Edvan Braiam Müller
Acadêmico do curso de Agronomia
- INTRODUÇÃO
O gênero Aspergillus sp. é um fungo cujos conídios estão presentes no ar, mas normalmente não causam doenças muito sérias. Entretanto, um indivíduo com um status imunológico debilitado pode apresentar reação a este fungo. Este táxon possui mais de 200 espécies 11 variedades e 9 forma especiales válidas na literatura e distribuídas na natureza (Index Fungorun, 2010).
Uma forma de se classificar a maioria dos fungos seria baseando-se nas características morfológicas das hifas, corpos de frutificação e esporos. O gênero Aspergillus sp. apresenta anamorfos (fases assexuada ou mitótica) de ascomicetos da ordem Eurotiales, subgênero Circumdati, classe dos hyfomicetes, seção niger. Os gêneros são caracterizados pela produção de fiálides e conídio em cadeia seca. O conidióforo do Aspergillus sp. é simples, sem ramificação e termina numa vesícula, onde ficam inseridas as fiálides, Chalfoun e Batista (2003), e sua forma teleomórfica sendo considerado Eumycota, subdivisão Ascomycotina na ordem Eurotiales, produzindo atravez da reprodução sexual os ascóporos, alem de um terço das espécies de Aspergillus sp. tem os gêneros Eurotium e Emericella como seus teleomofos.
Utiliza-se o aspergillus niger para a produção industrial de várias substâncias como acido cítrico (E330) e acido gluconico (E574) e o uso diário dos produtos obtidos são considerados seguros pelo OMS (Organização mundial da saúde) e outras organizações de referência no controle alimentar como a FDA (Food and Drug Administration). (Wikipédia, 2010).
Muitas enzimas úteis fazem-se através da fermentação industrial da espécie. Por exemplo, a glucoamilase é utilizada para se fazer xarope com alto teor de frutose, a pectinase por clarificar a sidra e o vinho. Também em biotecnologia se usa este fungo para produzir variantes de macromoléculas biológicas, marcadores nas análises por espectroscopia NMR (Ressonância magnética nuclear). (Kurozawa & Pavan, 1997).
É menos provável que cause danos em humanos que outras espécies de Aspergillus, mas a inalação de grande quantidade de esporos pode provocar danos sérios em pulmões (aspergilosi). A aspergilosi é mais frequente em trabalhadores do campo em horticultura que inalam pó de torba, onde há muitos esporos. Este fungo é uma das causas principais da infecção fúngica da orelha que causa dor e uma perda temporária da capacidade auditiva, e em casos severos danos no canal auditivo e a membrana timpânica. (Mycology, 2010).
Os gêneros de Aspergillus são considerados iniciadores da deterioração das sementes, contando ou não com a colaboração de alguns fatores, como pequenas aberturas nas superfícies das sementes causadas por algumas espécies de insetos e choques mecânicos resultados das praticas agrícolas durante a colheita, transporte e armazenamento, esses fatores somados as condições de umidade e temperatura promovem uma porta de entrada e um ambiente favorável para o desenvolvimento e o crescimento do propágulo. (Portal da patologia de sementes, 2010)
A espécie pode causar doenças em varias plantas, mais principalmente em plantas que a produção se da abaixo da superfície por ser um fungo de solo. Exemplos de plantas suscetíveis: alho, cebola, amendoim.
Podridão do Aspergillus: - Amendoim (Arachis hypogaea L.). Esta doença foi relatara pela primeira vez em 1926 como podridão da coroa. A doença provavelmente está disseminada em todas as áreas de cultivo do amendoim. Os prejuízos, na forma de redução do “stand”, podem chegar a 50% mas, geralmente, não ultrapassam 1%. Plântulas e plantas novas são muito suscetíveis ao patogeno. Manifesta-se como podridão das sementes, “dumping off” de pré-emergência e murcha de plantas novas, geralmente até 30 dias após a semeadura. Os tecidos afetados são cobertos por micélio, conidióforos e conídios. Em alguns casos pode ocorrer seca das haste principal ou até morte da planta. O agente causal é o Aspergillus niger, cuja esporulação é favorecida por alta umidade e calor. Trata-se de um fungo de solo, mas em alguns lotes de semente pode estar acima de 90%. A predisposição é o fator principal para a ocorrência da doença. Assim, condições ambientais desfavoráveis à planta, variações bruscas na umidade do solo, sementes de má qualidade e danos ocasionados por outros fatores estão relacionados com a doença. (M. Barreto et al, 2005)
Mofo preto – Alho (Allium sativum). O fungo se manifesta nas escamas externasdos bulbos, na forma de pó preto, constituída de massa dos esporos do fungo. Rápida cura e armazenamento adequado previnem a ocorrência da doença. (N. S. Marsola. Jr et al, 2005)
O objetivo deste trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos do fungo Aspergillus níger.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os propágulos do A. níger foram coletados em um vidro com meio de cultura vindo do laboratório de biotecnologia do Instituto Federal Goiano Campus Urutaí, foram extraídos do vidro no laboratório de microbiologia do Instituto Federal Goiano Campus Urutaí, foram preparadas amostras semi-permanentes utilizando-se pinças, lamina, lamínula, fixador lacto fenol cotton-blue, esmalte, após retirar-se os propágulos e depositá-los em lamina com fixador, colocou-se a lamínula retirou-se o excesso de fixador e vedou-se com esmalte.
Após levou-se a lamina para o microscópio Ótico primeiramente no aumento de 4x, com objetivo de observar se haviam propágulos, observado isso, passamos pro aumento de 40x e se necessário de para maiores, afim de observar as estruturas mais detalhadamente e podermos identificar o gênero do fungo e como foi citado anteriormente o gênero encontrado foi o Aspergillus níger.
Foram realizadas medições dos corpos de frutificação utilizando microscópio ótico e uma lente graduada, depois de feitas as medidas dos conídios, conidióforos e células conidiogênica, foram realizados fatores de correção para poderem ser adequadas as medidas no trabalho.
Foram feitas micrografias no microscópio ótico com intenção de relatar-se as frutificações fungicas para após serem medidas e colocadas em prancha de fotos, as micrografias foram tiradas com a câmera Canon® modelo Power Shot A580. Para confecção da prancha de fotos que foram editadas com o Windows Live Galeria de Fotos e a prancha confeccionada no Microsoft Office Power Point 2007.
3. RESULTADOS E DISCUÇÕES.
Figura 1. Aspectos Gerais e Morfológicos do A.niger. A e B: Estrutura e inserção do Aspergillus niger na planta. C: Célula conidiogenica (cc), e Esporos (es). D: Conídios (con). E: Conidióforo (cf).
4. Descrição micológica:
Aspergillus niger apresenta colônias variantes entre marrom, cinza e preto, (Figura 1A e 1B). Na morfometria foram realizadas 10 medições dos conidióforos (largura), 10 da célula conidiogênica (largura e comprimento) e 50 dos conícios (largura e comprimento). O conidióforo (cf), (Figura 1E), ereto, reto ou fluxível que tem a responsabilidade de sustentação da celula conidiogenica (cc), (Figura 1C), e dos conidios (con), (Figura 1D), e representados na (Figura 1C) estão os esporos do fungo que se soltam reproduzem de forma assexual, esses esporos produzidos pela celula ampuliforme através da célula conidiogenica. Os conidióforos são simples de formato esférico e ameroseptado, produzidos em cadeia ao redor de uma célula conidiogênica.
Morfometria.
Estrutura | Isolado IF Goiano. | Literatura (V. Nigricantes). |
Conídio. | 21,2 µm x 19,6 µm | 3,4 µm x 4,5 µm |
Conidióforo. | Largura: 1,7 µm | Não relatado |
Cel. Conidiogênica. | 6,3 µm x 6,1 µm | Não relatado |
5. LITERATURA CITADA.
BARRETO. M. Doenças do amendoim. In: Kimati, H.; Amorim, L.; Bergamni Filho, A.; Camargo, L. E. A.; Rezende, (Ed.). Manual de fitopatologia. Via: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. Cap:10. São Paulo: CERES, 2005.
CAB International (1999); Warham, s/d; Singh (1991); Thom & Church (1926); Thom & Raper (1945); Raper & Fennel (1977).
CHALFOUN S.M. & BATISTA L.R., Fungos associados a frutos e grãos do café, Aspergillus & Penicillium 2003.
INDEX FUNGORUM. Disponível em:<http://www.indexfungorum.org/names/Names.asp>, acessado novembro de 2010.
KUROZAWA, C.; PAVAN, A. Doenças cucurbitáceas. In: Kimati, H.; Amorim, L.; Bergamni Filho, A.; Camargo, L. E. A.; Rezende, (Ed.). Manual de fitopatologia Via: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: CERES, 1997.
MARSOLA, N. S. Jr.; JESUS, W. C. Jr. & KIMATI, H., Doenças da cebola e do alho. In: Kimati, H.; Amorim, L.; Bergamni Filho, A.; Camargo, L. E. A.; Rezende, (Ed.). Manual de fitopatologia. Via: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. Cap:9. São Paulo: CERES, 2005.
Mycology online. Disponível. <http://www.mycology.adelaide.edu.au/Fungal_Descriptions/Hyphomycetes_(hyaline)/Aspergillus/niger.html> acessado novembro de 2010.
Portal Patologia de sementes. Disponível. <http://faem.ufpel.edu.br/dfs/patologiasementes/cgi-bin/sementes/detalhes.cgi?praga=90> acessado novembro de 2010.
WIKIPÉDIA. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Aspergillus>, Acessado em: Novembro de 2010.
Nao era necessario falar sobre Aspergillus flavus uma vez que o trabalho descrevia apenas Aspergillus niger.
ResponderExcluirRepetiçoes desnecessarias.
ResponderExcluirMarcelo Mueller: Faltou citação no último parágrafo.
ResponderExcluirComentou sobre um fungo que não era o seu.
ResponderExcluirFaltou o nome de quem confeccionou a prancha de fotos.
ResponderExcluirHá muitas repetições da abreviação do gênero (A. niger) e a prancha poderia ser maior.
ResponderExcluirA descrição é sobre Aspergillus niger e não Aspergillus flavus.
ResponderExcluirO nome do fungo não esta em italico, em uma parte da introdução
ResponderExcluirA citação não deve ser toda em letra maiúscula, somente as iniciais. Falta algumas citações. Literatura citada ficou muito bagunçada e não está em ordem alfabética. Algumas vezes o nome do gênero não está em itálico. Você não separou os materiais e métodos dos resultados e discussão. A prancha ficou um pouco pequena e poderia ter colocado algumas da escalas e letras em branco. Nos aspectos gerais e morfológicos em vez de dois pontos depois das letras (A. B...) se coloca apenas ponto.
ResponderExcluirCorrigir alguns erros de português,e organizar melhor a formatação.
ResponderExcluirNão precisava colocar o tamanho da objetiva nos materiais e metodos.
ResponderExcluirTálita Boorges.
ResponderExcluirComeçou parágrafo com o nome do fungo, faltou atenção na postagem das literaturas contem erros.
Excessiva repetição do nome do fungo durante o trabalho.
ResponderExcluirCássio: Não demonstrou a composição do fixador.
ResponderExcluiro nome do gênero foi abreviado muitas vezes e isso confunde o leitor. Alguns paragrafos introdutorios não apresentam as citações.
ResponderExcluirPoderia ter-se utilizado os suplementos dos anais de congressos disponibilizados pelo professor Milton Lima.
Sua prancha nào apresenta o nome do autor.
Seu nome no começo do trabalho e academico em agronomia deveria ser justificado do lado direito, e em muitas vezes falava de uma outra espécie que nao era seu fungo.
ResponderExcluirO nome do gênero não está em itálico algumas vezes e também faltou o nome na prancha.
ResponderExcluirGostei das foto!
ResponderExcluirabrass
tem citações com letra maiúscula e minúscula, deveria padronizar
ResponderExcluirNão precisava ter colocado as objetivas usadas em materias e metodos
ResponderExcluirAlicionon Oliveira: Nao era necessario colocar as objetivas, nao começa-se com o nome do fungo o paragrafo e nao era necessario colocar e falar sobre o Aspergillus niger.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFaltou citação no último parágrafo,poderia ter colocado menos citações do gênero esta repetida, A prancha ficou um pouco pequena e poderia ter colocado algumas da escalas e letras em branco,mas esta bom trabalho...
ResponderExcluirLucas Silva: sua intodução ta confusa, não se deve começar o paragrafo com o nome do fungo, você ta repitindo inormAações sobre a taxonomia isso pode confudir dar mais importancia a parte da agricultura se le causa muito dano ou pouco e dar ordem cronologica dos fatos.
ResponderExcluirNa metodologia ser mais detalhista e dar uma ordem mais clara dos acontecimentos para que quem lê entenda como foi feito sua lâmina semi-permanente.
Na prancha ficou boa mais da pra melhorar, tá faltando aas medidas tanto da morfometria quanto em literatura pra comparar.
Em lietratura citada dar uma olhadinha pra corrigir questão mesmo de seguir as normas de citação.
Abraços....
Alisson: a prancha ficou sem o nome do autor, o nome do fungo apareceu varias vezes sem necessidade !
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVarias abreviações desnesessarias, faltou algumas citações, faltou tambem o nome do autor na prancha
ResponderExcluirE o pior é é discussão está com "ç" no tópico Resultado e discussão.
ResponderExcluirIsso pode, Arnaldo?
Esse fungo em contato com pessoas com imunidade baixa é mortal.,sei de uma mulher q ficou em cadeira de rodas
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