Macrophoma passiflorae McAlpine infectando em frutos de maracujá.

Eduardo Soares da Silva Lima; Thais Thorquato Sales; Erica Santos do Carmo Souza; Ana Luíza Barbosa e Silva; André Luiz de Araújo Pegorin; Luciane Lopes de Freitas; Paulo César Alves de Sousa; Milton Luiz da Paz Lima. Faculdades JK-Anhanguera.

No Brasil são encontradas mais de 100 espécies nativas de maracujá, das quais 60 espécies produzem frutos que podem ser aproveitados direta ou indiretamente como alimento. O objetivo deste trabalho foi de relatar a ocorrência de Macrophoma passiflorae em frutos de maracujá, e testar sua patogenicidade. Frutos de maracujá, coletados no Município de Taguatinga-DF, apresentando lesões necróticas isoladas ou confluentes, foram analisados pelos métodos de exame direto e plaqueamento e meio de cultura (BDA). Sob microscópio de luz observou-se picnídios globosos, sub-epidérmicos, de coloração marron, com 159-(231)-138 µm de diâmetro; conídios hialinos, obtusos em suas extremidades, levemente aculeados, medindo 12-(18)-27 x 4-(6)-8 µm. O teste de patogenicidade foi realizado nos frutos a partir de culturas monospóricas utilizando discos de micélio com 5-6 mm de diâmetro, introduzindo-os em tecidos previamente perfurados e incubados em câmara úmida (36h). O patógeno mostrou-se altamente agressivo após dois dias de incubação. Aos 3 dias de incubação, observou-se sintomas de apodrecimento de frutos em uma área correspondente a 8 % do tecido lesionado. As características morfológicas e culturais do fungo permitiram a identificação como sendo M. Passiflorae. Este é o primeiro registro de ocorrência deste patógeno no Brasil.

LIMA, ESS, MIRANDA e SILVA, VA, SOUSA, PCA, PEGORIN, ALA, SALES, TT, SOUSA, ESC, URBEN, AF, BARBOSA, AL, PAZ LIMA, ML. Macrophoma passiflorae McAlpine infectando frutos de maracujá. Tropical Plant Pathology. 34(suplemento):184 2009.