1. INTRODUÇÃO
O Phomopsis sp. teve como basiônimo, Phomopsis brassicae descrito por Toulose (1884) e apresenta como sinonímias Zythia brassicae (Abellini – 1884).
A forma anamórfica de Phomopsis sp. pertence ao Reino Fungi, divisão (informal) fungos mitosporicos, subdivisão (informal) Coelomycetes. A forma teleomorfica pertence ao Reino Fungi, divisão Ascomycota, subdivisão Sordariomycetes, Classe Sordariomycetidae, Ordem Diaporthales e Familia incertae sedis. O gênero Phomopsis possui 931 espécies, sendo 29 variedades e 16 formae speciales descritas em literatura (Index Fungorum 2010).
Espécies de Phomopsis sp. normalmente são encontradas em larga escala esporuladas em pecíolos secos que permanecem presos as árvores. Durante períodos de chuva os conídios são descarregados e depositados na superfície dos frutos. A doença é raramente vista em frutos verdes, sendo mais comumente observados em frutos totalmente maduros. Para seu crescimento, necessita de feridas, tais como pedúnculos quebrados, perfurações de insetos, e abrasões no epitélio foliar ou na superfície do fruto.
A área infectada pelo fungo, em condições de alta umidade, pode ficar coberta por micélio branco e cinza, alem de rugas por onde o fungo se espalha. O tecido que fora infectado se torna mole e úmido, mas não há saída de líquidos, esta característica é típica de Rhizopus, podridão, amolecimento e excreção de líquidos.
Em 2002 foi realizado um experimento no Pará, utilizando frutos do Bacurizeiro. A partir de amostras de frutos com lesões, foi feito o isolamento do fungo e efetuou-se o teste de patogenicidade inoculando o fungo em frutos sadios, observou-se parecidos sintomas e a formação de picnídios escuros, com o ostíolo em forma de pêra, conidióforos simples, sem septos, com forma ovóide e unicelulares, características do fungo Phomopsis sp. (Barnett & Hunter, APS PRESS, 1988). Confirmando então que a podridão dos frutos do bacurizeiro é um fungo do gênero Phomopsis.
Uma pesquiza realizada em 1999 no Distrito Federal, concluiu que o fungo Phompsis sp. foi consistentemente isolado de plantas da espécie Aroeira (Myracrodruon urundeuva.) com sintomas de queima nas folhas. Testes de Patogenicidade em casas de vegetação confirmaram Phomopsis sp. como agente etiológico da doença. Dezesseis de outras 20 espécies vegetais, inoculadas em condições similares, também foram suscetíveis ao fungo.
Em 1999, no Distrito Federal, foi feito uma analise em plantas de jatobá (Hymenaea stigonocarpa) em que foram observados lesões foliares na qual foi isolado o fungo Phomopsis sp.. Inoculadas folhas com o fungo em dez plantas e mantidas o mesmo controle. Em condições naturais, este é o primeiro relato do fungo em folhas de jatobá no Brasil. De 13 espécies vegetais testadas, 12 foram suscetíveis e apenas o maracujá-azedo (Passiflora edulis f. flavicarpa) não apresentou sintomas.
Espécies de Phomopsis sp. causam severas doenças na cultura da soja, influenciando na qualidade e na quantidade da produção de grãos (MORGAN-JONES, 1989; PLOPER,1989; RUPE, 1989), sendo que as mais importantes segundo Ploper (1989), são as que causam cancro da haste (P. phaseoli (Cke.& Ell.) Sacc.f.sp. meridionalis) e na seca da haste e da vagem (P.sojae Lehman).
O objetivo desse trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos de Phomopsis sp..
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi realizado no Laboratório de Microbiologia do Instituto Federal Goiano campus Urutaí.
Os propágulos do fungo foram retirados de folhas de Azaléia Coritiba (Rhododendron sp.). As folhas encontravam-se já desidratadas em uma caixa do tipo Gerbox, apanhou-se as folhas desidratadas da caixa e levou-as para a visualização em microscópio estereoscópico com a finalidade de se encontrar propágulos fúngicos.
Após a verificação dos propágulos fúngicos, foram então coletados com o auxilio de uma pinça e colocados em seguida em uma lâmina contendo uma gota de fixador fuxina, em seguida colocou-se a lamínula sobre a lâmina. Retirou-se o excesso do fixador com papel higiênico, em seguida vedou-se a lamínula com esmalte. Então levou-se a lâmina pronta para ser observada em um microscópio ótico.
No microscópio ótico a primeira objetiva a ser usada deve ser a menor (4x), para que seja observados os propágulos depositados na lâmina, após serem observados, aumentou-se as objetivas para aumentos maiores (10x e 40x), para observar com maior detalhe as estruturas fúngicas.
Comparando estruturas observadas no microscópio com estruturas descritas em literaturas para identificar a qual gênero o fungo pertence. Nas observações e comparações, chegamos a conclusão que o fungo pertence ao gênero Phomopsis sp.
Foi realizado uma medição dos conídios do fungo Phomopsis sp. através de um microscópio ótico, equipado com uma lente micrométrica.
Para esse trabalho foram feitas microfotografias das estruturas fúngicas e frutificações fúngicas na epiderme foliar, usados microscópio ótico e o microscópio esteroscópico, respectivamente, utilizando câmera digital Canon® modelo Power Shot A580 do professor Milton Luiz da Paz Lima.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Aspectos morfológicos de Phomopsis sp. A e B. Frutificação na epiderme de uma folha de Rhododendron sp., C e D. Picnídeo E. Conídios alfa (bar=22µm) e beta (bar=6µm), F e G. Conídios beta (bar=6 µm).
4. DESCRIÇÃO MICOLÓGICA
O gênero Phomopsis é caracterizado por apresentar queimaduras e manchas avermelhadas e ou amareladas na superfície do epitélio foliar (Figura 1A). Apresentam picnídeos escuros (Figura 1C), ostiolado, imerso erupente, possui formado arredondado. Os conidióforos são agrupados, possuem corpo de frutificação, sendo assim protegidos, possuindo picnídio em formas arredondadas. Possuem conidióforos simples e unicelular (Figura 1D), seus conidióforos são de dois tipos, ovóides fusóides (alfa) e conídeos filiformes (Figura 1E), curvados e ou dobrados (beta) (Figura 1F). O gênero apresenta-se como parasita, causando manchas e queimaduras em inúmeras partes da planta. Estes elementos morfológicos se adequaram às informações descritas para o gênero por Barnett e Hunter (1973) e Menezes & Oliveira (1993).
5. LITERATURA CITADA
ANJOS, J.R. et. al Ocorrencia de queima das folhas causada por Phomopsis sp. em aroeira no Distrito Federal. Disponível em:
BARBETT, HUNTER. Illustrated genera of imperfect fungi. Vol. I. APS Press. 1998. pp.164.
CHARCHAR, M. J. Infecção natural de jatobá por Phomopsis sp. no distrito federal. Disponível em:
INDEX FUNGORUM. Disponível em:
INDEX FUNGORUM. Disponível em:
NISHIJIMA, W. Wet fruit rot of papaya. Disponível em:
SEGALIN, M. (2007)Efeito da rotação de cultura sobre a emergência de plântulas, incidência de podridões radiculares e rendimento de grãos de soja. Universidade de Passo Fundo Minas Gerais. pp. 36 e 37.
TRINDADE, D.R et al. Phomopsis sp. causando podridão em frutos de bacurizeiro. Disponível em:
A prancha ficou muito pequena dificultando a visualização das estruturas fúngicas
ResponderExcluirA prancha ficou pequena e sem o nome de quem a confeccionou.
ResponderExcluirRever a prancha de fotos que apos publicada no blog ficou muito pequena.
ResponderExcluirCássio: O nome do fixador está incorreto e não foi demonstrada a sua composição.
ResponderExcluirMarcelo Mueller: Prancha pequena.
ResponderExcluirOs sites nao apareceram na referencia e nao colocou o nome do fungo em italico no título e nem no decorrer do texto.
ResponderExcluirA prancha ficou pequena e a literatura citada ficou confusa..
ResponderExcluirGostei do trabalho!
ResponderExcluirabrass
falta colocar os géneros em itálico e formatar o texto
ResponderExcluirFaltou organizar o texto e as referencias bibliograficas
ResponderExcluirFazer citação do autor como acadêmico
ResponderExcluirTálita Borges.
ResponderExcluirMelhores especificações e tamanho da prancha.
Reorganizar e inserir citações.
Centralizar a prancha.
ResponderExcluirA prancha ficou peuqena e falta de organizaçao no texto
ResponderExcluirFaltou colocar em itálico algumas palavras.Precisa centralizar e arrumar a prancha, e na literatura citada os sites não sairam.
ResponderExcluirA prancha poderia ser um pouco maior. Faltou citaçao em alguns paragrafos. O nome do gênero nao esta em itálico ao decorrer do texto.
ResponderExcluirEdvan Müller: Justifique o texto e insira paragrafos. abraços.
ResponderExcluirPrancha em tamanho que dificulta a visualização das fotos.
ResponderExcluirO fungo causa alguma doença em humanos ou animais?
ResponderExcluirA quais plantas este fungo esta associado?
porque não se pesquisou no site embrapa cernagen?
A pracha de fotos está em tamanho muito reduzido, e a legenda desta deveria ficar na parte de baixo, deveria tambem apresentar o nome do autor, alem de as letras referentes a indentificação das fotos deveriam estar em negrito.
Alisson: Prancheta de fotos com espaço unutilizavel, sem nome do autor da mesma.
ResponderExcluira prancha ficou um tanto pequena, os paragrafos fora da formatação e nao disse em quais plantas o fungo ocorre.
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