quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Boletim Técnico (1-2015): ANTRACNOSE DA BERINJELA (Solanum melongena) CAUSADA POR Colletotrichum acutatum

ANTRACNOSE DA BERINJELA (Solanum melongena) CAUSADA POR Colletotrichum acutatum


Caio César de Oliveira Pereira
Acadêmico do curso de Agronomia 

INTRODUÇÃO

A berinjela (Solanum melongena L. – Solanaceae) assim como o tomate, pimenta, pimentão, batata e jiló. Foi introduzida à dieta brasileira por emigrantes árabes, sendo consumida principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (EMBRAPA HORTALIÇAS, 2007). Os frutos cozidos são usados como verdura ou hortaliça nos trópicos. Podem, também, ser fervidos, fritos, recheados, grelhados ou refogados. As variedades que apresentam frutos pequenos baby são utilizadas para produção de conservas/picles. Os frutos imaturos são, algumas vezes, utilizados em molhos (PURSEGLOVE, 1968).
O gênero Solanum é predominantemente originário das Américas Central e do Sul (cerca de 2.000 espécies), porém existem apenas cerca de 40 espécies nativas da Ásia, e entre elas, 27 na Índia englobando a berinjela e seus parentes silvestres. Embora não tenha sido completamente elucidada ainda, a maior parte das evidências indica que a berinjela teve origem na Ásia. Regiões como o Oriente Médio, a região Indo-Burma, Japão e China têm sido indicadas como prováveis centros de origem por diversos autores. Entretanto, mesmo tendo-se registros de cultivo há mais de 1500 anos, em determinadas regiões da China, Khan (1979) e Kalloo (1993) consideram a Índia como provável lugar de origem da berinjela, devido às inúmeras referências encontradas em documentos escritos em sânscrito, linguagem ancestral desse país. Martin e Pollack (1979) consideram a China e África como centros secundários de dispersão.
A berinjela é uma das espécies mais rústicas entre as hortaliças. Mesmos assim, é suscetível a algumas doenças que podem causar perdas consideráveis ou comprometer a qualidade do produto, dependendo da cultivar, da época de cultivo e das condições ambientais prevalecentes no local do plantio (RIBEIRO, 1998).
No campo, as murchas, provocadas por vários patógenos, são as mais evidentes e as que mais preocupam o produtor, pois provocam perdas diretas e ainda comprometem o terreno para cultivos posteriores, não somente da berinjela, mas de espécies da mesma família. Em cultivos sob proteção de plástico ou telado, essas doenças são mais importantes pelo fato de a rotação de culturas, recomendada para todas elas, ser mais difícil por questões econômicas. Além disso, as condições de temperatura e umidade, normalmente mais elevadas do que a céu aberto, e menor ventilação, poderão interferir negativamente na ocorrência também nas doenças foliares e no seu manejo (RIBEIRO, 1998).
Segundo Ribeiro (1998), as doenças e seus agentes causais, mais importantes da berinjela no Brasil são listadas, respectivamente, a seguir, em ordem cronológica de acordo com o ciclo da cultura: Doenças do solo: Tombamento ou 'damping-off' (Rhizoctonia solani J.G. Kühn, Pythium spp. Pringsh., Phytophthora spp. Bary); Murcha-de-verticílio (Verticillium dahliae Kleb.); Murcha-bacteriana ou murchadeira (Ralstonia solanacearum Smith); Murcha-de-Fitóftora (Phytophthora capsici Leonian); Podridão-de-esclerotínia (Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary); Podridão-de-esclerócio (Sclerotium rolfsii Sacc.); Nematóide-das-galhas (Meloidogyne spp.); Doenças da parte aérea: Podridão-de-fomopsis ou seca-dos-ramos (Phomopsis vexans (Sacc. & P. Syd.) Harter); Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc.); Podridão-algodão (Phytophthora nicotianae Breda de Haan, P. capsici ou Pythium spp.); Ferrugem (Puccinia sp. Pers.); Oídio (Oidiopsis haplophylli (Magnus) Rulamort); Podridão-mole (Erwinia carotovora); Pinta-preta ou mancha-de-alternária (Alternaria solani (Ellis & G. Martin) L.R. Jones & Grout); Mancha-bacteriana (Xanthomonas spp.); Superbrotamento; Mosaico (vírus do gênero Potyvirus); Vira-cabeça vírus do gênero Tospovírus).
O fungo Colletotrichum acutatum J.H. Simmonds (INDEX FUNGORUM, 2015) é uma das espécies mais frequentemente relatadas do gênero e causa doenças comumente conhecidas como antracnose em todo o mundo (FARR & ROSSMAN, 2015). Originalmente descrita a partir de tecidos doentes de Carica papaya L., Capsicum frutescens L. e Delphinium ajacis L. na Austrália por Simmonds (1965), o complexo de espécies C. acutatum é hoje conhecido como especialmente destrutivo em frutas como morango (GARRIDO, 2009), citros (PERES et al., 2008), maçã (LEE, 2007), azeitona (TALHINHAS, 2011) e mirtilo (WHARTON & SCHILDER, 2008). Há também relatos de uma infecção disseminada em uma tartaruga marinha (MANIRE, 2002) e a infecção de um cochonilha-de-carapaça (MARCELINO, 2008). Avaliações da espécie em seu sentido mais amplo e sua patologia, foram publicadas por Wharton & Diéguez-Uribeondo (2004) e Peres et al. (2005).
No morango, C. acutatum causa principalmente mancha preta dos frutos, mas também pode atacar coroas, raízes e folhas (FREEMAN & KATAN, 1997), e é uma das doenças mais graves em produção de frutos comerciais. Em grande parte, devido à sua importância econômica como um patógeno do morango, C. acutatum foi tratado por muitos anos como uma praga quarentenária regulamentada pela Organização Europeia e Mediterrânica para a Proteção das Plantas (EPPO), embora ele está ausente da lista atual (EPPO, 2015) - presumivelmente devido a sua distribuição agora difundido na Europa. Fontes de inóculo são frequentemente material transplantado, principalmente com infecções quiescentes (RAHMAN & LOUWS, 2008), plantas infectadas, ervas daninhas e outros hospedeiros (MCINNES, 1992; PARIKKA, 2006), enquanto a taxa de sobrevivência de conídios em solo de campo natural é baixa (FREEMAN, 2002).
Guerber & Correl (2001) descreveram Glomerella acutata, a metamorfose sexual de C. acutatum, como o produto de experiências de acasalamento, enquanto algumas espécies relacionadas são homotálicas, incluindo G. acutata var. fioriniae (MARCELINO, 2008), mais tarde considerado como uma espécie separada C. fioriniae (SHIVAS & TAN, 2009) e um isolado de uma espécie Glomerella relacionadas com C. acutata da Acer platanoides nos EUA (LOBUGLIO & PFISTER, 2008). Talgo et al. (2007) observaram a metamorfose sexual de G. acutata em frutos de mirtilo naturalmente infectados na Noruega. Numerosos estudos demonstraram que a C. acutatum é morfologicamente e filogeneticamente diverso (SREENIVASAPRASAD, 1994; JOHNSTON & JONES 1997; LARDNER, 1999; FREEMAN, 2001ª; NIRENBER, 2002; TALHINHAS, 2002; GUERBER, 2003; LUBBE, 2004; DU, 2005; PERES, 2005; SREENIVASAPRASAD & TALHINHAS, 2005; TALHINHAS, 2005; JOHNSTON, 2008). Sreenivasaprasad et al. (1996) foram os primeiros a reconhecer que C. acutatum era extraordinariamente diversificado, com estirpes mostrando divergência de 5,8% na sequência ITS-1 em comparação com os níveis de 2-4% frequentemente encontrados dentro de outras espécies de fungos.

Objetivo
            O objetivo deste boletim técnico é descrever a sintomatologia, etiologia, epidemiologia e controle da antracnose da berinjela causada por Colletotrichum acutatum.

DESENVOLVIMENTO

Hospedeiro/cultura: Berinjela (Solanum melongena L.)
Família Botânica: Solanaceae
Doença: Antracnose
Agente Causal: Colletotrichum acutatum J.H. Simmonds
Local de Coleta: Urutaí, Goiás
Data de Coleta: 21/03/15
Taxonomia: A fase teleomórfica pertence ao reino Fungi, filo Ascomycota, sub-filo Pezizomycotina, classe Sordariomycetes, subclasse Sordariomycetidae, família Glomerellaceae, gênero Glomerella sp., espécie G. cingulata. A fase anamórfica pertence ao Reino Fungi, grupo inserto dos fungos Mitospóricos, sub-grupo dos Coelomicetos, gênero Colletotrichum sp., espécie C. acutatum.



Sintomatologia:
Os sintomas da antracnose são observados principalmente nos frutos, no campo ou após a colheita. São caracterizados por áreas mais ou menos circulares. Quando os sintomas são mais severos, aparecem pequenas lesões deprimidas, encharcadas, de coloração marrom-clara podendo coalescer resultando em uma grande mancha de formato irregular (Fig. 1A). Em local com alta umidade, uma massa de esporos de coloração rosada a salmão desenvolve-se sobre o centro da lesão. Quando frutos novos aumentam em tamanho a superfície da lesão rompe-se, pois, a área atacada não acompanha esse crescimento. Em caso mais severo, os frutos tornam-se mumificados e pretos. Frutos atacados normalmente apodrecem (JUNQUEIRA, 2001; PICCININ et al., 2005; LIM & MANICOM, 2003; PEREIRA & MARTINEZ JR,1986).
O fruto utilizado neste boletim técnico tinha uma severidade entre 5 a 10% da área total. Possuía nove lesões deprimidas, de formato circular a elipsoide e massa de esporos, de coloração salmão. Duas destas lesões não apresentavam massa de esporos evidente. A maior
(Fig. 1B) e menor lesão, respectivamente, tinham as dimensões de 3,0-5,0 cm x 1,5-0,7 cm. O fruto apodreceu, acontecimento ocorrido num período de aproximadamente um mês, o mesmo é dependente de condições favoráveis do ambiente.

Etiologia (Sinais):
A característica morfológica mais conhecida do C. acutatum (sensu latu) é a forma de seus conídios, que têm extremidades agudas (SIMMONDS, 1965). No entanto, outras formas conidiais, especialmente ± cilíndrica com apenas uma extremidade aguda, são frequentemente encontradas, especialmente nas estirpes que foram repetidamente sub cultivada, mas estas formas conidiais também pode ocorrer em espécies fora do complexo de espécies de C. acutatum. Mesmo a diferenciação entre C. acutatum (sensu latu) e C. gloeosporioides (sensu latu) é difícil, porque muitas cepas intermediárias existir com um número restrito de conídios fusiformes típicas e muitos outros cilíndricos (VAN DER AA, 1990). No hospedeiro, conídios são formados em acérvulos; em cultura, os conídios são também muitas vezes produzidos no micélio aéreo (JOHNSTON & JONES, 1997). C. acutatum também foi observado formando conídios secundário sobre a superfície das folhas de morangueiro vivos (LEANDRO, 2001) que foram estimuladas por extratos de plantas de morango, especialmente extratos de flores (LEANDRO, 2003). Buddie et al. (1999) dizem que os conídios secundários podem ser produzidos diretamente a partir da germinação de conídios primários, e são menores e mais variáveis em forma, ocultando assim diferenças entre táxons. Além disso, C. acutatum formas apressórios pigmentados simples, mas com pouca ou nenhuma seta (SIMMONDS, 1965).
            Possui colônias efusas, brancas tornando-se laranja pálido em seguida cinza esverdeado ou preta. Em placas os versos das colônias, frequentemente, vão de rosa a púrpura avermelhado. Micélio superficial, imerso, ramificado, septado, hialino a marrom escuro [feo]. Conidiomata [acérvulo] (Fig. 1E) usualmente ausente em meio de cultura (Fig. 1D). Seta ausente. Conidióforos hialinos, septados, ramificados com menor frequência próximo a base, lisos. Células conidiogênicas fialídicas, hialinas, lisas, cilíndricas, integradas, colaretes normalmente presentes, espessamento periclinal presente. Conídio (Fig. 1FG) hialino, não septado, reto, liso, fusiforme, 8-16 x 2,5-4 µm; Massa de esporos (Fig. 1AB) de coloração salmão. Apressórios pouco numerosos, muitas vezes claro ao castanho médio, clavados a oboclavados, margens lisas, apoia em hifas indiferenciadas 6,5-11 x 4,5-7,04 µm. Em substrato natural: Acérvulo (Fig. 1E), superficial a subcuticular, composto por textura angularis hialina; deiscência irregular, apresenta 0,5 mm diâmetro. Setas presentes em algumas coleções, marrons (WALLER & SUTTON, 1979).

Tabela 1. Tabela comparativa dos elementos morfológicos e morfométricos de C. acutatum com características descritas por Sutton (1979).

 Características
Isolado Urutaí (2015)
Sutton (1992)
Cor da colônia
acinzentada
branco-gelo a cinza escuro
Cor da massa de conídios
salmão
laranja pálido
  Presença de acérvulo
presente
presente
  Presença de seta
ausente
ausente
Características conidióforo:
  Coloração
hialino
hialino
  Característica conídio:
  Coloração
hialino
hialino
  Forma
fusiforme
fusiforme
  Presença de gútula
presente (3)
nd
  Dimensões (µm)
8,24-(12,56)-15,63 x 2,53-(3,68)-5,51
8-16 x 2,5-4



Epidemiologia:
A antracnose possui como agente causal o fungo pertencente ao gênero Colletotrichum sp. e pode ser altamente devastadora, proporcionando perdas de até 100% na produção quando os fatores cultivar suscetível, ambiente favorável ao patógeno e sementes infectadas estiverem simultaneamente presentes durante o período de cultivo (SILVA, 2004). A disseminação de planta a planta se dá principalmente através dos respingos de chuva, pois os conídios estão aglutinados por uma substância gelatinosa hidrossolúvel e não são facilmente carregados pelo vento. Os conídios uma vez em contato com o hospedeiro, sob condições de umidade, germinam e o pro-micélio resultante, com prévia formação de apressório, penetra diretamente através da cutícula pela emissão do tubo de infecção (GALLI, 1978).
É comumente ocasionada pelo patógeno C. gloeosporioides (Penz.) Penz & Sacc. 1884, apresentando uma distribuição mundial e tem registro de 2101 hospedeiros (FARR & ROSSMAN, 2015).
Destes, o C. gloeosporioides tem incidência em quatro espécies do gênero SolanumS. gilo Raddi (Brasil); S. melongena (Brasil, Cuba, EUA, Porto Rico, Tailândia, Ilhas Virgens); S. melongena var. esculentum (Dunal) Nees (Canada); S. tuberosum L. (EUA).
A hospedeira berinjela possui 44 ocorrências ao redor do mundo, ocasionadas por 12 espécies do gênero Colletotrichum sp., onde temos três destas ocorrências registradas no Brasil e como suas respectivas espécies: C. coccodes, C. gloeosporioides e Colletotrichum sp. (MENDES, 1998). Sendo, assim, este boletim técnico é de grande valia, pois, apresenta o primeiro registro de ocorrência de C. acutatum em berinjela.
A espécie C. acutatum, agente causal estudado neste boletim técnico também apresenta uma distribuição mundial e com 378 registros de patogenicidade (FARR & ROSSMAN, 2015). Destes, a espécie tem 170 plantas hospedeiras confirmadas. Sua forma teleomórfica G. acutata, possui 8 hospedeiras, com 8 registros distintos de patogenicidade (Fig. 1C), representados por Capsicum sp., China (XIA et al., 2011); Dactylis glomerata L.Espanha (SANCHEZ MARQUEZ et al., 2007); Fragaria sp.China (XIA et al., 2011); Hakea sericea Schrad. & J.C.Wendl, Africa do Sul (YANG et al., 2009); Malus sp.China (XIA et al., 2011); Olea europaea L., Africa do Sul (THAN et al., 2008); Persea americana Mill, México (AVILA-QUEZADA et al., 2007); Vaccinium corymbosum L., Noruega (TALGO et al., 2007). Considerado um parasita cosmopolita.
            O gênero é favorecido por temperaturas elevadas, sendo a temperatura ótima entre 22 e 25°C, além de necessitar de alta temperatura. Para que os esporos germinem, água livre deve estar disponível. As temperaturas ótimas para germinação de conídios e formação de apressórios estão entre 22 e 23°C. Os esporos somente são liberados dos acérvulos quando estes encontram abundância de umidade. Respingos de chuva são comuns meios de disseminação. Luz solar, baixa umidade e temperaturas extremas (abaixo de 18°C ou superior a 28°C) inativa os esporos rapidamente (PONTE, 1996; PICCININ et al., 2005; MORAS, 2009).
            Em meio de cultura, Colletotrichum forma colônias variáveis, de coloração branco-gelo a cinza escuro, com quantidade variável de micélio aéreo. É variável também a produção de estruturas reprodutivas em meio de cultura (SUTTON, 1979)
            C. acutatum apresenta temperatura ótima de crescimento micelial compreendida entre 25 e 26,5°C. A taxa de crescimento micelial de C. acutatum geralmente é mais lenta que a taxa de crescimento em C. gloeosporioides, e parece ser uma característica cultural estável e de grande utilidade para separação das duas espécies (VINNERE, 2004).

Controle:
O controle para a antracnose, causada por C. acutatum, em berinjela é de difícil manejo, sendo que o mesmo não é um patógeno chave para a cultura. A berinjela tem como patógeno mais comum a espécie C. gloeosporioides. C. acutatum é praga comumente relacionada, no Brasil, aos citros. Através deste exposto, foram feitas considerações para um manejo da antracnose em berinjela tentando fazer os devidos ajustes tanto ao agente causal como ao hospedeiro:

            Controle biológico: A utilização através dos agentes de controle biológico representados por B. subtilis e Trichoderma spp., assim como o emprego de biofertilizantes, isoladamente ou em combinação com ACBs, mostram-se como estratégias promissoras para o controle de C. acutatum, já que inibem a sua germinação conidial, suprimem a produção de sintomas em flores de lima-ácida 'Tahiti' destacadas e propiciam a obtenção de maior produtividade, representada pelo número médio de frutos efetivos (KUPPER et al., 2009).

Controle físico: O emprego da irradiação de alimentos no Brasil é muito promissor, com bons resultados na redução das perdas pós-colheita (LIMA et al., 2001). O processo de irradiação foi descrito por O´Beirne (1989) como o uso de raios gama em alimentos, sem que haja risco de contaminação radioativa. Através desta técnica foi verificada redução das lesões nas frutas tratadas com doses de 0,45 kGy de radiação constatando que os tratamentos físicos não causaram alterações significativas nas propriedades físico-químicas nos frutos tratados (SANTOS, 2011).

Controle químico: O tratamento químico também é uma alternativa viável de controle. Ao analisarmos e compararmos os produtos formulados para a berinjela, agente causal C. gloeosporioides, com os produtos formulados específicos do C. acutatum, usualmente utilizados para citros, observamos um grupo químico bastante utilizado para a berinjela: benzimidazol. O mesmo tem por ingrediente ativo o carbendazim, para C. acutatum - marca comercial Delsene WQ (Du Pont do Brasil S.A. - Barueri (Alphaville)) -, e o tiofanato-metílico, para C. gloeosporioides, - marcas comerciais Cercobin 700 WP (Iharabras S.A. Indústria Químicas), Metiltiofan (Sipcam Nichino Brasil S.A. - Uberaba/MG), TOPSIN 700 (Iharabras S.A. Indústria Químicas), Viper 500 SC (Iharabras S.A. Indústria Químicas), Viper 700 (Iharabras S.A. Indústria Químicas). Os demais produtos utilizados para a cultura da berinjela, C. gloeosporioides, levam como base do ingrediente ativo o elemento cobre (Cu), e para o C. acutatum a apenas um produto que leva tal elemento, representado por Starky (Laboratórios Pfizer Ltda.) ingrediente ativo sulfato tribásico de cobre, grupo químico inorgânico (AGROFIT, 2015).

Controle genético: No caso da berinjela, sofrendo ataques do patógeno C. gloeosporioides, pode-se utilizar cultivares resistentes tais como o híbrido Ciça (REIFSCHNEIDER et al., 1993). Também comentado por Madeira (1989) a antracnose teve sua importância reduzida devido ao uso de cultivares com níveis mais elevados de resistência, já que em cultivares suscetíveis, a frequência de frutos sintomáticos pode variar de 35-100 %. Assim, o uso de cultivares resistentes, pode ser uma medida que também tem condições de trazer resultado por minimizar os custos de produção e reduzir os danos causados ao ambiente (SILVA, 2004).

            Controle cultural: Waller e Sutton (1979) dizem que a transmissão do fungo se dá por conídios por via aérea, que o patógeno também pode ser transmitido por sementes contaminadas e sobreviver em restos culturais. Então a utilização de cordões de vegetação, usando árvores que não são hospedeiras conhecidas para o patógeno, são de grande valia, assim como a queima dos restos culturais e a eliminação no campo de partes e/ou plantas contaminadas. O uso de sementes sadias e rotação de cultura também é um manejo que dá vantagens ao produtor sobre a doença.


 LITERATURA CITADA:
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