sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DE Chaetomium sp.



Sara Angélica Ferreira Chaga
Acadêmica do curso de Gestão Ambiental

INTRODUÇÃO


O gênero Chaetomium sp. Apresenta a seguinte morfologia; ascoma aceolado peritecial, superficial simples agregado, globoso e a sub-globoso, de forma alongada, obpiriforme ou em formato de vaso. Apresenta coloração marrom, com apêndices que podem ser de várias formas; ramificados, coloridos ou arcados, de parede fina, septados ou asseptados, lisos ou rugosos, a parede do ascoma pode ser translúcida, membranosa, pseudoparenquimatosa, prosenquimatosa, e as paráfises podem estar presentes ou ausentes. Os ascos podem ser clavados, lineares e cilíndricos, e em seu interior possuem de 4 a 8 ascósporos sendo que sua asca possui parede evanescente. Os ascósporos são unicelulares de coloração marrom olivácea clara a marrom escura, possui poros germinativos, com uma ou ambas as terminações, muitas vezes podem ser limoniformes, apiculados; os ascos podem ser na maioria das vezes globosos, sub-globosos, clavados, filiformes ou triangulares, lisos. Podem apresentar perífises no ostíolo (Hanlin, 1989).
A Sinonímia pode pertencer aos seguintes gêneros; Acremonium sp., Botyotrichum sp. , Scytalidium sp. e Spotothrix sp., O principal anamorfo pertence à espécie é o Chaetomium globosum Kunze. O gênero é encontrado, principalmente em substratos celulósicos, sementes e no solo. (Hanlin, 1989).

O gênero Chaetomium sp. pertence a família Chaetomiaceae, Ordem Sordariales, Família Sordariomycetidae, classe Sordariomycetes, divisão Ascomycota e Reino Fungi (Index Fungorum, 2010).
O fungo Chaetomium sp. é um fungo filamentoso encontrado no solo, ar e resíduos vegetais. Esse gênero de fungo, que contém cerca de 80 espécies conhecidas está entre o grupo de fungos que podem causar problemas para a saúde humana como resultado da exposição prolongada, tornando-os de interesse para pessoas que lidam com problemas de mofo em suas casas. O C. globosum é a espécie mais comumente encontrada dentro de casa. Esta espécie é de particular interesse porque produzem micotoxinas, substâncias que são prejudiciais à saúde humana. Estes fungos gostam de viver em celulose, e são encontrados em madeira, compostos, folhas, palha e materiais similares. A colônia de fungos pode levar até três semanas para amadurecer em um ambiente frio, produzindo esporos que se espalham através do vento. Os esporos de fungo Chaetomium sp. tem uma forma de um limão que as torna fáceis de identificar. Estes fungos foram definitivamente associados a alergias em pessoas que são sensíveis a fungos, e eles produzem micotoxinas mutagênicas que interferem com o DNA de replicação em organismos como os seres humanos e outros animais. (Wikipédia, 2010).
A mancha do grãos, depois da brusone (Pyricularia grisea) é uma das principais doenças do arroz. Causada por um complexo de patógenos, vem se tornando problema sério no final do ciclo da cultura. As sementes foram mantidas em germinador por sete e dez dias, quando foi feita a avaliação de germinação e vigor, respectivamente. Dos fungos identificados em maior incidência o Chaetomium sp foi encontrado. (Silva – Lobo et al., 2006).
O grão-de-bico é uma das leguminosas mais produzidas e consumidas no mundo, possuindo alto valor nutritivo. O surgimento do gênero Chaetomium sp. em sua semente é um fator preponderante para o surgimento de doenças nas fases iniciais e durante desenvolvimento das culturas (Aquino, 2009).
Às vezes um crescimento fúngico intenso de coloração acinzentada, pode ser facilmente observado. Eventualmente flores já completamente formadas e prontas para colheita são também atacadas. Recentemente, no estado do Ceará, rosas destinadas a exportação apresentaram sintomas de podridão cinzenta porem isolado o patógeno, verificou se que se tratava de Chaetomium sp. (Freire et al., 2006).
Trabalhos realizados constataram que em sementes de amendoim o gênero Chaetomium sp. destacam-se pela freqüência que ocorrem e pela sua ação sobre as sementes, prejudicando a germinação ou causando tombamento das plântulas após a germinação (Sergio,1985).
O objetivo deste trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos do fungo Chaetomium sp.


MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no Laboratório de Microbiologia do IF Goiano - campus Urutaí.
O fungo foi retirado em grande concentração de uma folha em decomposição utilizada para estudo no laboratório. Através do método de pescagem, foi utilizada uma pinça para coleta do fungo, aplicou uma gota do fixador a base de azul de metileno na lâmina depositou o fungo no fixador com o auxílio de uma lamínula e esmalte protegeu e vedou o fungo na lâmina retira-se o excesso da base na lâmina. Após a vedação foi feita a visualização do fungo no microscópio utilizando a objetiva de 4x observamos sua estrutura para detalhar seus propágulos, com aumento da objetiva de 10x e depois 40x foi possível ter uma visão mais ampla e detalhada do fungo. Observando a estrutura encontrada e comparando com literaturas foi possível descrever sua estrutura e afirmar que se tratava do fungo Chaetomium sp. Foi utilizada câmera digital Sansung pl 51 10.2mega pixels para realização de microfotografias em microscópio estereoscópico para uma melhor apresentação do fungo.



RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aspectos Morfológico de Chaetomium sp.
Figura A. apresenta a frutificação (picnídio), Figura B. apresenta os apêndices/ornamentação, Figura C apresenta picnídios quebrados e figura D apresenta ascósporos escuros e limoniformes.





DESCRIÇÃO MICOLÓGICA

O Chaetomium sp. apresenta colônias com crescimento rápido na cor branca inicialmente e acinzentado quando maduros essas colônia de fungos pode levar até três semanas para amadurecer em um ambiente frio, produzindo esporos. A figura A apresenta, na estrutura morfológica frutificação (picnídios) . Na figura B é possível notar o detalhe de apêndices (setas) em sua superfície, a parede do ascoma pode ser translúcida, membranosa, pseudoparenquimatosa, prosenquimatosa, e as paráfises podem estar presentes ou ausentes. Na figura C é nota-se a ramificação ou picnídios quebrados. Os ascósporos (fig. D) são unicelulares de coloração marrom olivácea clara a marrom escura, possui poros germinativos, com uma ou ambas as terminações, na maioria das vezes podem ser limoniformes.



LITERATURAS CITADAS

AQUINO, CF; ARAUJO, AV; FERREIRA, ICPV; SALES, NPL; COSTA, CA; BRANDÃO, J; Qualidade sanitária de sementes de genótipos de grão-de-bico cultivados em Montes Claros-MG. Fitopatologia brasileira, 34(suplemento), agosto de 2009.
SILVA-LOBO, V.L, UTUMI, M.M, PEIXOTO, O.M, CASTRO e BRITO A.M, incidência de fungos causadores de mancha de grãos em arroz produzidos nos estados de Goiás, Mato grosso e Rondônia. Fitopatologia brasileira, 31(suplemento), 2006.
FREIRE F.C. O; Doenças atuais e potenciais das principais frutíferas e flores ornamentais do nordeste. Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza - Ceará, Fitopatologia brasileira, 31(suplemento), 2006.
INDEX FUMGORUM Disponível em: acessado em 2010.
WIKIPÉDIA disponível em:
HANLIN, R. T. Illustrated genera of Ascomycetes. The American Phytopathologiacal Society 3340 Pilot Knob Road St. Paul, Minnesota 55121-2097, USA.







8 comentários:

  1. Guilherme Araujo TGA.
    Faltou colocar a prancha de fotos.

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  2. Colocar o nome do genero em Italico
    Nao tem prancha de fotos.

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  3. Diego Araújo TGA.
    Onde está a prancha?

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  4. Cadê a prancha?
    Ausência de espaçamento nos parágrafos

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  5. As referências não estão em ordem alfabética
    e não há prancha

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  6. Taísa Mamedes-TGA 2° periodo,faltou espaço para introdução no mais seu trabalho está ótimo.

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  7. Seu trabalho ta bom, mas onde esta a prancha amiga, e da uma organizada na tua literatura.

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