DIEFERSON DA COSTA ESTRELA
Acadêmico do curso de Ciências Biológicas
Acadêmico do curso de Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO
O gênero Ehrlichia teve sua patogenicidade reconhecida em 1935 através da espécie Ehrlichia canis que foi encontrada como infectante de cachorros. Em 1950 foi documentado no Japão a infecção de humanos pela bactéria Ehrlichia sennetsu (Wilson; BLITCHINGTON; GREENE, 1990) e nos EUA pela Ehrlichia chaffeensis, que foi visualizada no sangue de um paciente em 1986 (ANDERSON, et al., 1991). Desde então o gênero é estudado por causar a doença denominada Ehrlichiose que acomete mamíferos humanos e não humanos.
São conhecidas cinco espécies que podem infectar o homem E. canis, E. chaffeensis, E. phagocytophila, E. ewingii e E. sennetsu, dentre estas espécies, as quatro primeiras tem como vetores carrapatos dos gêneros Amblyomma sp., Dermcentor sp., Ixodes sp. e Rhipicefalus sp. e pouco se sabe sobre a quinta espécie, sua biologia e relação com o vetor não é bem conhecida, no entanto, acredita-se que a bactéria seja proveniente da ingestão de peixe cru (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Segundo Chen, et al. (1994) as bactérias do gênero Ehrlichia são obrigatoriamente bactérias intracelulares e residem num fagossoma no interior de células hematopoiéticas do hospedeiro. A doença causada por elas (Ehrlichiose) é caracterizada por febre, dores de cabeça, calafrios, mialgias, dentre outros sintomas que precisam ser tratados imediatamente, evitando assim o agravamento da doença (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Diante da importância em se conhecer os membros deste gênero que podem causar sérios problemas à saúde humana, o presente trabalho teve o objetivo de apresentar informações a respeito da sintomatologia, epidemiologia e o controle da espécie E. chaffeensis.
DESENVOLVIMENTO
Sintomatologia
São conhecidas duas formas da doença, monocítica e granulocítica, estas variam de acordo com o tipo celular infectado, a forma monocítica infecta os monócitos e macrófagos, já a granulocítica infecta os neutrófilos. A espécie E. chaffeensis quando infecta humanos provoca o tipo monocítica. A doença é caracterizada por febre, dores de cabeça, calafrios, mialgias, mal-estar geral, anorexia e exantemas em aproximadamente 20% dos casos. Esta doença pode ser confundida com a febre
maculosa e tem período de incubação com duração de uma a duas semanas (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
São conhecidas duas formas da doença, monocítica e granulocítica, estas variam de acordo com o tipo celular infectado, a forma monocítica infecta os monócitos e macrófagos, já a granulocítica infecta os neutrófilos. A espécie E. chaffeensis quando infecta humanos provoca o tipo monocítica. A doença é caracterizada por febre, dores de cabeça, calafrios, mialgias, mal-estar geral, anorexia e exantemas em aproximadamente 20% dos casos. Esta doença pode ser confundida com a febre
maculosa e tem período de incubação com duração de uma a duas semanas (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Epidemiologia
A Ehrlichiose Humana apresenta casos espalhados por todo o globo, mas as principais estatísticas são provenientes do EUA, já foi mencionado que o primeiro caso de ehrlichiose humana nos EUA ocorreu em 1986, o paciente era um militar lotado no forte Chaffee, em Arkansas. Inicialmente os pesquisadores acreditaram que fosse uma amostra de E. canis, no entanto, descobriram uma nova espécie, esta por ter sido descrita a partir do soro de um soldado do forte Chaffee recebeu o nome de E. chaffeensis (ANDERSON, et al., 1991). Esta espécie tem como vetores os carrapatos dos gêneros Amblyomma sp. e Dermcentor sp. e como hospedeiros o ser humano, o veado e os cães (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Mais de dois mil casos de ehrlichiose já foram diagnosticados nos EUA, a maioria sendo proveniente das regiões onde predominam os carrapatos vetores. A ehrlichiose é uma doença infecciosa tipicamente emergente, quase sempre transmitida pelas picadas de carrapatos (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
A Ehrlichiose Humana apresenta casos espalhados por todo o globo, mas as principais estatísticas são provenientes do EUA, já foi mencionado que o primeiro caso de ehrlichiose humana nos EUA ocorreu em 1986, o paciente era um militar lotado no forte Chaffee, em Arkansas. Inicialmente os pesquisadores acreditaram que fosse uma amostra de E. canis, no entanto, descobriram uma nova espécie, esta por ter sido descrita a partir do soro de um soldado do forte Chaffee recebeu o nome de E. chaffeensis (ANDERSON, et al., 1991). Esta espécie tem como vetores os carrapatos dos gêneros Amblyomma sp. e Dermcentor sp. e como hospedeiros o ser humano, o veado e os cães (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Mais de dois mil casos de ehrlichiose já foram diagnosticados nos EUA, a maioria sendo proveniente das regiões onde predominam os carrapatos vetores. A ehrlichiose é uma doença infecciosa tipicamente emergente, quase sempre transmitida pelas picadas de carrapatos (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Tratamento e Controle
Os pacientes suspeitos de serem portadores de ehrlichiose devem ser tratados imediatamente, porque o retardo no tratamento pode facilitar a ocorrência de complicações sérias. A droga de maior uso atualmente tem sido a doxiciclina. A prevenção tem por base evitar as áreas onde os carrapatos infectados são encontrados, uso de vestimentas protetoras e de repelentes de insetos. Carrapatos fixados na pele devem ser retirados imediatamente (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
Os pacientes suspeitos de serem portadores de ehrlichiose devem ser tratados imediatamente, porque o retardo no tratamento pode facilitar a ocorrência de complicações sérias. A droga de maior uso atualmente tem sido a doxiciclina. A prevenção tem por base evitar as áreas onde os carrapatos infectados são encontrados, uso de vestimentas protetoras e de repelentes de insetos. Carrapatos fixados na pele devem ser retirados imediatamente (MARTINEZ; TRABULSI, 2008).
CONCLUSÃO
Após a realização desta revisão foi possível concluir que a ehrlichiose humana é conhecida e estudada há alguns anos, são conhecidos mecanismos de vida e infecção da espécie. No entanto, seu diagnóstico é dificultado pelas características silenciosas e comuns a várias outras enfermidades, o que é agravado pela necessidade de tratamento imediato, que não sendo ministrado em pouco tempo acarreta sérias complicações.
Sendo assim, são necessários mais estudos visando formas mais eficientes e acessíveis de diagnóstico da ehrliquiose.
Após a realização desta revisão foi possível concluir que a ehrlichiose humana é conhecida e estudada há alguns anos, são conhecidos mecanismos de vida e infecção da espécie. No entanto, seu diagnóstico é dificultado pelas características silenciosas e comuns a várias outras enfermidades, o que é agravado pela necessidade de tratamento imediato, que não sendo ministrado em pouco tempo acarreta sérias complicações.
Sendo assim, são necessários mais estudos visando formas mais eficientes e acessíveis de diagnóstico da ehrliquiose.
LITERATURA CITADA
ANDERSON, B. E., et al. Ehrlichia chaffeensis, a New Species Associated with Human Ehrlichiosis. Journal of Clinical Microbiology, v. 29, n. 12, p. 2838-2842, dez. 1991.
CHEN, S. M., et al. Identification of a granulocytotropic Ehrlichia Species as the Etiologic Agent of Human Disease. Journal of Clinical Microbiology, v. 32, n. 3, p. 589-595, Mar. 1994.
MARTINEZ, M. B.; TRABULSI, L. R. Ehrlichia. In: TRABULSI, L. R. (ed.); ALTERTHUM, F. (ed.). Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. p. 449-450.
WEISBURG, W. G., et al. 16S ribosomal DNA amplification for phylogenetic study. J. Bacteriol, v. 173, p. 697-703, 1991.
Wilson, K. H.; BLITCHINGTON, R. B.; GREENE, R. C. Amplification of bacterial 16S ribosomal DNA with polymerase chain reaction. J. Clin. Microbiol, v. 28, p. 1942-1946, 1990.
ANDERSON, B. E., et al. Ehrlichia chaffeensis, a New Species Associated with Human Ehrlichiosis. Journal of Clinical Microbiology, v. 29, n. 12, p. 2838-2842, dez. 1991.
CHEN, S. M., et al. Identification of a granulocytotropic Ehrlichia Species as the Etiologic Agent of Human Disease. Journal of Clinical Microbiology, v. 32, n. 3, p. 589-595, Mar. 1994.
MARTINEZ, M. B.; TRABULSI, L. R. Ehrlichia. In: TRABULSI, L. R. (ed.); ALTERTHUM, F. (ed.). Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. p. 449-450.
WEISBURG, W. G., et al. 16S ribosomal DNA amplification for phylogenetic study. J. Bacteriol, v. 173, p. 697-703, 1991.
Wilson, K. H.; BLITCHINGTON, R. B.; GREENE, R. C. Amplification of bacterial 16S ribosomal DNA with polymerase chain reaction. J. Clin. Microbiol, v. 28, p. 1942-1946, 1990.
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