Jéssica Campos Rocha
Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO
Este trabalho nos mostra a importância de
estudar e saber os danos que essa bactéria causa à nossa saúde.
A Escherichia
coli enterotoxigênica é uma doença conhecida como doença do viajante, que
apresenta vários sintomas entre eles estão: diarreia líquida, febre baixa,
náuseas entre outros, é geralmente dura em média cinco dias e frequentemente
afeta crianças que vivem e turistas que passam por países subdesenvolvidos e
mais pobres, durante os três primeiros anos de vida as crianças desenvolvem
múltiplas infecções por ETEC a doença em adultos que vivem nessas áreas é menos
frequente, surtos graves tem sido relatados em países desenvolvidos.
A E. coli enterotoxigênica
(ETEC) causa gastroenterite conhecida como diarreia dos viajantes. Apresentam
como quadro clinico diarreia líquida, dor abdominal, febre baixa, náusea e
mal-estar. A doença é usualmente auto limitante, durando não mais que 5 dias,
exigindo contudo, em crianças e idosos debilitados, reposição hidro- eletrolítica.(Parasitologia clinica, 2013)
São
produzidas pela ETEC uma toxina termolábil (LT) e uma toxina termoestável (ST)
ou ambas as toxinas (LT/ST). A produção de enterotoxinas é demonstrada por meio
de imunoensaios, bioensaios e por DNA que identificam os genes LT e ST. O
período de incubação é de 10-12 horas tem sido observada em surtos e em estudos
em voluntários com cepas produtoras de LT e ST e incubação em voluntários de
LT/ST mostraram um período de 24-72 horas. Estudos mostram que a imunidade
soro-especifica é adquirida quando ocorre infecção por ETEC.
A ETEC
pode ser demonstrada pela produção de enterotoxina, por imunoensaios,
bioensaios e por técnicas de DNA que identificam genes LT e ST em culturas.
Cepas de ETEC elaboram uma toxina termo-lábil(LT), uma toxina termo-estável(ST)
ou ambas toxinas.(Parasitologia clinica, 2013)
O tratamento consiste em reposição
hidroeletrolítica e de água em caso de diarréias leves, em diarreias severas em
adultos é indicado ingerir Trimetoprim/Sulfametoxazol, mas muitas cepas de ETEC
são resistentes a antibióticos.
O
tratamento para gastroenterite causada pela E.
coli enterotoxigênica geralmente é reduzido ao repouso e hidratação, mas
para diarreia severa, que provoca muita desidratação, o medico poderá indicar a
toma de medicamentos como trimetoprim-sulfametoxazol, 160 mg-800 mg, 2 vezes ao
dia.(Tua saúde, 2013)
O objetivo do trabalho é apresentar
informações a respeito da sintomologia, epidemiologia e controle de Escherichia coli enterotoxigênica ETEC.
DESENVOLVIMENTO
É uma
doença do tipo cólera-like, tendo sido descrita há cerca de 40 anos, cepas de
ETEC elaboram uma toxina termolábil (LT), uma toxina termoestável (ST) ou
ambas, que compreendem duas grandes famílias de toxinas de natureza protéica
que diferem quanto a sua tolerância à temperatura, estrutura, imunogenicidade e
mecanismo de ação, a termoestabilidade está relacionada à perda da atividade
tóxica após aquecimento a 100º C durante 30 minutos, enquanto a
termoestabilidade significa a manutenção da atividade da toxina nestas
condições.
“A Escherichia coli enterotoxigênica, foi
definida por sua capacidade em produzir as enterotoxinas termolábil (LT) e
termoestável (ST). A importância clinica das ETEC foi reconhecida no final da
década de 1960.” (Trabulsi e Alterthum, 2008)
A
ETEC é conhecida como diarreia do viajante, estimativas globais indicam que a
ETEC são responsáveis por causar 380.000 mortes anuais, sendo mais frequente em
crianças que vivem em regiões de baixas condições socioeconômicas e deficientes
em saneamento básico em visitantes de países industrializado, a doença dura
cerca de 5 dias, tem como principais sintomas diarreia líquida, dor abdominal,
febre baixa, náusea e mal-estar.
Constitui
uma das principais causas de diarreia em crianças menores de cinco anos de
idade em todo o mundo. ETEC é também o principal agente da “diarreia do
viajante”, acometendo adultos que transitam que transitam desde países industrializados
até regiões tropicais e subtropicais. (Trabulsi e Alterthum, 2008).
A
ETEC não é considerada uma doença séria, é transmitida via feca-oral, pela
ingestão de água e alimentos contaminados principalmente por esgoto, a infecção
tem a duração de 24 a 72 horas em média. O tratamento consiste em reposição de
eletrólitos e água em diarreias leves, para diarreias severas emprega-se
Trimetoprim/Sulfametoxazol, 160 mg-800 mg duas vezes ao dia por cinco dias.
As
infecções por ETEC dispensam na maioria das vezes o uso de antibioticoterapia.
Contudo, quando houver indicação, o antimicrobiano deve ser selecionado a
partir do antibiograma, uma vez que ETEC pode apresentar resistência múltipla
com frequência. Por outro lado, a reposição de água e eletrólitos é essencial e
deve ser realizado o mais breve possível. (Trabulsi e Alterthum, 2008)
A ETEC figura como um importante patógeno
em animais, sendo agente de disenteria em bovinos, diarreia neonatal e
pós-desmame em suínos, causando perdas financeiras expressivas na indústria
agropecuária.
“A ETEC afeta principalmente animais
recém-nascidos e pós-desmame, esta enfermidade é responsável por sérios danos
econômicos para criadores de gado bovino, no Brasil e em outros países.”
(Scielo, 2013)
Os
soros mais comuns incluem O6, O8, O15, O20, O25, O27, O63, O78, O80, O114,
O115, O128ac, O153, O159 e O167, estudos em voluntários adultos sobre dose
infectiva indicaram que é necessária uma dose alta-100 milhões a 10 bilhões da
bactéria para estabelecer a colonização do intestino delgado, onde os
organismos proliferam e produzem toxinas as quais induzem secreção de fluidos.
“As ETEC pertencem a uma grande diversidade
de sorotipos, porém alguns têm distribuição universal, além de serem mais
prevalentes, destacando-se os sorotipos: O6: H16, O8: H9, O25: H7, O27: H12,
O78: H12, O128: H21, O148: H28 E O153: H45.” (Trabulsi e Alterthum, 2008)
É possível o diagnóstico a partir do
isolamento e identificação bioquímica nas fezes do paciente, que são utilizadas
para a detecção das enterotoxinas LT e ST. Estas toxinas podem ser
identificadas através de métodos biológicos que utilizam culturas celulares (LT)
ou modelos animais (ST).
“A ETEC pode ser demonstrada pela produção
de enterotoxina, por imunoensaios, bioensaios e por técnicas de DNA que
identificam genes LT e ST em culturas.” (Manual das doenças transmitidas por
alimentos, 2013)
O mecanismo de patogenicidade compreende
basicamente a colonização da mucosa intestinal e a produção de enterotoxinas, a
colonização está relacionada à capacidade desta bactéria em aderir a receptores
específicos presentes na superfície do epitélio intestinal através de
estruturas que foram denominadas genericamente de fatores de colonização, as
enterotoxinas provocam alterações nos níveis intracelulares de nucleotídeos
cíclicos levando à alteração do equilíbrio hidrossalino do lúmen intestinal,
resultando na secreção de eletrólitos e, consequentemente, na redução de
absorção de água. A eliminação de água é decorrente do mecanismo de ação das
enterotoxinas.
Cepas de ETEC são
capazes de aderir à mucosa do intestino delgado e produzir toxinas, cujos
efeitos resultam no desenvolvimento de diarreia aquosa. A adesão e colonização
da mucosa intestinal são mediadas por estruturas protéicas (fímbrias),
denominadas fatores de colonização, presentes na superfície das células
bacterianas, e codificadas por plasmídeos (Franco et al., 1996).
Os fatores de colonização (CFs) apresentam
uma estrutura filamentosa de natureza proteica e antigênica apresentam
especificidades de acordo com o seu hospedeiro, apresentam vários tipos de
estruturas, são eles: fimbrial, fibrilar ou helicoidal e alguns não possuem
estruturas especificas sendo definidas como afimbriais. Uma nova nomenclatura
foi introduzida para classificar os CFs de origem humana, que foram denominados
de antígenos de superfície de coli. Alguns fatores de colonização apresentam
epítopos em comum e similaridades na sequencia de aminoácidos da região
N-terminal. Os genes envolvidos na biossíntese do CFs estão localizados em
plasmídeos de alto peso molecular e geralmente albergam os genes para
enterotoxinas.
Os
CFs, geralmente, são estruturas filamentosas de natureza proteica, antigênicas
e que se encontram distribuídos de forma peritríquia na superfície bacteriana.
Os CFs pode apresentar uma estrutura fimbrial, fibrilar ou helicoidal, mas alguns
têm uma estrutura não definida sendo então considerados afimbriais. (Trabulsi e
Alterthum, 2008)
As enterotoxinas LT apresentam semelhança
com a toxina da cólera e os determinantes de virulência são os mais bem
caracterizados e são divididos em duas classes: LT-I e T-II, as enterotoxinas
ST são proteínas com baixo peso molecular e que contem cisteína que forma
pontes de dissulfeto que confere a termoestabilidade, são divididos em dois
subgrupos: STa e STb.
As
enterotoxinas LT apresentam semelhanças estruturais, antigênicas e funcionais
com a toxina colérica (CT) e constituem os determinantes de virulência mais bem
caracterizados em ETEC. As enterotoxinas ST são proteínas monoméricas, de baixo
peso molecular (5 kDa) e que contem múltiplos resíduos de cisteína, formando
pontes de dissulfeto, o que lhes confere a termoestabilidade.(Trabulsi e
Alterthum, 2008)
CONCLUSÃO
Através desse trabalho foi possível
entender sobre essa bactéria Escherichia
coli enterotoxigênica (ETEC) encontrou-se varias informações de suma
importância para melhor compreensão dos sintomas, como são transmitidas, em que
locais ocorrem com maior frequência, que tratamento deve ser feito, sendo que
essas informações serão necessárias as pessoas que desconheciam a bactéria e o
que ela pode causar.
LITERATURA
CITADA
E. coli
enterotoxigênica: banco de dados. Disponível em:< http://www.tuasaude.com/e-coli-enterotoxigenica/>
acesso em: 26 de Junho de 2013
Manual
das doenças transmitidas por alimentos: banco de dados. Disponível em:
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/ecoli_enterotoxi.pdf>
acesso em: 25 de Junho de 2013.
TRABULSI,
L.R. ALTERTHUM, F. Microbiologia. 5
ed. Atheneu: São Paulo, 2008.
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