segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sigatoka amarela (Pseudocercospora musae) incidente nas folhas da bananeira (Musa paradisiaca)

Fernando Castro de Oliveira

INTRODUÇÃO

O agente causal da Sigatoka amarela é um fungo que possui forma teleomórfica Mycosphaerella musicola R. Leach (1941) ex Mulder (1976) e a fase anamórfica Pseudocercospora musae (Zimm.) Deighton (1976) sinonímia Cercospora musae Zimm (Index Fungorum, 2011).

A forma teleomórfica pertence ao reino Fungi, divisão Ascomycota, classe Dothideomycetidae, ordem Capnodiales, família Mycosphaerellaceae e gênero Mycosphaerella sp.. A forma anamórfica pertence ao reino Fungi, divisão (informal) Fungos mitospóricos, subdivisão (informal) Hiphomycetes (Index Fungorum, 2011).

A Sigatoka amarrela, também conhecida como cercosporiose da bananeira ou mal de Sigatoka (MENDES & URBEN, 2011) está entre as doenças mais frequentes e importantes da cultura no Brasil e no mundo (ROSA e MENEZES, 2001). Foi descrita pela primeira vez em Java, em 1902, os primeiros prejuízos de importância foram relatados nas Ilhas Fiji, vale de Sigatoka, em 1913 (CORDEIRO & KIMATI, 2005). No Brasil foi constatada, pela primeira vez, na cidade de São Sebastião, SP, por volta de 1935, e o conhecimento de sua ocorrência endofitótica, só se verificou em 1944, no estado do Amazonas, estendendo-se posteriormente por todos os Estados brasileiros (Dantas, 1948) apud (ROSA e MENEZES, 2001). Estima-se que as perdas médias da bananicultura nacional estão na faixa de 50 % da produção. Os prejuízos são advindos da morte precoce das folhas e do enfraquecimento da planta, com reflexo imediato na produção. São observados, como consequência da doença, diminuição do número de pencas, tamanho de frutos, maturação precoce de frutos no campo e perfilhamento lento. Em alguns microclimas, a incidência da doença é tão alta que impede completamente o enchimento dos frutos, provocando perda total na produção (CORDEIRO & KIMATI, 2005).

Este trabalho tem por objetivo descrever a doença Sigatoka amarela da bananeira (Musa paradisiaca L.) enfatizando aspectos de sintomatologia, etiologia, epidemiologia e controle.

MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi feito no Laboratório de Microbiologia do Instituto Federal Goiano campus Urutaí.

As amostras de folhas de bananeira infectadas com a Sigatoka amarela foram coletadas na área do Instituto Federal Goiano campus Urutaí no mês de março de 2011. Estas foram levadas para o Laboratório de Microbiologia e colocadas em uma caixa do tipo Gerbox com papel filtro e água destilada para o desenvolvimento das colônias fúngicas. Após 48h (quarenta e oito horas) apanhou-se as folhas da caixa e levou-as para a visualização em microscópio estereoscópico com a finalidade de se encontrar propágulos fúngicos.

Após a visualização dos propágulos estes foram coletados da superfície foliar com o auxílio de uma pinça e colocados em uma lâmina contendo uma gota de fixador lactofenol cotton-blue, em seguida colocou-se uma lamínula sobre a lâmina. Retirou-se o excesso de corante com papel higiênico, logo após vedou-se com esmalte e levou o conjunto para visualização em microscópio ótico.

Foram feitos vários cortes histológicos, porém a interação entre o patógeno e a estrutura do hospedeiro não foi identificada no microscópio ótico. Por isso serão feitos mais cortes de outras amostras a fim de se encontrar essa interação.

Para esse trabalho foram realizadas microfotografias das estruturas fúngicas no microscópio ótico e das frutificações fúngicas na epiderme das folhas no microscópio estereoscópico, utilizando câmera digital Canon® modelo Power Shot SD750.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Hospedeiro/cultura: Bananeira (M. paradisíaca L.)

Família Botânica: Musaceae

Doença: Sigatoka amarela

Agente Causal: Mycosphaerella musicola R. Leach (1941) ex Mulder (1976)[ Teleomorfo]. Pseudocercospora musae [anamorfo]

Local de Coleta: Área do Instituto Federal Goiano campus Urutaí

Data de Coleta: 21/03/2011

Taxonomia: A forma teleomórfica pertence ao reino Fungi, divisão Ascomycota, classe Dothideomycetidae, ordem Capnodiales, família Mycosphaerellaceae e gênero Mycosphaerella sp. A forma anamórfica pertence ao reino Fungi, divisão (informal) Fungos mitospóricos, subdivisão (informal) Hiphomycetes (INDEX FUNGORUN, 2011).

Sintomatologia: A lesão provocada pelo fungo pode ser visualizada em cinco estádios fenológicos. A infecção inicia nas folhas jovens, como as folhas zero (vela), um, dois, três e, raramente, quatro. Nessas folhas, o fungo provoca descoloração em forma de ponto ou risca, de no máximo 1 mm de comprimento, entre as nervuras secundárias (estádio I), que posteriormente aumenta de tamanho, formando estrias de coloração amarela (estádio II) (Fig. 1A). Com a evolução da doença, as estrias crescem, tornam-se necróticas, elípticas, alongadas e sempre paralelas às nervuras secundárias da folha (estádio III) (Fig. 1 A e 1 B). Posteriormente, a lesão é envolta por um halo amarelo (estádio IV), adquirindo formato oval-alongado, de 12 a 15 mm de comprimento por 2 a 5 de largura, e centro deprimido, seco e coloração cinza (estádio V) (Fig. 1 A e 1B) (Agrofit, 2011).

A partir do estádio de mancha pode-se observar frutificações do fungo em forma de pontuações negras (Fig. 1C). Em estádios avançados da doença, principalmente em ataques severos, ocorre a coalescência das lesões e, consequentemente, uma grande área foliar é comprometida, caracterizando o efeito mais drástico da mesma, que é a morte prematura das folhas (Fig. 1 A). Manchas oriundas de infecções por ascósporos apresentam predominância apical, enquanto aquelas originadas a partir de conídios apresentam distribuição casualizada, mas com predominância basal, sendo comum a formação de linhas de infecção sobre o limbo foliar (CORDEIRO & KIMATI, 2005).

Etiologia: Estão envolvidos, dois tipos de esporos, um de origem sexuada, o ascósporo (bicelular e hialino), que tem como agente etiológico Mycosphaerella musicola e outro de origem assexuada, o conídio (longos e multiseptados, produzidos em conidióforos reunidos em esporodóquio) que tem como agente etiológico Pseudocercospora musae. Os esporodóquios (fase assexual) são produzidos em maior número que os peritécios (fase sexual) em plantações comerciais e, onde o controle é adequado, os conídios são provavelmente a maior fonte de inóculo (CORDEIRO & KIMATI, 2005).

A distinção morfológica entre os agentes etiológicos da Sigatoka amarela (P. musae) e Sigatoka negra (P. fijiensis) está na formação dos conidióforos, enquanto P. musae apresenta conidióforos em densos fascículos, retos, hialinos, septados, em estroma marrom a preto, e conídios medindo 10 - 109 μm x 2 - 6 μm (média 59 x 3 μm), em P. fijiensis o conidióforo é simples ou em pequenos fascículos e os conídios medindo 30 - 132 μm x 2,5 - 5 μm (média 72,5 x 4 μm), segundo Wardlaw (1972) apud (ROSA e MENEZES, 2001). Os conídios das amostras coletadas apresentam dimensões de 12,5 - 40 μm x 2,2 - 4 μm (média 27 x 2,8 μm) e os conidióforos apresentaram medidas de 300 x 18 μm.

Os conídios encontrados nas lâminas se assemelham com aos de P. musae descritos na literatura (Fig. 1 D), porém os conidióforos encontrados se assemelham aos descritos para P. fijiensis (Fig. 1 E). Portanto serão preparadas mais lâminas de outros materiais a fim de se descrever corretamente o fungo encontrado nas amostras.

Epidemiologia: A infecção ocorre através dos estômatos, abertos ou não (via direta). O esporo depositado sobre a folha germinará em presença de um filme de água. Dependendo da temperatura, isto ocorrerá em duas a seis horas. Posteriormente, a hifa crescerá sobre a folha por duas a seis horas até encontrar um estômato, onde um apressório será formado, seguindo-se a penetração. O período de incubação tem se mostrado extremamente variável em função do ambiente, havendo registros de 15 até 76 dias. Além da infecção, a produção e disseminação dos esporos sexuados e assexuados são fortemente influenciadas pelas condições climáticas, podendo ser destacados três componentes fundamentais do clima: chuva, orvalho e temperatura, que exercem ação decisiva no desenvolvimento de epidemias (CORDEIRO & KIMATI, 2005).

Os conídios (anamorfo) sobrevivem de 3 a 4 semanas sobre as folhas e os ascósporos (teleomorfo) sobrevivem oito semanas, portanto as duas fases do fungo participam do estabelecimento da doença (Agrofit, 2011).

Em estações bem definidas, a produção diária do inóculo pode ser relacionada com presença de água livre sobre a folha e temperatura mínima. Temperaturas máximas são raramente limitantes. De modo geral, temperaturas abaixo de 21º C provocam considerável declínio na taxa de infecção e no desenvolvimento da doença, mesmo se as condições de umidade forem adequadas. O mesmo ocorre em estações secas com baixa produção de orvalho à noite, mesmo se a temperatura for adequada (CORDEIRO & KIMATI, 2005).

A produção de ascósporos é maior nas folhas que ocupam as posições de cinco a dez e quando ocorrem períodos chuvosos, com temperaturas de 21° C, atingindo o máximo de produção no início da estação seca. A água de chuva é essencial para a liberação dos ascósporos e a disseminação é feita principalmente pelo vento, sendo este o responsável pela disseminação a grandes distâncias (CORDEIRO & KIMATI, 2005). Uma das maneiras mais eficientes na disseminação da doença a longas distâncias se dá por folhas infectadas.

No Brasil o fungo P. musae foi relatado nos seguintes hospedeiros: Musa paradisiaca L. (Bananeira), M. cavendishii Lambert ex Paxt. (Banana-Nanica), M. sapientum L. (Banana-da-Terra) e Musa sp. L. (Bananeira) (MENDES & URBEN, 2011).

No mundo existem 131 registros para a forma teleomórfica do agente causal da Sigatoka amarela (M. musicola) hospedando nas seguintes espécies: M. acuminata, M. banksii, M. cavendishii, M. nana, Musa sp., M. textilis, M. paradisiaca, M. paradisiaca var. sapientum, M. sapientum, sendo que o maior número de registros referem-se a espécies de banana onde não se identificou a espécie. No entanto, sua forma anamórfica (P. musae) existem 23 registros de espécies de banana hospedeiras: M. acuminata, M. basjoo, M. cavendishii, M. liukiuensis, M. nana, M. sapientum, Musa sp., M. textilis, M. paradisiaca, M. paradisiaca var. sapientum, M. sapientum, sendo que a hospedeira M. sapientum apresentou o maior número de registros (FARR & ROSSMAN, 2011).

Na região de Urutaí e nos municípios vizinhos a ocorrência dessa doença é elevada, sendo encontrada em praticamente todos os locais que possuem a cultura da banana instalada.

Controle: A sigatoka amarela é uma doença de controle difícil. A integração de ações é, portanto, o melhor caminho para que o objetivo seja atingido e a harmonia do ambiente seja preservada, como se verá a seguir (CORDEIRO & KIMATI, 2005):

Controle cultural: O produtor deve estabelecer os plantios em áreas bem drenadas e controlar as plantas daninhas, visando a não formação de microclima favorável ao patógeno. Recomenda-se também retirar e eliminar as folhas doentes, mas de maneira controlada para não prejudicar o desenvolvimento da planta. Entretanto, quando a incidência é alta, a eliminação deve ser total. A redução do número de plantas e uma adubação balanceada também auxiliam no controle da doença (AGROFIT, 2011).

Controle químico: Esse é o principal método de controle. A adoção desta medida deve ser precedida de alguns cuidados e procedimentos importantes para a segurança da aplicação e a eficiência do controle, tais como: (a) Horário da aplicação - fazer as aplicações nas horas mais frescas do dia, realizando-as pela manhã e pela tarde. As pulverizações em temperaturas altas, além de representarem maior perigo para o aplicador, perderão em eficiência, principalmente pela evaporação do produto. (b) Condições climáticas - dias ou períodos de muito vento devem ser evitados, pois o vento espalha o produto. Da mesma forma, não deve ser feita a pulverização com a ocorrência de chuva, mesmo em pequena quantidade, devido esta lavar o produto. (c) Direcionamento do produto - a eficiência da aplicação dependerá em grande parte do local de deposição do produto na planta. Como o controle é basicamente preventivo, é importante que as folhas mais novas sejam protegidas. Portanto, em qualquer aplicação, o produto deverá ser elevado acima do nível das folhas, para que o mesmo seja depositado nas folhas da vela, 1, 2 e 3 e, assim, protegê-las da infecção. Por este motivo, as pulverizações aéreas são mais eficientes. (d) Monitoramento do controle – a utilização do controle sistemático em Sigatoka, com aplicação continuada de um mesmo produto, leva ao aparecimento de populações do patógeno resistentes a determinados fungicidas. Para prevenir tais fatos, é importante que se faça a alternância de produtos e, além disto, o monitoramento da resistência através de bioensaios. (e) Produtos utilizados no controle: (e.1) Fungicidas de contato - Estes produtos atuam, principalmente, inibindo a germinação de esporos na superfície foliar. Fazem parte deste grupo produtos a base de mancozeb, utilizados em doses que variam de 0,75 kg a 1,5 kg de ingrediente ativo por hectare, e o clorotalonil, em doses que variam de 875 e 1625 g de ingrediente ativo por hectare. Este último não deve ser utilizado com óleo mineral, uma vez que a mistura é fitotóxica. Produtos à base de mancozeb são utilizados, principalmente, em mistura com óleo mineral em doses que variam de 10 a 15 L.ha-1. Vale destacar ainda a importância do óleo mineral no controle do mal-de-Sigatoka no Brasil e no mundo. O mesmo pode ser usado puro, em dosagens que tem variado de 10 a 15 L.ha-1. Quando aplicado sobre a folha, penetra, atingindo ambas as faces da mesma, exercendo ação fungistática capaz de paralisar o desenvolvimento do patógeno no interior da folha, aumentando o período de incubação e o período de desenvolvimento da lesão. Nas folhas novas da planta oferece boa proteção. O óleo mineral, no entanto, tem sido mais utilizado como veículo de fungicidas sistêmicos ou em misturas de óleo, fungicida e água. Em mistura, ele facilita a dispersão e penetração dos produtos, assim como a sua permanência sobre a folha. A dosagem de óleo mineral, para misturas de óleo mais fungicida, é a mesma para óleo puro. Nas misturas óleo, fungicida e água, o óleo tem participado em geral com 51 %, entrando ainda um emulsificante, na quantidade de 0,5 a 1,0 % do volume de óleo. Foi um sistema bastante utilizado na América Central para Sigatoka amarela e ainda hoje o é para Sigatoka Negra, com volume de calda a ser aplicada por hectare na faixa de 22 a 23 litros. (e.2) Fungicidas sistêmicos - neste grupo estão os produtos mais importantes para o controle do mal-de-Sigatoka. Os principais produtos sistêmicos estão incluídos em dois grupos químicos: os benzimidazóis e os triazóis. Os benzimidazóis atuam impedindo a divisão celular, na mitose, sendo considerados de baixa translocação lateral. Alguns produtos desse grupo são: Cercobin 500 SC, Metiltiofan, Estrela 500 SC, entre outros. É grande o risco de ocorrência de resistência com a aplicação destes produtos. Os mesmos devem ser usados sempre em mistura ou em alternância com outros produtos. Os produtos mais importantes do grupo triazol são os a base de propiconazol. (f) Intervalos e épocas de aplicação - recomendam-se duas a três semanas, quando se usa óleo puro, e três a seis semanas, para misturas de óleo mais fungicida. A variação nos intervalos depende basicamente da eficiência conseguida na aplicação (pulverizações aéreas são mais eficientes do que as costais motorizadas) e das condições climáticas (períodos chuvosos são mais propícios à doença, requerendo intervalos menores entre aplicações). De modo geral, para as condições brasileiras, onde há urna boa definição entre período chuvoso e período seco, as pulverizações se estendem por todo o período chuvoso. Esta recomendação é válida principalmente para regiões que têm chuvas de verão ou mesmo chuvas de inverno, desde que a temperatura não seja fator limitante para o desenvolvimento da doença. (g) Sistemas de previsão - Tem sido colocado em prática, nas Ilhas de Guadalupe e Martinica, um sistema de previsão que permitiu reduzir o controle para quatro a cinco aplicações anuais. Basicamente duas linhas foram exploradas: a previsão biológica, que se fundamenta na análise de parâmetros biológicos, como o estádio de evolução da doença em relação ao desenvolvimento da planta, e a previsão climática, que está baseada na evaporação piche, tomada em abrigo meteorológico simples, e na temperatura (CORDEIRO & KIMATI, 2005).

Para o controle químico da Sigatoka amarela existem 59 produtos registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), sendo eles: Alterne, Agenfrut RV, Band, Bayfidan EC, Bravonil 500, Bumper, Buran, Cercobin 500 SC, Cobre Atar BR, Cobre Atar MZ, Comet, Condor EC, Constant, Contact, Cupravit Azul BR, Cuprozeb, Decisor, Domark 100 EC, Elite, Emzeb 800 WP, Estrela 500 SC, Flare, Flexin, Folicur 200 EC, Fungiscan 700 WP, Garant, Impact 125 SC, Juno, Keep 125 SC, Metiltiofan, Mofotil, Mythos, Nativo, Opera, OPPA, Opus SC, Persist SC, Pomme, Potenzor, Praise, Priori, Propiconazole Nortox, Protectin, Regio, Score, Soprano 125 SC, Spraytex, Stratego 250 EC, Support, Tango Cash, Tasker, Tatico, Tilt, Tiofanato Sanachem 500 SC, Tornado, Triade, Trinity 250 SC, Viper 500 SC e Virtue (AGROFIT, 2011).

Controle genético: A busca de variedades resistentes, seja mediante a seleção dentro dos recursos genéticos existentes, seja mediante a geração de novas variedades por hibridação, é hoje a principal linha de ação visando o controle do mal de Sigatoka (CORDEIRO & KIMATI, 2005). As variedades Pioneira, Yangambi, Mysore, Terra, Terrinha, D'Angola e Figo são consideradas resistentes à doença (AGROFIT, 2011).

Controle biológico: O controle biológico de doenças é muito importante, principalmente no sistema orgânico de produção. Melo et al., (2010) testaram, em meio de cultura, a eficiência do suco de noni (Morinda citrifolia) no controle de M. musicola e obtiveram resultados positivos, sendo que em aplicações de suco com concentrações acima de 16 % o crescimento micelial foi nulo mostrando a potencialidade de uso desse produto no controle da doença em condições de campo.

Santos et al., (2010) avaliaram o efeito do suco de jenipapo (Genipa americana) sobre o crescimento de M. musicola em meio de cultura. Os resultados demostraram que o produto paralisou totalmente o crescimento de M. musicola a partir da concentração de 16 % demonstrando alto potencial para utilização no controle da Sigatoka amarela.

Figura 1: Sigatoka amarela (Pseudocercospora. musae) incidente em folhas de bananeira (Musa paradisiaca). A. lesões fliares elípticas e confluentes (bar = 40 mm), B. detalhe da lesão necrótica de formato elíptico envolta por um halo negro (bar = 0,3 mm), C. frutificações do fungo no centro páleo da lesão. D. Conídios septados e hialinos (bar = 10 µm), E. Conidióforo (com), estroma (es), célula conidiogênica (cc) e conídio (c) (bar = 90 µm).

LITERATURA CITADA

AGROFIT, sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: < http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acessado em março de 2011.

CORDEIRO, Z. J. M.; KIMATI, H.: Doenças da Bananeira. In: KIMATI, H., AMORIM, L., BERGAMIM FILHO, A., CAMARGO, L.E.A., REZENDE, J.A.M. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. Vol. 2. Ed. Ceres. São Paulo, 2005

FARR, D. F., & ROSSMAN, A. Y. Fungal Databases, Systematic Mycology and Microbiology Laboratory, ARS, USDA. Disponível em: . Acessado em abril de 2011.

INDEX FUNGORUM, banco de dados para consulta de táxons fúngicos. Disponível em:< http://www.speciesfungorum.org/Names/SynSpecies.asp?RecordID=288652>. Acessado em março de 2011.

MELO, R. C. C.; SANTOS, B. G. F.; CORDEIRO, Z. J. M.: Efeito de noni sobre o crescimento micelial do agente causal da Sigatoka amarela da bananeira. Tropical Plant Pathology 35 (Suplemento): S 10, agosto 2010.

MENDES, M. A. S.; URBEN, A. F.; Fungos relatados em plantas no Brasil, Laboratório de Quarentena Vegetal. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Disponível em: . Acessado em abril de 2011.

ROSA, R. C. T.; MENEZES, M.: Caracterização patogênica, fisiológica e morfológica de Pseudocercospora musae. Fitopatologia brasileira 26 (2), junho de 2001, p. 141-147. Disponível em: . Acessado em abril de 2011.

SANTOS, B. G. F.; MELO, R. C. C.; CORDEIRO, Z. J. M.: Efeito de jenipapo sobre o crescimento micelial do agente causal da Sigatoka amarela da bananeira. Tropical Plant Pathology 35 (Suplemento): S 11, agosto 2010.


2 comentários:

  1. muito boa a postagem !!!
    parabéns...

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  2. as vezes uma simples postagem pode representar mas do que se imagina.....
    por isso aproveite os ensinamentos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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