quinta-feira, 11 de novembro de 2010

“ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DO FUNGO Penicillium sp.”

Janaina Alves de Almeida
Acadêmica do curso de Agronomia


O fungo Penicillium Link, foi descrito em 1809 na Alemanha. A sua forma anamórfica do pertence ao reino fungi, de divisão insertae sedis, grupo dos fungos mitospórico, sub-grupo hifomicetos. E a sua forma teleomórfica pertence ao reino Fungi, divisão Ascomycota, Classe Eurotiomycetes, sub-classe Eurotiomycetidae, ordem Eurotiales e família Trichocomaceae. (Fitopatologia, 2010).

Este é um genero de ascomicetos de maior importância no ambiente natural, bem como de alimentos e produção de drogas. Penicillium spp. produz a penicilina, uma molécula que é usada como um antibiótico que mata ou impede o desenvolvimento de certos tipos de bactérias dentro do corpo. Os Penicillium sp. podem causar algumas doenças em humanos, como por exemplo: pneumunite por hipersensibilidade, alveolite alérgica em indivíduos susceptíveis, são causa comum de asma extrínseca de hipersensibilidade immeadiate; os sintomas agudos incluem edema e bronchiospasms, os casos crônicos podem desenvolver enfisema pumonar. Comumente são encontrados em carpetes, papel de parede, no solo, nos alimentos, em celulose e em grãos. Também sao emcontrados em pilhas de compostos e em tintas. (Dehs, 2010).

O Penicillium sp. é um fungo de pós-colheita; ocorre em sementes; é decompositor de madeiras; são fungos contaminantes; endofíticos (correm dentro do tecido de plantas); é causador de: mofo azul, cinzento, emboloramento, podridão das raízes, podridão de pós-colheita e de maçã, perda do poder germinativo e podridão nos frutos. (Embrapa, 2010).

Várias espécies do gênero Penicillium desempenham um papel central na produção de queijos e de vários produtos de carne. Penicillium camemberti e Penicillium roqueforti de Camembert, Brie, Roquefor e muitos outros queijos. Penicillium nalgiovense é utilizado para melhorar o sabor das salsichas e presuntos e prevenir a colonização por outros moldes e bactérias. (wikipedia, 2010).

Além de sua importância na indústria alimentar, as espécies de Penicillium servem para a produção de uma série de enzimas produzidas biotecnologicamente e de outras macromoléculas, como ácido glucônico, cítricos e tartárico, bem como várias pectinases, lipases, amilases, celulase e protease.(Periodico, 2010).

Mais importante, eles são fonte principal de antibióticos, especialmente penicilina e griseofulvina.(Wikipedia, 2010).

Existem Penicillium spp. que: servem com inoculante agrícola (Penicillium bilaiea); é utilizado na produção de camembert e brie queijos (Penicillium camemberti); produz o antibiótico penicilina (Penicillium chysogenum); são patógenos de plantas (Penicillium expansum e Penicillium funiculosum); é utilizado para fazer queijo Gorgonzola (Penicillium glaucum); é utilizado na tomada de roquefort, queijo azul dinamarquês e também recentemente utilizado no Gorgonzola (Penicillium roqueforti); produz ocratoxina A (Penicillium verrucosum) e entre outros.(Wikipedia,2010).

De acordo com a Embrapa, atualmente são 131 espécies de plantas hospedeiras no Brasil do Penicillium sp. . Como por exemplo, a Abelmoschus esculentus (quiabo), Allium cepa (cebola), Allium sativum (alho), Anacardium occidentale (cajueiro), Anadenanthera peregrina (angico), Ananas comosus (abacaxi), Citrus sinensis (laranjeira), Glycine Max (soja), Triticum aestivum (trigo), Vitis vinifera (uva), Zea mays (milho) e outras.

Atualmente estão catalogadas no Index Fungorum 1107 espécies de Penicillium. Algumas dessas espécies, como o Penicillium citrinum foi descrito por Thom no ano de 1910, publicado em Bulletin of the U.S. Department of Agriculture, Bureal Animal Industry.


De acordo com a Embrapa este fungo é hospedado, no Brasil, pelo tomateiro (Lycopersicon esculentum), pelo feijão fradinho (Vigna unguiculata) e pelo milho (Zea mays). Ele está localizado na seguinte posição taxonômica: Reino Fungi, Ascomycota, Eurotiomycetes, Eurotiomycetidae, Erotiales e Trichocomaceae. O Penicillium minioluteum, descrito por Dierckx em 1901 e publicado na Annals de La Soc. Sientifique Bruxelles, hospeda-se no alho (Allium sativum) e no cajueiro (Anacardium occidentale). Ele pertence ao Reino Fungi, Ascomycota, Eurotiomycetes, Eurotiomycetidae, Eurotiales e Trichocomaceae. (Embrapa, 2010 e Index Fungorum, 2010).

O objetivo desse trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos de Penicillium sp..


O trabalho foi realizado no Laboratório de Microbiologia do Institudo Federal Goiano Campus Urutaí.
Os progágulos do fungo foram retirados de grãos de milho (Zea mays) coletados no proprio Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí em Goiás. Estesgrãos foram colocados em uma caixa do tipo Gerbox, contendo um papel filtro umidecido com água destilada para fazer um ambiente ideal para sua propagação.

Após observar as colônias fúngicas nos grãos de milho (Zea mays), coletou-se os propágulos com auxilio de uma pinça e preparou-se algumas lâminas. Para o preparo destas lâminas utilizou-se lâminas (24x50 mm), gostas do fixador azul de metileno, propagulos do fungo em estudo e lamínulas (24x24 mm). As lamínulas ficam por cima das lâminas e os progágulos e as gotas do fixador, entre as duas. O exssesso do corante que ficam nas bordas das lamínulas forma retirados com o auxilio de um pedaço de papel toalha. Pronto isso, foi usado um esmalte para vedar as lamínulas nas lâminas.

Depois de secar o esmalte, as lâminas prontas foram levadas até o microscópio óptico para observar os corpos de frutificação. Para a visualização foi utilizada um par de oculares de 10x; primeiro utilizou-se a menor objetiva 4x para facilitar a visualização do aglomerado, depois foi só aumentando a objetiva, após a observação deste, aumentou-se para a de 10x e em seguida para a de 40x.

Visto os corpos de frutificação, foram feitas microfotografias deles no microscópio óptico, utilizando camera digital Canon® modelo Power Shot A580 do professor Milton Luiz da Paz Lima.



Figura 1: Aspectos Morfológicos de Penicillium sp.. A. Micélio. B. Estrutura vegetativa e célula conidiogênica. C. Conídios.

DESCRIÇÃO MICOLÓGICA:

O fungo apresenta conidióforo que se ramifica na forma de um micélio simples e/ou de um sinênio e a olho nú pode apresentar coloração verde. O ápice do conidióforo é ramificado e no final apresenta células conidiogênicas agrupadas e ramificadas na forma de fiálides. Os conídios podem ser denominados de fialósporos, e possuem colocação hialina ou colorida quando agrupados. Estes são unicelulares muitas vezes, agrupados, globosos ou ovóides, sendo produzidos em uma cadeia basipetal. Conidióforos longos ramificando-se na parte terminal são hialinos, eretas, ramificados, possuem 2-3 ramificações, as fiálides são ramificadas, são agregadas, compactas, compostas por cadeias (catenulação) de massas conidiais, fiálides afinando gradualmente ou cilíndricas com extremidades pontiagudas (falcadas). Conídios fialósporos, catenulados, hialinos ou castanho-amarelado, produzidos em massa, possuem forma esférica, elíptica ou oval, são unicelulares, lisos ou de superfície equinulada. A massa de conídios com coloração esverdeada comportamento também é verificado por Kimati et al., (1978).


LITERATURA CITADA

Disponível em: . Acesso em 03/09/10 às 15:30

KIMAT, H.; AMORIM, L.; REZENDE,J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de Fitopatologia, quarta edição, vol 2: Agronômica Ceres Ltda. São Paulo- SP. 2005

PUTZE, J; PUTZKE, M.T.L.; Os Reinos dos Fungos, 2° edição, vol.1: EDUNISC. Santa Cruz do Sul. 2004

Disponível em: . Acesso em 16/10/10 às 18:10

Disponível em :<>. Acesso em 3/11/10 às 11:23

Disponível em: <>. Acesso em 5/11/10 às 15:45

Disponível em: <>. Acesso 7/11/2010

27 comentários:

  1. A pracha ficou muito pequena dificultando a visualização

    ResponderExcluir
  2. Lucas da Silva Araújo: na introdução tem poucos erros gramaticais mais nada relevante so da uma olhadinha nisso e organizar melhor os parágrafos. Colocar Materiais e Metodos pra separar da introdução a tambem alguns erros gramáticais e na prancha as setas não tem identificação e poucas fotos tentar melhorar a prancha. E na literatura citada ta faltando o endereço eletronico que você fez a sua pesquisa.
    Mas no geral ficou muito bom, citações feitas certas e falar um pouco mais em relação a agricultura.
    Abraços....

    ResponderExcluir
  3. Tentar melhorar a prancha em si, no geral ficou bom.

    ResponderExcluir
  4. Cássio: Excelente introdução! Na metodologia faltou o título, dando impressão que continua a introdução. Achei que poderia ter aproveitado mais fotos. Faltou demonstrar no método como foram feitas as pranchas, os softwares utilizados na confecção e a identificação das setas. Há ainda alguns problemas nas referências.

    ResponderExcluir
  5. Marcelo Mueller: Faltou o título de materiais e metodos, achei que poderia ter colocado mais fotos e um pouco maiores para melhor compreensao. Corrigir as referencias, esta faltando informações. O trabalho esta muito bom !

    ResponderExcluir
  6. A prancha ficou muito pequena e foram poucas fotos. No geral o trabalho está muito bom.

    ResponderExcluir
  7. A prancha ficou pequena, e falta o título na metodologia.

    ResponderExcluir
  8. Faltou mais fotos na prancha e os sites nas referências não apareceram.
    Geovani L. Oliveira

    ResponderExcluir
  9. Poucas fotos e o texto não está justificado.

    ResponderExcluir
  10. A prancha poderia ter sido maior e com mais fotos. Poderia ter separado a introdução dos materiais e métodos. Os sites pesquisados não apareceram na literatura citada. Possui alguns erros gramaticais.

    ResponderExcluir
  11. Citou-se o autor Dehs no texto, mas não foi apresentado na referencia

    ResponderExcluir
  12. Poderia ter sido colocadas mais imagens na prancha de fotos, para melhor visualização do mesmo,um ótimo desenvolvimento do trabalho, e corrigir pequenos erros de português.

    ResponderExcluir
  13. Edvan Müller: Na citação faltaram os sites de acesso e o texto não foi justificado, no mais muito bom o trabalho.

    ResponderExcluir
  14. Tálita Borges.
    Os maiores erros ocorrem na literatura citada, falta os links e endereços não seguem ordem alfabética. E quanto a prancha poderia ser maior e conter mais imagens.

    ResponderExcluir
  15. Aumentar o tamanho da prancha de fotos;repar os erros na postagem das referências e relacionar as estruturas contidas na prancha com a descrição micológica.
    Boa introdução, trabalhou muito bem a questão da utilização do fungo, tanto industrial, quanto médica.

    ResponderExcluir
  16. Algumas referências estão faltando no trabalho. Faltam os links dos sites acessados. Otima introdução. Faltou o titulo de materiais e metodos para separar a introdução do trabalho do s materiais e metodos...

    ResponderExcluir
  17. no geral o trabalho ficou muito bom, talvez pudesse ter feito um prancha maior...

    ResponderExcluir
  18. Faltou os sites na citaçao e deveria aumentar o tamanha da prancha e colocar mais fotos

    ResponderExcluir
  19. Ivo, a prancha ficou pequena e poucas fotos.

    ResponderExcluir
  20. As fotos da prancha podiam ter ficado maiores pra uma melhor visualizacao, e poderia ter mais fotos do fungo...

    ResponderExcluir
  21. Corrigir alguns erros gramaticais! E incrementar mais a sua introdução.
    abrass

    ResponderExcluir
  22. poucas fotos, e faltou os links na literatura citada

    ResponderExcluir
  23. faltou justificar a formatação do texto e tambem estao faltando algumas referencias

    ResponderExcluir
  24. Colega são algum Eros ortográfico, dar uma melhorada na prancha e na mais esta boa...

    ResponderExcluir
  25. Alicionon Oliveira: Muito boa a introduçao, porem faltou no materiais e metodos, olhar tambem a prancha e colocar os respetivos estruturas nas setas. Tirando isso e alguns erros, ótimo trabalho.

    ResponderExcluir
  26. Alisson : A prancha deixou a desejar !

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Seguidores

Postagens populares da Ultima Semana