terça-feira, 9 de novembro de 2010

ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DE Septoria sp.


André Rodrigues Rietjens

Acadêmico do curso de Agronomia


1. INTRODUÇÃO:

O fungo do gênero Septoria sp, contem registro de 3109 espécies. Sua Taxonomia apresenta fase anamórfica pertencente ao Reino Fungi, grupo dos Fungos Mitospóricos, subgrupo dos coelomicetos e fase teleomórfica pertencente ao reino Fungi, Divisão Ascomycota, Classe Dothideomycetes, Subclasse Dothideomycetidae, Ordem Capnodiales, Família Mycosphaerellaceae, gênero Septoria sp. (Index Fungorum, 2010).

Nas plantas pode causar doenças como a septoriose, os sintomas aparecem geralmente nas folhas, mas velhas, apresentando manchas circulares e elípticas, com o tamanho aproximado de 2 a 3 mm de diâmetro e em condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo e cultivares suscetíveis, as lesões podem atingir 5 mm ou mais de diâmetro. As manchas apresentam-se com as bordas escurecidas e o centro cor de clara, onde se visualiza pontuações escuras que são as frutificações do patógeno e a presença de um halo amarelo estreito, circundando as lesões. (Kurozawa & Pavan, 2007).

Muito comum em regiões de clima ameno e em épocas chuvosas. As condições favoráveis para o desenvolvimento da doença são alta umidade e temperatura na faixa de 10 a 28 °C. Sua importância deve-se às lesões necróticas no limbo foliar que prejudicam o valor comercial do produto. Nos campos de produção de sementes, a doença causa seca nas folhas devido a coalescência de muitas manchas, resultando em danos na formação das sementes. O fungo ataca principalmente as folhas, mas pode afetar também a haste e os órgãos florais, em campos de produção de sementes. Os sintomas nas folhas são manchas com contornos irregulares. O tecido afetado, inicialmente com aspecto desidratado, torna-se pardacento, com numerosos pontos de cor escura que são os corpos de frutificação do fungo. Esses corpos de frutificação são os picnídios, visíveis a olho nu. Quando em ambiente úmido, verifica-se na parte superior dos picnídios, uma massa de esporos (cirros) que só é liberada na presença de filme de água. Não havendo água, os conídios não germinam e dificilmente são disseminados pelo vento (Pavan & Kurozawa, 1997).

Existe uma correlação entre o progresso da doença e a ocorrência de condições ótimas para o desenvolvimento do patógeno, que se multiplica e se dissemina por meio de reprodução assexual. (Galli, 1980).

A doença pode apresentar-se mais severa em condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do patógeno como no período quente e chuvoso do ano, com temperatura de 20 a 25 ºC. A água da chuva dissemina o fungo, além de seu excesso lavar o fungicida. Também podem ocorrer ataques severos no período seco, desde que haja excesso de irrigação. (Reis et. al., 2006).

Trabalhadores, insetos, implementos e pássaros também contribuem para a disseminação do fungo, pois em contato com a planta que foi infectada com o patógeno, este possuirá a fonte de inoculo em seu corpo, que em contato com uma planta sadia, iniciará o processo de infecção, onde os esporos germinam em até 48 horas em condições de umidade e temperaturas ideais. Os sintomas iniciais da doença aparecem em seis dias após o fungo penetrar na planta através dos estômatos. Os picnídios surgem após os 14 dias da infecção. (Lopes e Santos, 1994).

No Brasil, o gênero Septoria mostra-se ocorrente em todos os estados, com maior ocorrência nos estados de São Paulo e Minas Gerais. (Embrapa Cernagem, 2010).

Sendo o objetivo deste trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos do fungo Septoria sp.

2. MATERIAIS E MÉTODOS:

Os propágulos foram retirados das folhas de junco-de-canario (Phalaris arundinacea) coletadas no jardim ao lado do auditório do Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí, onde foram levadas para o laboratório de microbiologia do Instituto, onde foram visualizadas em microscópio estereoscópico (Lupa) com a finalidade de se encontrar propágulos fúngicos.

Após a visualização dos propágulos os coletamos com uma pinça e uma seringa e com o auxílio de um microscópio estereoscópico, utilizando o método de “pescagem direta” depositaram-se fragmentos do fungo sobre uma lâmina contendo gotas de fixador com corante azul-de-metileno, depois foi colocada uma lamínula sobre a lâmina com os fragmentos do fungo, tirou-se o excesso de fixador com papel toalha e feito a vedação da lamínula com esmalte incolor para que o material não sofra alterações.

Também foi preparada uma lâmina utilizando o método de “Corte Histológico” utilizando uma gilete e o auxilio de um microscópio estereoscópico, foi feito pequenos cortes transversais na folha e os depositando na lâmina contendo fixador com corante azul-de-metileno, onde também foi colocada uma lamínula sobre a lâmina e retirou o excesso de fixador e feito a vedação com esmalte.

Após o preparo das lâminas, foi feito a visualização em microscópio ótico começando pela menor lente para se observar as estruturas fúngicas com mais detalhes e fazer a identificação do gênero, onde foi constatado a presença do gênero Septoria sp.

Depois do reconhecimento do fungo, foram tiradas microfotografias das estruturas fúngicas utilizando um microscópio ótico e uma câmera digital Canon® modelo Power Shot A580 focalizando bem as estruturas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO:


Figura 1. Aspectos Gerais e Morfológicos de Septoria sp. A: Fungo na folha (Septoriose). B: Conidióforos. C: Conídios. D: Colônia de conidióforos. E: Ostíolo liberando conídios F: Picnídios em forma de taça.

Descrição Micológica:

Os conídios do fungo são hialinos, longos, finos, com três a nove septos, medindo 60-120x2-4 µm e produz picnídios globosos, ostiolados e de paredes finas e coloração marrom-escura. A massa conidial desse fungo apresenta coloração rosada, salmão ou marrom-escura. (Lopes & Ávilla, 2005).

Os conidióforos são curtos e os conídios são, filiformes, multi-septados (septos 1-(6)-12 septos – média de 6), com comprimento variando de 35-137 mm e são liberados dos picnídios através de cirros hialinos, agregados entre si por uma substância mucilaginosa, os quais são dispersos em água e disseminados através das gotas. O micélio é hialino, ramificado e septado (Lopes & Ávilla, 2005).

Os picnídios são pequenos pontos pretos de 0,5 a 2 mm de diâmetro e que com os seus fortes ataques deixam as folhas amarelas podendo cair no verão, assim evitando que a planta realize a fotossíntese.

4. LITERATURA CITADA.

EMBRAPA CERNAGEM. Disponível em:< basedados="ACERVO&unidade=" frasebusca="septoria&posicaoRegistro=" formfiltroaction="N&view="> Acessado em novembro de 2010.

FITOPATOLOGIA BRASILEIRA. Mancha de Septoria da Alface. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-41582003000500016&script=sci_arttext>, acessado novembro de 2010.

INDEX FUNGORUM. Disponível em:<http://www.indexfungorum.org/names/Names.asp>, acessado novembro de 2010.

KUROZAWA, C.; PAVAN, M.A. Doenças do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.). In: Kimati, H.; Amorin, L.; Bergamin Filho, A.; Camargo, L.E.A.; Rezende, J.A.M. (eds.). Manual de Fitopatologia. v.2 – Doenças das plantas cultivadas. Piracicaba, Ceres, 1997.

REIS, A; BOITEUX, L.S.; LOPES, C.A.; Mancha-de-septória: doença limitante do tomateiro no período de chuvas. Comunicado Técnico 37. Embrapa Hortaliças. Brasília. Dezembro. 2006.

SILVICULTURA. Septoria populi. Disponível em: <http://silvicultura.wikispaces.com/Populus+sp> Acessado em novembro de 2010.

27 comentários:

  1. Nas citações ao longo do texto não era necessário todas as letras maiúsculas

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  2. A formatação está difente em algumas partes da descrição.

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  3. Marcelo Mueller: nao comentou se o fungo causa doença em humanos e se tem uso industrial.

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  4. Revisar a formataçao,e colocar o nome do autor da prancha.

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  5. Citação com letra maiúscula (INDEX FUNGORUM, 2010).As referências não está em ordem alfabética.

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  6. A Prancha está um pouco pequena, o ponto só deve estar depois do parenteses da citação, e na legenda da prancha no final das letras em vez de colocar dois pontos poderia colocar só um.

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  7. Faltou relacionar as estruturas fúngicas da prancha de fotos com a descrição micológica.

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  8. Cássio: Não demonstrou a composição do fixador.

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  9. As fotos da prancha ficaram um pouco pequena.

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  10. Ivo, não colocou nome do autor na prancha de fotos.

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  11. A prancha ficou pequena e tambem esta sem o nome mo autor.

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  12. Faltou o nome do autor na prancha!
    abrass

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  13. o fungo causa alguma doença em animais e plantas?
    Á que plantas seu fungo esta associado?
    O gênero fungico em questão tem alguma finalidade industrial?
    Sua prancha de fotos não apresenta o nome do autor e nem as escalas.
    Não se fez a chamada das fotos na descrição micologica.
    As literaturas citadas não estão em ordem alfabética.

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  14. A prancha esta pequena e falta a escala

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  15. Tálita Borges.

    Falta cabeçalho, fontes, organização nas citações.
    Falta escala na prancha.

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  16. Faltou a morfometria das estruturas.

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  17. Faltaram algumas referências nao precisava ter citado as objetivas utilizadas

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  18. Alguns "sp" estão em itálico, as citaçoes nao sao com todas as letras maiusculas. As referencias nao estao em ordem alfabetica.

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  19. Edvan Müller: O trabalho ficou muito bom só presisava de algumas informações a mais na introdução. Exemplo, doenças em humanos e usos industriais. abraços.

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  20. Alicionon Oliveira: Faltou comentar sobre o fungo causar doenças, e estruturas e autor da prancha.

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  21. faltou dizer se ele alguns ospedeiros,As literaturas citadas não estão em ordem alfabética.

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  22. Organizar melhor a formatação do trabalho,
    colocar a literatura citada em ordem alfabética.

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  23. Alisson : a prancha ficou sem o nome do autor .

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  24. Lucas da Silva: sua introdução ficou boa falta formatar certinho, procurar se causa dano em humanos e alguma novidade que releve o estudo deste e organizar isso certinho vai ficar bacana sua introdução e melhorar algumas citações..
    A metodologia ser mais detalhista e dar uma revisada na literatura citada...
    Abraços..

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  25. nao disse se o fungo causa doença em humanos ou se tem uso industrial.

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