Glaucimila Adrielly Belem Lopes
Acadêmica do Curso Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é
apresentar informações a respeito da sintomologia, epidemiologia e controle de
Escherichia coli Produtora de Toxina Shiga(STEC), que é um importante patógeno
veiculado por alimento, principalmente produtos derivados de carne bovina e
está associado a quadros de diarréias leves a severas e sanguinolentas.
A toxina Shiga(Stx) é o principal
fator de virulência das STEC e constitui uma família de citotoxinas
estruturalmente relacinoadas e com atividades biológicas similares, que tem a
capacidade em causar doenças com gravidades distintas, e tem cido relacionada
não apenas ao tipo de Stx mas também à variante da toxina apresentada pela
amostra de STEC.
A bacteria E. coli apresenta seus
principais fatores de virulência codificados por genes localizados em elementos
genéticos móveis. Ela está relacionada a um amplo espectro de doenças humanas,
que compreende desde diarréias leves à colite hemorrágica(HC), e a síndrome
hemolíticourêmica(HUS), cuja possível seqüela mais grave, é possivelmente, a
falência renal e a púrpura trombocitopênica trombótica (TTP), em seres humanos
(NATARO; KAPER, 1998; GRIFFIN; TAUXE, 1991).
Humanos podem ser infectados por
STEC ao ingerir alimentos de origem animal contaminados, principalmente a carne
bovina. o que tornou esta categoria de E. coli objeto de estudos na medicina
humana, veterinária e na biologia molecular (MAINIL; DAUBE, 2005).
As Sitotoxinas são produzidas no cólon e,
através da corrente sangüínea, são levadas aos rins, causando danos ao
endotélio vascular e oclusão dos microvasos, através de uma combinação de
toxicidade direta e indução local da inflamação local os quais podem levar à
HUS (ANDREOLI et al., 2002).
DESENVOLVIMENTO
Esta categoria de E. coli
diarreiogênica foi caracterizada pela produção de potentes citotoxinas que
apresentam a capacidade de inibir a síntese proteica de células eucarióticas.
As STEC diferentemente das outras categorias diarreiogênicas de E. coli são
encontradas no intestino de uma grande variedade de espécies de animais domésticos
e selvagens. Entretanto, os ruminantes, especialmente os bovinos e os ovinos,
epresentam os seus princípais reservatorios naturais. Contudo, alguns sorotipos
de STEC pode causar doença em animais, tais como a diarréia em bezerros e a
doença do edema em suínos.
A STEC se destaca por causar um
amplo espectro de doenças no homen, que compreende desde casos assintomáticos,
diarréia branda, até casos mais graves de colite hemorrágica (CH) que podem
evoluir para complicações extra-intestinais, sendo a de maior gravidade a
síndrome hemolítica urêmica (SHU). Além de SHU, outras comlicações como a
púpura trombocitopênica trombótica (PTT), apendicite, cistite hemorrágica e até
mesmo anormalidades neurológicas podem ser observadas. A produção de toxinas
Shiga, não é suficiente para causar doenças e outros fatores são considerados
relevantes, como a produção de enterohemolisina e de adesinas fimbriais e
afimbriais.
A infecção por STEC tem geralmente
início após a ingestão de alimentos ou água contaminados, algumas vezes em
dozes infectantes muito baixas, apresenta seus principais fatores de virulência
codificados por genes localizados em elementos genéticos móveis. Ela está
relacionada a um amplo espectro de doenças humanas, que compreende desde
diarréias leves à colite hemorrágica (HC) e a síndrome hemolíticourêmica (HUS,
cuja possível seqüela mais grave, é possivelmente, a falência renal) e a
púrpura trombocitopênica trombótica (TTP), em seres humanos (NATARO; KAPER,
1998; GRIFFIN; TAUXE, 1991).
Humanos podem ser infectados por
STEC ao ingerir alimentos de origem animal contaminados, principalmente a carne
bovina. o que tornou esta categoria de E. coli objeto de estudos na medicina
humana, veterinária e na biologia molecular (MAINIL; DAUBE, 2005). As
Sitotoxinas são produzidas no cólon e, através da corrente sangüínea, são
levadas aos rins, causando danos ao endotélio vascular e oclusão dos
microvasos, através de uma combinação de toxicidade direta e indução local da
inflamação local os quais podem levar à HUS (ANDREOLI et al, 2002).
Sintomas
O periodo de incubação é, em média
três dias a quatro dias, sendo a diarréia não sanguinolenta e dor abdominal os
sintomas iniciais. A partir de um ou dois dias a diarréia torna-se sanguiolenta
e a dor abdominal mais intesa, caracterizando a CH. O paciente pode permanecer
assim por um período de até dez dias, mas após este período, a maioria evolui
para a cura sem sequelas.
No entanto, em aproximadamente 10%
dos pacientes a doença pode progredir para SHU, e em crianças a taxa de mortalidade
varia de 3 a 5% e cerca de 12 a 30% permanecem com graves sequelas. Embora
geralmente associada com infecção intestinal, a SHU, ocasionalmente, pode
ocorrer após infecção urinária, com ou se histórico prévio de diarréia.
Após ultrapassar a barreira
gástrica, devido à presença de um eficiente sistema de regulação que permite
adaptação e sobrevivência à acidez do estômago, as STECatingem o intestino
grosso, onde aderem à mucosa, proiferam e produzem Stx. A toxina é absorvida
pelo epitélio intestinal, entra na circulação e liga-se rapidamente aos leucócitos
polimorfonucleares.
Embora as células endoteliais
pareçam ser o principal alvo para Stx, outras células como as dos túbulos
renais, células mensangiais, monócitos e plaquetas podem também ser afetadas
pelas toxinas. A ligação da toxina ao seu receptor inicializa, então, uma
cascata de reações que inclui coagulação e processos inflamatórios que resultam
na SHU. No cólon deve ocorrer o rompimento dos vasos e nos rins ocorre ostrução
dos vasos do glumérulo levando à insuficiência renal.
As STEC produzem fatores
distintos de Stx que também lesam o hospedeiro. Além da intimina, responsável
pela formação da lesão A/E, uma série de outros prováveis fatores de aderência
e outras toxinas é produzido pelas STEC. Entretanto, o papel destes fatores na
fisiopatologia da doença humana precisa ser mais bem esclarecido.
Epidemiologia
STEC apresenta uma distribuição
mundial, entretanto os grandes surtos e o elevado número de infecções
esporádicas associados a estes patógenos têm cido reportados em países
desenvolvidos, com alta prevalência nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido,
vários países da Europa Continental e no Japão, onde constituem um serio
problema de saúde publica.
Na maioria destes países, as
infecções por STEC 0157:h7 são reconhecidas como uma das mais frequentes
doenças de origem alimentar. Por outro lado, em alguns países da Europa, na
Argentina, Austrália, Chile e Brasil, as infecções por STEC são
predominantimente esporádicas ou fazem parte de surtos de menores proporções,
sendo causadas mais frequentemente por sorotipos não-0157.
No Brasil a incidência de infecções
por STEC é comparavel à de alguns países da Europa. Casos de SHU, anemia
hemolítica e diarréias, sanguinolentas
ou não, relacionados tanto à STEC 0157:h7 como aos sorotipos não-0157 têm sido
diagnosticados em diferentes regiões do Brasil.
Os bovinos representam o principal
reservatório natural das STEC e a carne bovina, em especial a carne moída, o
leite e seus derivados, os vegetais e a água contaminados por material fecal
ingeridos crus ou com conzimento insuliciente são as formas mais comuns de
transmissao da bacteria para o homem.
Transmissão pessoa a pessoa,
especialmente so sorotipo O 157:H7 está bem estabelecida, sendo facilitada pela
baixa dose infectante. Entretanto, modos de transmissão variados como aqueles
associados a água de recreação de lafos e de piscinas ou pelo contato com
outros ambientes contaminados, como, por exemplo, de fazendas, têm sido também
descritos.
Tratamento
e Controle
Tratamentos com antimicrobianos e com
agentes que diminuem o peristaltismo intestinal têm sido utilizados em casos de
diarréia, entretanto, a utilização destes medicamentos antes de se conhecer a
etiologia da diarréia oferece um grande risco para uma evolução mais grave da
doença. Segundo alguns relatos, crianças que receberam tratamento com
antiperistálticos evoluíram mais frequentemente para a SHU, e em outros
pacientes, as diarréias sanguinolentas se estenderam por um período mais longo.
Varías evidências têm demonstrado, que
o tratamento das infecções por STEC com
antimicrobianos é muito mais prejudicial do que benéfico. além disso, o
uso de drogas que promovem a lise das bactérias no lúmen intestinal poderia,
teoricamente, desencadear uma maior liberação da toxina.
Por outro lado, a terapia de hidratação
com monitorização hospitalar é recomendada em crianças com colite aguda
sanguinolenta, pois não oferece efeito adverso. Além disso, a possibilidade de
utilização de probióticos, capazes de competir com STEC na mucosa intestinal ou
a utilização de compostos químicos sintéticos que apresentam a capacidade de
absorver a toxina.
Medidas de controle envolvem práticas
de higiene em toda a cadeia de produção de alimentos, cuidados no manuseio e
descarte de dejetos animais, especialmente de crianças que vizitam
minizoológicos e fazendas, evitar a contaminação cruzada entre alimentos crus e
aqueles para o consumo, bem como evitar a ingestão de produtos não
pasteurizados e especialmente de carnes cruas ou malcozidas.
CONCLUSÃO
Neste trabalho pude concluir que a
Escherichia coli Produtora de Toxina Shiga(STEC), é um importante patógeno
veiculado por alimento, principalmente produtos derivados de carne bovina e
está associado a quadros de diarréias leves a severas e sanguinolentas e
apresenta seus principais fatores de virulência codificados por genes
localizados em elementos genéticos móveis.
Ela está relacionada a um amplo
espectro de doenças humanas, que compreende desde diarréias leves à colite
hemorrágica(HC) e a síndrome hemolíticourêmica(HUS), cuja possível seqüela mais
grave, é possivelmente, a falência renal e a púrpura trombocitopênica
trombótica (TTP), em seres humanos.
As STEC produzem fatores distintos
de Stx que também lesam o hospedeiro. Além da intimina, responsável pela
formação da lesão A/E, uma série de outros prováveis fatores de aderência e
outras toxinas é produzido pelas STEC. Entretanto, o papel destes fatores na
fisiopatologia da doença humana precisa ser mais bem esclarecido.
A transmissão pessoa a pessoa,
especialmente so sorotipo O 157:H7 está bem estabelecida, sendo facilitada pela
baixa dose infectante. Entretanto, modos de transmissão variados como aqueles
associados a água de recreação de lafos e de piscinas ou pelo contato com
outros ambientes contaminados, como, por exemplo, de fazendas, têm sido também
descritos.
As medidas de controle envolvem
práticas de higiene em toda a cadeia de produção de alimentos, cuidados no
manuseio e descarte de dejetos animais, especialmente de crianças que vizitam
minizoológicos e fazendas, evitar a contaminação cruzada entre alimentos crus e
aqueles para o consumo, bem como evitar a ingestão de produtos não
pasteurizados e especialmente de carnes cruas ou malcozidas.
LITERATURA
CITADA:
1-GUTH,
B. E. C. Escherichia coli Produtora de Toxina Shiga(STEC). In. TRABULSI, L. R.
Microbiologia. 5ºed. São Paulo: Atheneu. 2008. p. 289-293.
2-http://www.uel.br/proppg/portal/pages/arquivos/pesquisa/semina/pdf/semina_28_2_20_22.pdf