Dr. Milton Luiz da Paz Lima
Graduando, Marciel José Peixoto
São observados inicialmente na face abaxial de
folhas baixeiras, na forma de pequenas e numerosas manchas encharcadas de
formato circular e elíptica, medindo de 1-3 mm de diâmetro. A medida que a
doença de desenvolve a doenças adquire coloração marrom acinzentada,
apresentando no centro e bordas tonalidades escurecidas, circundadas com
estreito halo amarelado. Podendo atingir mais de 5 mm de diâmetro. No
centro das lesões, observa-se a presença de pequenos pontos pretos que
consistem pelas frutificações picnidiais do patógeno. Com o tempo a
doença progride de forma ascendente na planta. As lesões coalescem, as
folhas amarelecem, secam e caem, causando desfolha acentuada nas
plantas. Plantas severamente afetadas produzem frutos menores sujeitos a
queimaduras pela exposição direta aos raios solares (escaldadura) (Inoue-Nagata
et al., 2016).
O tomate
atualmente teve seu táxon que antes era chamado de Lycopersicon
esculentum e hoje é denominado de Solanum lycoperiscon. Infectando Solanum
lycopersicum (tomate) existem duas espécies de Septoria spp.,
representadas por Septoria hortensis (um registro no Canadá), Septoria
lycopersici (um registro na Argentina, um registro na Austrália, um
registro na Eritréia, dois registros da Coréia do Sul, um registro de Sri Lanka
e um registro da Tasmânia). Existem sete registros de ocorrência de S.
lycopersici em Solanum lycopersicon (tomate).
Infectando Lycopersiconesculentum (tomate) existem
CINCO espécies e formae speciales e variedade de Septoria spp.,
representadas por Septoria dulcamarae (um registro no China e um
registro em Miamar), Septoria lycopersici (82 registros nos EUA,
Austrália, Brasil, Bulgária, China, Colômbia, Costa Rica, Cote d’Ivoire, Cuba,
Cyprus, Republica Dominicana, El Salvador, Etiópia, Fiji, Grécia, Guatemala,
Guiné, Haiti, Havai, India, Itália, Sicília, Jamaica, Quênia, Coréia, Líbia,
Malawi, Ilhas Mauritius, México, Nepal, Nova Caledônia, Nova Zelândia,
Nicarágua, Panamá, Papua nova Guiné, Filipinas, Polônia, Porto Rico, Romênia,
África do Sul, Espanha, Sudão, Taiwan, Ucrânia, Venezuela, Ilhas Virgens,
Iuguslávia, Zambia e Zimbabue); Septoria lycopersici f.sp. italica
infectando L. esculentum (um registro na China e um registro em
Taiwan); Septoria lycopersici var. microspora infectando L.
esculentum (um registro na Polônia); Setoria tomates infectando
L. esculentum (um registro na Romênia) (Farr e Rossman, 2021).
Lesões esféricas e necróticas circundadas por área clorótica |
Sintoma de mancha foliar esférica e aleatoriamente distribuida no limbo foliar na face adaxial |
Sintoma de mancha foliar esférica e aleatoriamente distribuida no limbo foliar na face adaxial |
Lesões irregulares na face adaxial, com pontuações circunscritas, confluentes, com halos cloróticos indistintos e amplos |
Lesões acinzentadas isoladas e distribuídas no limbo foliar na face abaxial, sem a observação de sinais abundantes ou pontuações relacionadas a saida do ostíolo picnidial. |
INOUE-NAGATA, A.K., LOPES, C.A., REIS, A., PEREIRA, R.B., QUEZADO-DURVAL, A.M., PINHEIRO, J.B., LIMA, M. F. 2016. Doenças do tomateiro. In: AMORIM, L., REZENDE, J.A.M., BERGAMIN FILHO, A., CAMARGO, L.E.A. Manual de Fitopatologia, doenças das plantas cultivadas, org. Ouro Fino, MG: Editora Agronômica Ceres, p. 697–732.