Maria Cristina Araújo Vaz
Acadêmica do
Curso Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO
A
Escherichia coli enteropatogênica, é
um bacilo Gram-negativa da família Enterobacteriaceae,
é uma das espécies bacterianas mais conhecidas e melhor caracterizadas. Pode
ser classificada, de acordo com seu conjunto de genes de virulência e
associação com doenças em seres humnos, como comensal, frequentemente habitando
o intestino de mamíferos, patógeno entérico, ou E. coli diarreiogênica (DEC), patógeno urinário, ou E. coli uropatogênica, e patógeno para
outros órgãos/sistemas, associado, entre outros, com meningite e bacteremia
(KAPER et al.,2004).
Os
primeiros estudos epidemiológicos relacionando escherichia coli enteropatogênica (EPEC) com diarréia humana foram
publicados na Alemanha, nas décadas de 1920 e 1930, e confirmados de maneira
definitiva na Inglaterra, em 1945. Na época, o envolvimento de EPEC em surtos
de diarréia (“diarréia de verão”) também foi verificado em outros países.
Entretanto, embora tenha sido a primeira categoria de E. coli diarreiogênica identificada, o potencial patogênico das
EPEC só foi confirmado e amplamente aceito quando sua ingestão por voluntários
causou evidentes sintomas de diarréia (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).
Acredita-se
que a essência da infecção por EPEC deve-se á interação entre a região
C-terminal da intimina e TirM, na superfície da célula eucariótica, que
desperta uma intensa resposta celular. Esta resposta celular se traduz em
alterações untra-estruturais, com rompimento do citoesqueleto da borda em escova, resultantes da mobilização de
diferentes proteínas do citoesqueleto e dos microfilamentos de actina que se condensam
logo abaixo do local de adesão de EPEC. O resultado dessas alteraçoes é a
formaçao de esturutas elevadas, na superfície celular apical, que se assemelham
a pedestais sobre os quais a EPEC adere intimamente (TRABULSI; ALTERTHUM,
2008).
O
objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica a respeito da
bactéria Escherichia coli levando em
consideração aspectos de sintomatologia, etiologia, epidemiologia e controle da
bactéria
DESENVOLVIMENTO
Sintomatologia
EPEC
(“entoropoatogenic E.coli”; E coli Enteropatogênica): causam diárreias
não senguinolentas epidêmicas em crianças, especialmente em países pobres. Têm
um fator de adesão aos enterócitos e produzem enterotoxinas, resultando em
destruição dos vilos do intestino delgado, com má absorção dos nutrientes e
consequente diarréia osmótica. Há também febre, náuseas e vômitos
(Wikipédia-Enciclopédia livre).
Caso
a bactéria E. coli esteja no sistema
urinário, os sintomas incluem dor /ardor ao urinar, muita vontade de urinar com
pouca quantidade de urina, urina turva e forte odor desegradável na urina. Se
as bactérias afetarem os rins, há ainda febre acima de 38ºC, dor no fundo das
costas e vômito (Tua Saúde-saúde, nutrição e bem estar).
Epidemiologia
Os
estudos realizados até o momento tem demonstrado que as EPEC típicas têm como reservatório
somente o homem. Raramente são encontradas em animais. Uma proporção elevada de
crianças adquire infecção em hospitais públicos, geralmente a partir de uma
criança internada com diarréia. As fontes de infecçao na comunidade não são
conhecidas, mas provavelmente são portadores normais ou doentes. As vias de
transmissão não tem sido caracterizadas com precisão, mas devem incluir contato
pessoal e ingestão de água e alimentos contaminados. É possível também que em
hospitais a infecção seja adquirida por via aérea (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).
Nos
países desenvolvidos, ocorreu uma acentuada queda da frequência das EPEC
típicas a partir de 1960, e, atualmente estas bactérias são raras. No Brasil e
mais especificamente na capital de São Paulo, as EPEC típicas representaram a
principal causa de diarreia infantil desde os primeiros estudos nas décadas de
1950 e 1960, sendo identificadas em até 30% dos casos de diarreia no primeiro
ano de vida. Entretanto, nos últimos anos, a frequência tem caído
sensivelmente. As razões para a redução na frequência destes organismos não
foram estabelecidas, mas certamente estão relacionadas ao tratamento mais
precoce das diarreias, ao controle das infecções hospitalares, ao saneamento
básico e a alimentação mais adequada das crianças. As infecções por EPEC típica
são muito mais frequentes em crianças pobres dos grandes centros urbanos (TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).
Tratamento e Controle
Parece
que a administração de antibióticos não reduz a duração da diarreia, tampouco a
sua gravidade, e assim não teria indicação. A medida terapêutica mais eficaz é
a hidratação precoce que reduz drasticamente a mortalidade. Além das medidas
gerais de prevenção de doenças infecciosas, o controle das EPEC pode ser
bastante ajudado pelo aleitamento materno. Vários estudos têm demonstrado que a
frequência da infecção por EPEC é significativamente menor em crianças que
recebem leite materno, o que está de acordo com a riqueza do leite materno em
anticorpos contra BFP e intimina. Alguns laboratórios estão tentando
desenvolver vacinas utilizando a porção aminoterminal (conservada) de intimina
e pilina de BFP como antígenos vacinais(TRABULSI; ALTERTHUM, 2008).
O
tratamento para infecção urinária é feito com antibióticos, durante 3, 7, 10 ou
mais dias. Alguns exemplos de remédios utilizados contra a infecção urinária
são Amoxicilin, Cefalexina e Nitrofurantoína. É importante que o medicamento
prescrito seja tomado sempre no mesmo horário e pela quantidade de dias que o médico
indicou, mesmo que os sintomas desapareçam antes. Em caso de infecção urinária
recorrente, o médico poderá prescrever um medicamento de dose única, por ser
mais forte. Em alguns casos, a cirurgia para corrigir algum problema anatômico
também pode ser indicada (Tua Saúde-saúde, nutrição e bem estar).
CONCLUSÃO
Através deste trabalho pode-se notar
que Escherichia coli é um patógeno
que causa infecções intestinais em crianças, especialmente nos países pobres. A
E. coli adere aos enterócitos e produz
enterotoxinas, que destroem os vilos do intestino delgado, resultando na má
absorção dos nutrientes e consequentemente causa diarreias, febres, náuseas e
vômitos. No caso de infecções urinárias causam dores e uma necessidade
frequente de urinar dentre outros. Em caso de infecção recorrente poderá seu
usado um antibiótico de dose única, mais forte ou então intervenção cirúrgica.
E informações a respeito de sintomatologia, epidemiologia e controle.
LITERATURA CITADA
KAPER,
J.B. Defining EPEC. Rev Microbiol (São Paulo), v. 27 (Suppl1), p. 130-3,
2004.
TRABULSI,
L.R.; ALTERTHUM, F.; Microbiologia.
5°edição. Editora Atheneu. São Paulo – 2008.
Tua
Saúde disponível em <http://www.tuasaude.com/sintomas-de-infeccao-urinaria/>
acesso em 05 de julho de 2013.
Wikipédia
disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli>
acesso em 05 de abril de 2013.
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