segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cladosporiose ou Verrugose (Cladosporium herbarum)





Cladosporiose ou verrugose (Cladosporium

herbarum) incidente no caule, folha e fruto de maracujá (Passiflora edulis).

Patrícia Vaz

Acadêmica do curso de Agronomia

INTRODUÇÃO

O maracujazeiro é uma planta tropical do gênero Passiflora, cujas espécies cultivadas são, principalmente, Passiflora edulis f. flavicarpa (maracujá amarelo) e P. alata (maracujá doce). O Brasil é o maior produtor mundial, com uma área estimada em 35.637 hectares no ano de 1999. As regiões Nordeste e Sudeste são as maiores produtoras, com áreas estimadas em aproximadamente 18.000 e 9.000 ha, respectivamente. Todo o maracujá produzido no Brasil tem sido destinado à produção de suco e à comercialização de frutas frescas. A cultura do maracujazeiro é afetada por problemas fitossanitários, incluindo doenças que chegam a causar sérios prejuízos e até mesmo inviabilizar economicamente a cultura em algumas áreas (H. Kimati, 2005).

Além do fungo Cladosporium herbarum, que causa a verrugose no maracujazeiro, outras doenças atacam essa cultura como: Endurecimento dos Frutos (Passion fruit woodiness vírus-PWV), Mancha bacteriana (Xanthomonas campestris pv.passiflorae), Podridão do colo (Nectria haematococca (Fusarium solani)), Podridão do pé ( Phytophthora nicotiana var. parasitica e P. cinnamomi), Antracnose (Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides), Septoriose (Septoria passiflorae), Mancha de alternaria (Alternaria passiflorae e A. alternata) entre outras e serve como hospedeiras para outros fungos como: Alternaria alternata (Fr.) Keissl, Alternariapassiflorae J.H. Simmonds, Alternaria sp. Nees, Cladoporium maracuja Viégas, Colletotrichumcoccodes (Wallr.) S. Hughes, Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc, Curvulariaeragrostidis (Henn.) J.A. Mey, Dictyothyrium hieronymi (Rehm) Bat, Fusarium equiseti (Corda) Sacc,Fusarium oxysporum f.sp. passiflorae W.L. Gordon ( Cenargem 1, 2011).

O fungo C. herbarum possui também outras cultura como o quiabo, cajueiro, amendoim,mama-cadela, soja, cevada, aceroleira, arroz, feijão, ervilha, uva e milho como hospedeiro (Cenargem 2, 2011).

Existem cerca de 500 espécies encontradas na natureza, pertencentes ao gênero Cladosporium sp., ao qual possui o posicionamento taxonômico da seguinte forma: pertence ao reino Fungi, ao grupo de fungos Mitospóricos, sub grupo Hifomiceto.E na fase teleomórfica possui a seguinte posição taxonômica: reino Fungi, divisão Ascomycota, classe Dothideomycetes, subclasse Dothideomycetidae, ordem Capnodiales e família Davidiellaceae (Index Fungorum, 2011).

O fungo C. herbarum foi descrito por (Pers.) Link 1816 e possui quatro sinonímias sendoByssus herbarum, Dematium herbarum, Dematiumvulgare e Heterosporium epimyces (Index Fungorum, 2011) (Nt.ars,2011). Ele é considerado um saprófita que se transforma em um patógeno em várias condições de estresse. Ela produz podridão em uma série de importantesculturas de frutas, por exemplo, uva, pêra e cereja, na superfície do molde passas e figos, etambém prejudica milho e centeio. Sua teleomorfo, Tassiana Mycosphaerella (De Not.) Johans éresponsável pela doença mancha parda da folha da palmeira. Ocorre no Brasil como um importante patógeno em maracujá (Passiflora edulis Sims.) causando os sintomas de verrugose, reduzindo a produção e qualidade dos frutos (Scielo, 2011).

A cultura do maracujá tem varias incidências de fungo pelo mundo como: Alternaria alienana Austrália (Simmons, 1993), Alternaria alternata no Brazil (Mendes, 1998), Alternaria aragakiino Hawaii (Simmons, 1993), Aspergillus restrictus em New Caledonia (Huguenin, 1966), Pythium middletonii na Malaysia (Liu, 1977), Pseudomonas passiflorae no South Africa (Gorter,1977),Glomerella phomoides em Fiji (Firman,1972), Phomopsis tersa na China (Zhuang,2001),Puccinia scleriae no Brazil e em outros países (Mendes,1998).

O fungo C. herbarum possui colônia profusa, aveludada, na coloração verde-oliva ou marrom-olivácea. Os conidióforos são retos ou flexuosos, geniculados e sempre nodosos, claros a marrom-oliváceos, lisos, com cerca de 250 mm de comprimento e 3 a 6 mm de largura. Os conídios são razoavelmente grandes, sempre em longas cadeias ramificadas, forma variando de elipsoidal a oblonga, arredondada em duma das extremidades, de coloração clara a marrom-olivácea, uni ou binucleados. A superfície do conídio apresenta pequenas verrugas bem distintas (UFRGS, 2011) (Barnett, H.L.)

Este fungo é responsável ​​por suscitar típicas reações de hipersensibilidade mediada por IgE (anticorpos), que variam de rinite e sintomas oculares de comprometimento grave do tratorespiratório inferior, e causar um estado clínico crítico, bem como importância terapêutica, (Science Direct, 2011).

Espécies de Cladosporium sp. são comuns e difundidos, e interagi com os humanos em todas as fases da vida como na produção de alérgenos no ambiente interno e responsável porcausar a deterioração de frutas e de doenças de plantas, ou estar associada commicoses humanas (Apsnet, 2011).

A prevalência da reatividade IgE a C. herbarum em pacientes que sofrem de alergia variaentre 5% e 30% nas diferentes zonas climáticas. Como a alergia ao mofo tem sido frequentemente associados à asma grave, juntamente com outros sintomas alérgicos, éimportante definir de forma mais abrangente o repertório alérgeno ( Science, 2011) .

Eles são muito comuns e são encontrados nos pântanos, nas florestas e nos jardins à medida que crescem tendem a ficar em plantas em decomposição ou em folhas. Além disso, é possível encontrá-los em estufas, em geladeiras mal limpas e produtos alimentícios. Tambémcrescem sobre os têxteis, como roupas. Cladosporium herbarum é o fungo mais comum emmateriais vegetais mortos e é distribuída em todo o mundo. O micélio cresce lentamente, e devidoa inclusões de melanina o fungo possui a cor de azeitona marrom a personagem negra e aveludada. A liberação de esporos é de preferência a temperaturas crescentes. Os esporos sãofacilmente disseminados pelo vento e correntes de ar, e eles podem resistir à seca e a longas distâncias, mesmo através de oceanos e desertos são transportados (Schimmel, 2011).

O objetivo do trabalho é identificar, descrever e apontar medidas de controle de C. hebarumincidente em folhas de maracujá.

MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no Laboratório de Microbiologia do IFGoiano- Campus Urutaí-GO, e o material coletado para descrição do patógeno e da doença foi na fazenda Santo Inácio a 16 Km de Orizona e levadas para o Laboratório de Microbiologia do próprio Instituto.

Em seguida, foi utilizado o microscópio estereoscópico (lupa) para observar a lesão na folha e tirar a foto, usou-se gilete para fazer o corte da lesão onde se encontrava o fungo, e feito o corte transversal para observação, descrição do fungo no tecido da planta infectada, foi utilizado fixador lactofenol cotton-blue: 2,6 de ml ácido acético; 62,5 ml de ácido lático; 100 de ml glicerina; 100 ml de água destilada; 1g de corante, 10 ml de água; etanol 70%, lâmina, lamínula, microscópio, esmalte, preparou-se lâminas semi-permanentes para análise e observação em microscópio composto.

Depois de observado as estruturas do fungo no tecido da hospedeira, usando os registros macro e microscópio, foram tiradas foto utilizando câmera fotográfica digital.

Para obtenção da colônia do fungo foi feitoo corte da lesão para o isolamento do tecido contaminado, deixado no álcool 50% durante 3 minutos para quebrar a tensão superficial, após foi colocado no hipoclorito 0,3% durante três minutos e por último foi passado três vezes na água destilada, deixando 3 minutos em cada recipiente.

Depois foi colocado na placa de Petri, o tecido infectado, na parte superior, inferior, lado esquerdo, direito e no meio da placa de Petri que continha o meio Ágar Água para o desenvolvimento das hifas do fungo, deixando 48 horas na câmera úmida.

Vencido às 48 horas foi cortado as hifas juntamente com o meio AA, utilizando um estilete, e colocado em outra placa de Petri, que continha o meio BDA, para o desenvolvimento da colônia, deixando por mais ou menos 7 dias e tirado sua foto.

Após, foi feito a prancha das fotos no Power Point, com diferentes visualizações do fungo e da planta hospedeira.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Hospedeiro/cultura: Maracujá (Passiflora edulis).

Família Botânica: Passifloraceae

Doença: Cladosporiose ou verrugose

Agente Causal: Cladosporium herbarum

Local de Coleta: Fazenda Santo Inácio

Data de Coleta: 14/03/11

Taxonomia: Pertence ao reino Fungi, ao grupo de fungos Mitospóricos, sub grupo Hifomiceto. E na fase teleomórfica pertence ao reino Fungi, divisão Ascomycota, classe Dothideomycetes, subclasse Dothideomycetidae, ordem Capnodiales e família Davidiellaceae (Index Fungorum).

Sintomatologia: Nas folhas, surgem pequenas manchas circulares, inicialmente translúcidas e posteriormente necróticas, causando uma lesão aquosa ou anasarca, com o centro verde-acinzentado correspondendo à frutificação do fungo. Quando as lesões localizam-se próximas ou sobre as nervuras, pode haver deformação ou encarquilhamento. Em alguns casos, o rompimento do tecido no centro da mancha causa perfuração na folha. Manchas semelhantes às das folhas podem ocorrer nas sépalas de botões ou de flores abertas. Os ramos e ponteiros apresentam, inicialmente, lesões semelhantes às das folhas, que se transformam em cancros de aspecto alongado, deprimido, onde ocorrem as frutificações do patógeno, adquirindo coloração cinza- oliva. A ação do vento pode causar a quebra dos ramos no local dessas lesões. Nos frutos, ocorre o aparecimento de lesões circulares levemente deprimidas, que crescem e se tornam corticosas, salientes e de coloração pardacenta na casca dos frutos, não atingindo as partes internas e, portanto, não afetando a qualidade do suco (H. Kimati, 2005)

Etiologia (Sinais): O patógeno é considerado um saprófita facultativo que se transforma em um patógeno em várias condições de estresse. Ela produz podridão em uma série de importantesculturas de frutas, por exemplo, uva, pêra e cereja, mas é comumente encontrado em materiais vegetais mortos e é distribuída em todo o mundo. Apresenta colônia profusa, aveludada, na coloração verde-oliva ou marrom-olivácea. Os conidióforos são retos ou flexuosos, geniculados e sempre nodosos, claros a marrom-oliváceos, lisos, com cerca de 250 mm de comprimento e 3 a 6 mm de largura. Os conídios são razoavelmente grandes, sempre em longas cadeiasramificadas, forma variando de elipsoidal a oblonga, arredondada em duma das extremidades, de coloração clara a marrom-olivácea, uni ou binucleados. A superfície do conídio apresenta pequenas verrugas bem distintas (Fitopatologia1, 2011).O patógeno pode ser disperso por meio de ventos e de mudas doentes (H. Kimati, 2005).

Epidemiologia: Os maiores índices de incidência a severidade são registrados nos períodos chuvosos, em que a temperatura gira em torno de 22 °C e a umidade relativa se mantêm superior a 80% (Toda fruta, 2011) e segundo H. Kimati, a doença é mais severa no ínicio da primavera, quando a temperatura é mais amena para ocorrer infecção e os tecidos jovens são mais suscetíveis que os adultos.O C. herbarum possui outras hospedeiras como: quiabo, cajueiro, na soja, na helicônia-papagaio e no arroz ataca as sementes (Cernagem, 2011)

Nas regiões mais quentes, ocorrem sintomas somente em frutos e, sob calor intenso, o fungo se mantém nas partes externas dos botões florais, brácteas e cálices, sem causar prejuízo à frutificação, mas agindo como potencial de inoculo para uma posterior infecção aos frutos. Esta doença pode ocorrer ao mesmo tempo com a antracnose e a bacteriose (Lima, A. de A., 1999).

Controle: As medidas de controle indicadas para o manejo da verrugose são a utilização de mudas sadias, o plantio em períodos de menor precipitação com suplementação de água via irrigação e a aplicação de fungicidas à base de tebuconazole quando ocorrerem condições de alta umidade e precipitação (Toda Fruta, 2011).

Para seu controle, mostra-se eficaz uma cobertura com caldas fungicidas, destacando-se por sua eficiência o benomil e os produtos à base de cobre, em aplicações semanais, sob chuvas, ou quinzenais, em períodos com chuvas esparsas e menor umidade. Não se recomenda a aplicação nos frutos, quando o seu destino é a indústria de suco, pois a doença não atinge a polpa (Lima, A. de A., 1999).

Produtos indicados para o controle da verrugose:

Ingrediente ativo


Produto comercial e classe toxicológica


Formulação em g.i.a./L ou Kg

Dose do produto comercial em g. ou mL/100 L de água

Carência em dias

Observações

Benomil

Benlate III

PM 500

100


7

1

Oxicloreto de cobre


Cobox (IV)

Cupravit Azul IV

Cupravit verde IV

Funguram (IV)

Reconil (IV)

Recop (IV)

PM500

PM350

PM500

PM350

PM350

PM500

200

250

250

200

150

200

7

7

7

7

7

7

2

2

2

2

2

3

Observações:

1) O fungo pode adquirir resistência se este produto for usado continuamente.

2) Produtos à base de cobre, quando aplicados com umida

de e alta temperatura, podem ocasionar queima e qu

eda de folhas.

3) Após a sua diluição em água, usar no mesmo dia.



Figura 1: Cladosporiose ou verrugose (Cladosporium herbarum) no maracujá (Passiflora edulis), A. Sintoma no caule, B. Sintoma no caule, C. Sintoma na face adaxial, D. S

intoma na face abaxial, E. Sintoma na folha observado pela lupa, F. Forma anasarca envolta da lesão do fungo,G. Fungo no tecido da planta hospedeira.





Figura 1: A. Colônia do fungo no meio de cultura BDA, B. Conídio razoavelmente grande, C. Conídioforo retos ou flexuosos (bar= 7.8*105), D. Parede interna da célula conidiogênica em início de conidiogênese, formação do conídio,E. Conidióforos e célula conidiogênica entreoblástica trética (bar= 5.5*105), F. Conidióforos agrupados no tecido da hospedeira.


BIBLIOGRAFIA

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BARNETT, H.L. e Hunter, B.B., Ilustrated Genera of Imperfect Fungi. Fourth Edition, pág. 106.

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