Flávio Mesquita de Sousa
Acadêmico do
Curso Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO
Atualmente sabe-se que os microrganismos são encontrados
praticamente em todos os lugares e multiplicam-se rapidamente produzindo
numerosas populações promovendo alterações no habitat. (Bueris et al., 2008)
Os habitats microbianos podem corresponder tanto a locais familiares ao homem como
outros totalmente inabitáveis incluindo ambientes tão extremos que não permite
o desenvolvimento de outras formas superiores de vida. Estes organismos podem
ser tanto benéficos quanto prejudiciais aos ambientes e aos seres humanos.
(Bueris et al., 2008)
As infecções bacterianas podem ser exógenas. Infecções
cujos agentes podem atingir os hospedeiros a partir de um reservatório ou fonte
externa ou endógenas cujas infecções são causadas por agentes da microbiota
normal do próprio hospedeiro. Para que uma doença seja disseminada deve haver
fontes continuas de organismos da doença que pode ser um organismo vivo ou um
objeto que forneça ao patógeno condições adequadas para sobreviver e se
multiplicar, como também oportunidade de transmissão formando o reservatório de
infecção que podem ser humanos, animais e objetos. (Bueris et al., 2008)
O trabalho tem como objetivo apresentar informações a
respeito da sintomatologia, epidemiologia e controle do Rothia (Stomatococcus) sp.
DESENVOLVIMENTO
Etiologia
Em
termos de importância clínica humana, este gênero é representado pela espécie Stomatococcus a qual recentemente foi
reclassificada como Rothia. Entre as características que auxiliam na identificação
dessa espécie está o fato de crescer em meio sólido, como
colônias aderentes de ágar. (Bueris et
al., 2008)
Epidemiologia
Acredita-se
que essa espécie seja habitante normal da cavidade oral e do trato respiratório
superior do homem, trata-se de uma espécie patogênico oportunista isolado,
causador de diferentes tipos de infecção.
Stomatococus é constituinte da microbiota normal da pele e das
mucosas, podendo causar infecções em indivíduos expostos a fatores de risco. A
infecção geralmente ocorre em ambientes hospitalares, durante tratamentos e
intervenções cirúrgicas, onde são utilizados cateteres e implantes plásticos ou
metálicos. A contaminação destes materiais biológicos geralmente ocorre no ato
da implantação por bactérias da própria pele e mucosa do paciente ou, até
mesmo, do pessoal do atendimento médico. (Bueris et al., 2008)
Sintomas
Nas últimas décadas estes organismos
vêm sendo reconhecidos como importantes agentes de doenças humanas causando
grande número de infecções. Essas infecções podem ser subagudas ou crônicas.
Entre os hospedeiros comprometidos estão os recém-nascidos prematuros, nos
quais o sistema de opsonofagocitose ainda não está totalmente desenvolvido.
Usuários de drogas ilícitas intravenosas também encontram entre os hospedeiros
suscetíveis e podem desenvolver endocardite. (Bueris et al., 2008)
Entre as enfermidades causadas pelo Stomatococcus incluem as meningites,
artrites, periotonites, endoftalmenite, osteomielites, infecção do trato
urinário e várias outras. (Bueris et
al., 2008)
Tratamento
e Controle
O tratamento das infecções causadas pelo Stomatococcus tem se tornado cada vez
mais difícil, sobretudo devido ao aumento da resistência a antibióticos. Um
percentual elevado de amostras circulantes em hospitais apresenta resistência a
meticilina/oxalina e a maioria de antibióticos recomendados para o uso nos
casos de infecções estafilocócicas. (Bueris et al., 2008)
Os métodos de controle de infecções por Stomatococcus incluem condutas de
prevenção de infecções hospitalares com a adoção de medidas de assepsia e
anti-sepsia, adequadas ao uso profiláticos de antibióticos durante as cirurgias
e a incorporação de agentes antimicrobianos nos materiais a serem implantados.
CONCLUSÃO
Neste trabalho pode-se concluir que a bactéria Rothia (Stomatococcus) sp é um importante patógeno veiculado por cateteres
e implantes plásticos ou metálicos durante tratamentos e intervenções
cirúrgicas, sendo que a contaminação desses materiais biológicos geralmente
ocorrem no ato da implantação por bactérias da própria pele e mucosas do
paciente ou até mesmo do pessoal de atendimento médico.
Ela está relacionada a um amplo espectro de doenças
humanas, gerando vários tipos de infecções com difícil controle devido a sua
forte capacidade de resistir às doses de antibióticos utilizados para defesa do
patógeno. Acredita-se que a melhor forma de controle seria os métodos de prevenção
do patógeno com a adoção de medidas de assepsia e anti-sepsia.
LITERATURA CITADA:
BUERIS, V.; MOREIRA, C. G.; SANTOS,
K. R. N.; TEIXEIRA, L.M.; TRABULSI, L. R. Staphylococcus epidermidis In:
TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, Flavio (Orgs). Microbiologia. 5ª edição São Paulo:
Atheneu, 2008. p. 183-187.
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