerossóis provenientes dos doentes, principalmente na fase catarral da infecção. Portadores assintomáticos não são transmissores, uma vez que não são fontes de aerossóis. A bactéria não parece ser transmitida pelas mãos e objetos de uso dos doentes. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
Sintomas
Após período de incubação, que varia entre uma e três semanas, começa a fase catarral da coqueluche que dura entre uma e duas semanas, esta fase caracteriza-se por febre moderada, corrimento nasal e tosse progressiva. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Em seguida, vem a fase de tosse paroxística que é característica da coqueluche e que começa a regredir em duas a quatro semanas, com o paciente entrando então na fase de convalescença, esta fase dura de uma a três semanas e caracteriza-se por declínio progressivo da tosse. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).

No pico da fase de tosse paroxística, o paciente geralmente apresenta intensa linfocitose. As complicações mais seriam são broncopneumonia e encefalopatia que, frequentemente, se manifestam por convulsões. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Diagnóstico
Vários métodos de diagnósticos têm sido propostos, mas cada um deles apresenta limitações e assim não dispomos de um método que possa ser considerado ideal. Na maioria das vezes, o diagnostico é clinico. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
A cultura continua sendo o método mais utilizado, mas, além de exigir meios especiais, sua eficiência não é satisfatória e os resultados são demasiadamente demorados (frequentemente uma semana). (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Outro aspecto que dificulta a cultura é a necessidade de se recorrer a métodos especiais para colher o espécime clinica. Devido ás dificuldades inerentes á cultura, outros métodos tem sido utilizados com algumas vantagens. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Estão entre estes a imunoflorescencia direta (FA) e o (PCR) realizado a partir de material clinico, diferentes iniciadores ou primers tem sido usado para PCR. Uma combinação de métodos, incluindo testes sorológicos, talvez seja a melhor abordagem. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 260).
Tratamento
B. pertussis é sensível a vários antibióticos, mas os melhores resultados terapêuticos têm sido obtidos com eritromicina, este antibiótico elimina a bactéria das vias respiratórias e, segundo alguns autores, influencia favoravelmente o curso da infecção, a gamaglobulina antipertússica humana é recomendada por vários autores, particularmente quando existem riscos de complicações. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
A profilaxia da coqueluche tem por base medidas geral de saúde publica, uso de antibióticos e principalmente vacinação. Crianças não vacinadas ou que não tiveram coqueluche não devem ter contato com pacientes durante as quatro primeiras semanas da doença e devem receber eritromicina durante dez dias depois que entraram em contato com doentes. Duas variedades de vacinas têm sido usadas: celular e acelular. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
A primeira variedade corresponde á bactéria morta e é um dos componentes da vacina tríplice. A vacina acelular foi desenvolvida mais recentemente, sendo preparada com fatores de virulência de B. pertussis, a maioria dessas vacinas contem PT e Fha. (MARTINEZ E TRABULSI, 2008, p. 261).
Conclusão
Coqueluche, também conhecida por pertussis ou tosse comprida, é uma moléstia infectocontagiosa aguda do trato respiratório transmitida pela bactéria Bordetella pertussis. A infecção pode ocorrer em qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as crianças.
Na maioria dos casos, o tratamento pode ser ambulatorial e realizado em casa, mas com acompanhamento médico. A hospitalização só se torna necessária, quando ocorrem complicações. Uma vez diagnosticada a doença, alguns cuidados simples são importantes no atendimento ao doente.
Observa-se, que o tratamento da doença causada pela bactéria Bordetella pertussis só tem resultados positivos quando, tratados com antibióticos precisos. O diagnóstico é basicamente clínico em grande parte dos casos, exames laboratoriais, porém até hoje não se tem um método de diagnosticar que possa ser considerado como ideal.


 CONCLUSÃO

 Conclui-se através da pesquisa do trabalho sobre a Bordetella pertussis que, ela causa doença e que qualquer um esta sujeito a essa doença respiratória, e que por mais que estejamos num meio de tecnologias e pesquisas no ramo da saúde entre outros, a ainda quem sofre e chegue a vim a óbito por causa de doenças infecciosas causadas por bactérias como, por exemplo, a coqueluche.



LITERATURA CITADA:

MATRINEZ, Marina Baquerizo; TRABULSI, Luiz Rachid.Bordetella pertussis; in; TRABULSI,Luiz Richid; ALTEERTHUM Flávio. Microbiologia; 5ed. São Paulo, Atheneu, 2008. p. 257-261.
(VARELLA, D. Coqueluche. Disponível em: Acesso em: 05, abril, 2013).




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Seguidores

Postagens populares da Ultima Semana