domingo, 4 de março de 2012

Sintoma do tipo Galha

Galhas ou Cecídios são estruturas que se originaram em determinado órgão de uma planta através de hipertrofia e hiperplasia do tecido afetado, ocorre inibição do desenvolvimento ou modificação citológica e/ou histoquímica em resposta ao ataque de organismos indutores que podem ser vírus, bactérias, fungos, nematóides, ácaros ou insetos - parasitas, geralmente específicos à espécie (gênero ou família) da hospedeira. São estruturas às vezes comparadas a tumores.

"Galhadores" são altamente específicos ao órgão e hospedeiro, ou seja, eles induzem galhas em apenas uma espécie ou um grupo muito pequeno de espécies de hospedeiras.

As galhas, que podem ser causadas por herbívoros como bactérias, vírus, fungos, protozoários, nematóides, ácaros ou insetos, dependendo do órgão e da planta afetada são interpretadas em sua maior parte como reação defensiva contra o causador.

A alta especificidade dos galhadores aos seus hospedeiros reflete-se na morfologia da galhas, ou melhor, cada tipo de inseto causador de galha forma um morfotipo específico. Por exemplo, insetos causadores de galhas são extremamente sensíveis a pequenas diferenças na fisiologia, química, desenvolvimento e fenologia da planta hospedeira, o que os leva às vezes a discriminar até mesmo espécies muito pouco distintas.

A especificidade entre algumas plantas é tão forte que pesquisadores podem se beneficiar do conhecimento dos abundantes tipos de galhas para separar plantas híbridas de parentais.


Galhas de insetos são estruturas patológicas originadas da deformaçao de tecidos, como resultado de um estímulo químico e/ou mecânico do inseto. Durante o desenvolvimento da galha, modificações estruturais ocorrem com formação de tecidos cecidogênicos, que geralmente incluem os nutritivos que alcançam a câmara larval, cujas células mostram características de alta atividade metabólica que permitem a nutrição do parasita. As galhas de insetos se desenvolvem após indução por larvas ou adultos, que realizam a postura de ovos ou se alimentam do vegetal, injetando substâncias e ainda realizando alterações mecânicas.

Pela indução de galhas, os insetos são responsáveis por revelar novas potencialidades morfogenéticas da planta hospedeira, que inicialmente são dirigidas contra eles, mas que o inseto então usa para obtenção de comida e abrigo.


A escolha do local da indução de galhas requer extrema especialização do herbívoro. A galha é uma estrutura séssil e na maioria dos casos pode persistir por um tempo considerável, até que a progênie do indutor ecloda.

Então, a viabilidade destes descendentes é influenciada pela possibilidade da proteção pela galha de fatores abióticos, predação, parasitismo, patógenos e resistência da planta.

Alguns botânicos observaram que as espécies (ou às vezes gêneros) de plantas e as espécies de galhadores possuem uma íntima relação evolutiva, e, em algumas destas relações, após haver alterações cecidogênicas, as substâncias (metabólitos secundários) e a estrutura da galha favorecem o agente etiológico causador. Isto ocorre devido ao afastamento dos predadores dos agents causais ou dos herbívoros competidores destes organismos. Não há, porém, benefício às plantas na maioria dos casos, ou seja, o mutualismo na galha geralmente não é observado.


A alteração anatômica observada pode apresentar desde apenas a lignificação de alguns tecidos até mesmo o crescimento e formação de novos tecidos (hipertrofia e hiperplasia), inexistentes nos órgãos sadios.


Existem estudos de grupos taxonômicos de plantas que expressam sintomas de galhas que permitem averiguar a co-evolução entre os agentes causadores de galhas e plantas afetadas, demonstrando íntima associação entre estes, às vezes até mesmo entre subespécies de plantas. Estes estudos são feitos através de testes de agrupamento elaborados do grupo de agentes causais e grupos vegetais, que são comparados, e às vezes é detectada uma correlação muito íntima entre ambos nos agrupamentos. A anatomia e histoquímica da galha pode ser um caráter ecológico-morfológico para construção de hipóteses de filogenias, porém deve-se, como precaução, utilizar, como prevê a Sistemática Cladística, o maior número de caracteres úteis, já que pode haver casos em que a galha não indicará informação correta ou útil, pois existem fenômenos de convergência evolutiva, que teoricamente poderiam ocorrer para quaisquer tipos de caracteres.

Texto retirado de: [http://www.jornallivre.com.br/174423/o-que-e-galha-ou-cecidios.html].

quinta-feira, 1 de março de 2012

ConteúdoTeórico e Audios da disciplina de Microbiologia I - 2012



Aula 4 Microbiologia I 01 de março 2012 5o. e 3o. períodos parte 1


Aula 4 Microbiologia I 01 de março de 2012 5o. e 3o. períodos parte 2


Aula 4 Microbiologia I 01 de março de 2012 5o. e 3o. períodos parte 3

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