segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DE Puccinia oahuensis

ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DE Puccinia oahuensis
Wanessa de Carvalho Resende
Acadêmico do Curso de Agronomia


1. INTRODUÇÃO

Na forma teleomorfica (sexuada) e anamorfica (assexuada) o fungo Puccinia oahuensis pertence ao Reino Fungi, Divisão Basidiomycota, Classe Urediniomycetes, Ordem Uredinales, Família Pucciniaceae, Gênero Puccinia e Espécies oahuensis. O gênero Puccinia apresenta 5.241 espécies distintas, possuindo variedades e formae especiales (Índex Fungorum). As espécies mais conhecidas são Puccinia horiana que causa a ferrugem branca do crisântemo, Puccinia graminis que causa a ferrugem-do-colmo do trigo, entretanto existem outras espécies de fungos que causam ferrugens em café, roseira, milho, capins, pessegueiro goiabeira, macieira e jabuticabeira, entre tantos outros (Goular, 2010).
Puccinia oahuensis foi descrita por Ellis e Everh. Encontraram propágulos em Digitaria decumbens Stent (Poaceae) conhecido como (Capim-Pangola) armazenado nos Arquivos do Instituto Biologico 49(Supl.):75, 1982. Ferrugem localizada no estado do RS, também encontrado em Digitaria horizontalis Willd. (Poaceae) nome popular (Capim-Colchão) Arquivos do Instituto Biológico.
Além do fungo Puccinia oahuensis, a planta hospedeira Digitaria insularis é infectada por outros fungos: Lundquistia panici-leucophaei (Bref.) Vánky, citado em Farr, D.F., Rossman, A.Y., Palm, M.E., & McCray, E.B. (n.d.) Fungal Databases, Systematic Botany e Mycology Laboratory, ARS, USDA. Sporisorium panici leucophaei (Bref) M. Piepenbr. Sporisorium panici-leucophaei (Bref.) M. Piepenbr. Citado em Farr, D.F., Rossman, A.Y., Palm, M.E., & McCray, E.B. (n.d.) Fungal Databases, Systematic Botany e Mycology Laboratory, ARS, USDA.
No Brasil tem-se registro do Puccinia esclavensis, considerada uma ferrugem, encontrada em MG, sendo um Arquivo do Instituto Biológico (McCray, 2010)
As ferrugens são pleomórficas podendo apresentar vários tipos de estruturas esporogênicas e esporos com diferentes morfologias e funções, produzidas nos diversos estágios ou fases de seus ciclos vitais, por vezes extremamente complicados e confusos. Em virtude de algumas espécies poderem apresentar até cinco tipos de esporos diferentes (ou raramente, até mesmo seis,como é o caso de Puccinia vexans, as ferrugens estão entre os microrganismos de ciclo biológico mais complexo (Cummins et al., 1983).
Os esporos são estruturas de dispersão dos fungos, semelhantes às sementes das plantas. Seu tamanho é diminuto e cada lesão pode conter milhões de esporos sendo que, para haver nova infecção, basta que um único esporo germine em condições ideais de temperatura e umidade. No entanto a viabilidade germinativa dos esporos é restrita e nem todos os produzidos acabam por gerar novas infecções. O principal mecanismo de dispersão dos esporos é o vento, que pode carregá-los por milhares de quilômetros (Goular, 2010).
As ferrugens geralmente se beneficiam de climas amenos, com temperaturas moderadas e alta precipitação. Tem-se maiores incidências em anos chuvosos e propensos a formação de orvalho sobre as folhas. Com o molhamento das folhas o esporo germinara com maior facilidade. Por isso, irrigação mal manejada pode favorecer aparecimento de ferrugem (Goular, 2010).
Os danos causados às plantas são irreparáveis partindo do ponto de que os tecidos vegetais afetados não têm capacidade regenerativa. Em ornamentais o ideal é destruir as plantas atacadas para evitar que outras plantas sejam afetadas. Em grandes culturas, o uso de fungicidas pode minimizar o impacto negativo sobre a produção que é o objetivo dos cultivos. Não existem produtos fungicidas curativos, apenas preventivos, tornando assim as doenças um grande problema (Goular, 2010).


2. MATERIAIS E MÉTODOS

O fungo Puccinia oahuensis foi encontrado em folhas de uma planta daninha chamada Digitaria insularis, tendo como nome comum Capim Amargoso. Encontrada nas regiões Sul, Sudeste e Goiás, proliferam em lavouras de plantas perenes e anuais de interesse econômico.Este material foi coletado nos entornos do Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí em setembro de 2010, armazenado em um envelope e guardado desde então no laboratório de microbiologia do instituto.
A identificação se iniciou-se pelo reconhecimento da identidade da planta, no caso ela é uma planta daninha chamada de Digitaria insulares, conhecida popularmente como Capim Amargoso.O material de estudo foram folhas secas que contiam propágulos do fungo da falsa ferrugem.
Observou-se então as características destas amostras, em um microscópio estetoscópio, sendo possível observar as estruturas reprodutivas do fungo. Depois deste feito, preparou-se o material em microscópio óptico, a partir da montagem das lâminas, colocando sobre elas uma solução de um fixador chamado lactotenol cooton-blue, retirou-se então a estrutura do fungo utilizando uma pinça, método que se chama “Pescagem direta das estruturas”. Este método consitiu-se na retirada de propágulos fúngicos da amostra. Em seguida colocou-se na lâmina já com o fixador azul de metileno (acido lático, acido acético, glicerina, água destilada, etanol) depositou uma lamínula por cima, da lâmina, retirou-se o excesso causado pelo fixador com papel higiênico. E por fim vedou-se com esmalte para não ocorrer a remoção do liquido. Utilizou-se também o corte anatômico, no qual cortou-se pedaços bem finos da planta hospedeira e preparou-se um novo material.
Depois do preparo do material levou-se as lâminas ao microscópio óptico para descobrir sua taxonomia, identificar estruturas morfológicas, e a identificação deste. Foram feitos registros, microfotoráficos, só foi possível fazer esses registros com o auxilio da câmera digital Canon® modelo Power Shot A580.

3.Resultados e Discussão























Figura 1. Aspectos morfológicos do fungo Puccinia oahuensis. A. Corte anatômico. B. Pústulas presentes na folha (bar = 4 µm). C. Urediniósporos de coloração variada (amarelo a vermelha) (bar = 4 µm). D. Urediniósporos em estágio maduro(escuros) e imaturos(claros) (bar = 4 µm). E. Urediniósporos de parede espessa com três poros germinativos (bar = 4 µm). F. Urediniosporo em estagio maduro(escuro) (bar = 4 µm).


DESCRIÇÃO MICOLÓGICA

Corte anatômico feito na planta hospedeira Digitaria insulares contendo varios poros germinativos (fig. A1). O fungo Puccinia oahuensis possui urediniósporos caracteristico de formato arredondado a oblongo, de cor amarelada a avermelhada (fig. 1B). O teliomicetes possuem 5 fases, fase 0 picnia (picniosporo), fase 1 écio (eciosporos), fase 2 urédia (urediniosporo), fase 3 télio (teliosporos) fase 4 basídio (basidiósporo) (fig. 1C). Pode-se observar urediniosporos de parede espessas, escuras quando maduras e hialinas quando jovens, (fig. 1D). Três poros germinativos, (fig. 1E). Somente um poro germinativo, (fig.1F).
Puccinia oahuensis tem como dimensões a media de 30x32 µm.


4. LITERATURA CITADA

FUNGAL DIVERSITY 17:159, 2004 , citado em Farr, D.F., Rossman, A.Y., Palm, M.E., & McCray, E.B. (n.d.) Fungal Databases, Systematic Botany e Mycology Laboratory, ARS, USDA. Disponível em: . Acesso em: dez. 2010.
INDEX FUNGORUM. Disponível em:Acessado em 02 de novembro de 2010.
Goular.I .C .G .R. Disponível em:Acessado em 28 de outubro de 2010.
McCray & M.E., E.B. (n.d.) Fungal Databases, Systematic Botany e Mycology Laboratory, ARS, USDA. Disponível em:. Acesso em: dez. 2010.
MENDES, M. A. S.; URBEN, A. F.; Fungos relatados em plantas no Brasil, Laboratório de Quarentena Vegetal. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Disponível em: http://pragawall.cenargen.embrapa.br/aiqweb/michtml/fgbanco01.asp. Acesso em: 4/11/2010.
Paz Lima, M. L.; Estudo em Doenças de Plantas,IN:PAZ LIMA, M.L. Estudos em doenças de plantas, disponível em:., acessado em 01 de novembro de 2010. Contato: fitolima@gmail.com

23 comentários:

  1. Poderia colocar na prancha setas indicando as estruturas fúngicas levando a uma melhor compreensão

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  2. Nao coloquei nada em italico, mais nao sei o que aconteceu, porque eu lembro de ter colocado.Anem.

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  3. O texto não está justificado eas referências não está em ordem alfabética..
    Ahhh e eu acho é pocooo...kkkkk brincadeira amigaaa...

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  4. Cássio: Repetição desnecessária do título.

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  5. Existe uma citação incorreta na introdução.
    No mais um bom trabalho.

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  6. falta formatar o texto e colocar os géneros em itálico

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  7. Faltou centralizar a prancha e justificar o texto

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  8. No texto algumas palavras devem estar em itálico.

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  9. Não precisava colocar de quem era a maquina, e centralizar a prancha.

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  10. Tálita Borges.

    Fora a ordem alfabética nas citações, o trabalho esta bom.

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  11. Alguns sites não apareceram na literatura citada. Gênero não está em itálico.

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  12. Os Gêneros e espécies não estão em itálico. citações não são em letras maiúsculas, e as referencias não estão em ordem alfabética.

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  13. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  14. Marcelo Muller: Dar uma olhada nas citações, e as referencias não estão em ordem alfabetica.

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  15. Edvan Müller: o texto não está justificado e as referencias não estão em ordem alfabética. abraços.

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  16. Alicionon Oliveira: Colocar os nomes dos fungos em italico e verificar as estruturas.

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  17. Ivo, colocar em ordem alfabética as referências.

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  18. Alisson : O texto nao esta com a formataçao adequada.

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  19. É preciso organizar os paragrafos no texto.
    Que plantas estão associadas ao fungo?
    O fungo causa alguma toxina?
    porque não se fez pesquisa no site embrapa cernagen?
    porque não foi usado os suplementos dos anais dos congressos disponibilizados pelo professor?
    As literaturas não estão em ordem correta.

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  20. o texto nao esta justificado, mais no geral foi um bom trabalho.

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