sexta-feira, 30 de junho de 2023

Fungicidas DMI: mecanismo de ação

Os fungicidas DMI (inibidores da desmetilação) são um grupo de fungicidas que agem inibindo a enzima esterol 14α-demetilase, também conhecida como CYP51. Essa enzima é essencial para a síntese de ergosterol, um componente estrutural importante dos fungos. A inibição da esterol 14α-demetilase pelos fungicidas DMI interfere na produção de ergosterol, afetando a integridade e função das membranas celulares fúngicas.

Aqui estão os principais mecanismos de ação dos fungicidas DMI:

  1. Inibição da esterol 14α-demetilase: Os fungicidas DMI se ligam à enzima esterol 14α-demetilase nos fungos, impedindo que ela catalise a reação de demetilação do lanosterol. Isso leva à redução na síntese de ergosterol, um componente crítico das membranas celulares dos fungos. Com a diminuição do ergosterol, ocorre uma alteração na composição lipídica das membranas, comprometendo sua função e afetando a integridade da célula fúngica.

  1. Acúmulo de esteróis tóxicos: Além de inibir a síntese de ergosterol, os fungicidas DMI também podem levar ao acúmulo de esteróis tóxicos nas células fúngicas. Isso ocorre porque a inibição da esterol 14α-demetilase impede a conversão do lanosterol em ergosterol, resultando em um acúmulo de intermediários esterólicos, como o 14α-metilfecosterol. Esses esteróis acumulados podem afetar negativamente a função das membranas celulares fúngicas e levar à morte do fungo.

  2. Efeito fungistático: Os fungicidas DMI são geralmente considerados fungistáticos, o que significa que eles inibem o crescimento e a reprodução dos fungos, mas não levam à morte imediata. No entanto, com a inibição contínua da esterol 14α-demetilase e a consequente disfunção das membranas celulares, ocorre a inibição do crescimento fúngico e a redução da capacidade de se espalhar e causar danos adicionais.


  3. É importante ressaltar que diferentes fungos podem apresentar variações na suscetibilidade aos fungicidas DMI, e o uso excessivo ou inadequado desses fungicidas pode levar ao desenvolvimento de resistência por parte dos fungos. Portanto, é essencial adotar práticas adequadas de manejo de doenças, como a rotação de fungicidas com diferentes mecanismos de ação e o uso de programas de aplicação integrados, para prolongar a eficácia dos fungicidas DMI e minimizar o desenvolvimento de resistência.


  4. Os fungicidas triazois são um grupo de fungicidas que possuem o núcleo químico triazol como parte de sua estrutura. Eles são amplamente utilizados no controle de doenças fúngicas em diversas culturas. Aqui estão alguns exemplos de ingredientes ativos pertencentes ao grupo dos triazois:


  5. Tebuconazol

  6. Propiconazol

  7. Epoxiconazol

  8. Ciproconazol

  9. Metconazol

  10. Prothioconazol

  11. Difenoconazol

  12. Myclobutanil

  13. Imibenconazol

  14. Penconazol

  15. Esses são apenas alguns exemplos de ingredientes ativos triazois utilizados em fungicidas. Cada um desses compostos possui propriedades específicas e espectro de controle de doenças fúngicas. É importante observar que a disponibilidade e uso desses ingredientes ativos podem variar dependendo da região e das regulamentações locais.


  16. Ao utilizar fungicidas, é fundamental seguir as recomendações de dosagem, aplicação e intervalos de reentrada e colheita indicados no rótulo do produto específico. Além disso, é recomendado adotar práticas de manejo integrado de doenças, como a rotação de fungicidas com diferentes mecanismos de ação, para evitar o desenvolvimento de resistência por parte dos fungos.


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